segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meia Maratona do Rio, domingo


No fim-de-semana, realiza-se nossa segunda maior prova do país, a Meia do Rio, que só fica atrás da tradicional Corrida de São Silvestre, que marca a passagem de um ano para outro.


Eu e mais uns 30 da equipe Daniel Rech estaremos por lá. Voaremos de manhã cedo, na sexta, e retornaremos segunda à noite.

Nunca corri a meia do Rio. Sempre houve vontade, mas também sempre apareceram outras provas por perto, maratonas em geral, para as quais acabei dando prioridade. Nesse ano, deixo de correr a maratona de Punta para estar lá com o povo da equipe.

Ainda não sei ao certo qual o tempo devo fazer. Calculei de cabeça meio errado e a minha ideia era chegar perto de 1h38, 1h39. Isso dá 4:38/km. Meio complicado, levando-se em consideração que é pouquinha coisa mais lenta que minha performance nos 10km da Adidas semana passada. Quem já correu por lá disse que é difícil imprimir um ritmo no início da prova, o que compromete, de certa forma, a obtenção de um tempo pretendido.

Acho que consigo manter 4:45/km em toda a prova, o que daria 1h40. Mas, evidentemente, tudo vai depender do "tráfego" do começo e, principalmente, do calor, já que ainda não estamos habituados a ele aqui pelas bandas do sul. A única vantagem, se é que pode-se assim dizer, é que conheço grande parte do trajeto por ter corrido a maratona duas vezes por lá. Mas é sempre uma prova diferente. Numa meia, a gente tende a dar todo o gás que pode, enquanto na maratona não é lógico dar um tiro de 42km.

Será uma experiência diferente, porque minhas meias normalmente giram em torno de 1h35 (6 das 14 que eu fiz), o que, evidentemente, não será possível ainda (a meta é na Paquetá, em novembro). Acima de 1h45 (5:00/km), só fiz 3: a do debut, em 1999, em Viamão, e as duas últimas, em abril e maio desse ano, que fiz mais para acompanhar alguém, embora não conseguisse fazer muito melhor do que fiz, se fosse sozinho.

Ainda estou num dilema, causado pela ansiedade pré-prova, de qual o tênis usar: aquele com o qual corri nos 16km de Vitória, com mais amortecimento, mas, consequentemente, mais pesado, ou com outro, mais leve. Amanhã ou quarta farei um 'teste' final. E, domingo, saberemos como terminou essa e tantas outras histórias que existirão por lá.

Os resultados estarão no site da Yescom:
http://www.yescom.com.br/meiadorio/2009/portugues/index.asp

domingo, 30 de agosto de 2009

Circuito Caixa



Sem o mesmo glamour e o número de corredores da prova da Adidas, ocorreu, hoje pela manhã, a etapa de Porto Alegre do Circuito Caixa.


Nem metade dos participantes da semana passada resolveram encarar o lindo dia de sol e muito calor (mais tarde, às 14h, alguns termômetros marcavam 35ºC). Mesmo assim, aquele atropelo inicial verificou-se novamente, embora em menor escala.

Tinha expectativa de baixar meu tempo da Adidas, mas, ontem, depois do treino da manhã, também debaixo de muito sol, comecei a achar que ficaria difícil. Aí uma saída à noite e poucas horas de sono reforçaram minha desconfiança... (desculpas de corredor). Bem, foi um risco calculado... e a vida não é senão correr riscos.

De qualquer forma, apesar do cansaço, saí relativamente bem, mais ou menos dentro do que esperava, mas fui vendo, com o passar dos quilômetros, que a meta de baixar dos 45 ficaria complicada. Passei os 5km em 23 minutos. Até não senti tanto o calor, embora jogasse bastante água no corpo por conta das passagens nos postos de hidratações, mas isso é normal para mim em qualquer prova, com qualquer temperatura. As pernas é que realmente estavam pesadas pela falta de descanso.

Na mesma balada que eu, vinha a Isabel, da Equipe Du Bira, com o marido dela um pouco à nossa frente e a Cecília, da minha equipe, nas nossas pegadas. Viramos no km 7,5 e a Isabel diz "Me puxa, Júlio!". Obediente que sou, fiz isso. Mas ela nem sempre vinha junto... e eu tinha que dar uma pequena aliviada. Assim, apesar do cansaço dela, fomos alcançando algumas mulheres (passamos a Márcia, Ângela e mais uma). E a Cecília ainda na nossa cola... Fomos avistando a chegada, e a Cecília encosta de vez, diz para chegarmos os 3 juntos, mas digo para ela seguir em frente que estava melhor e é o que ela faz. A Isabel ainda tenta dar um gás e acompanhar, mas não tem pulmão ou pernas para tanto. Finalizamos em 46:22, 2s depois da Cecília, que acabou em primeiro na categoria dela.

Devolvo o chip, pego meu kit (uma boa medalha, barra de cereal, água e isotônico) e vamos 'quarar' naquele sol, porque a premiação foi mais demorada que fazer os 10km... Noveeeeela!

Fotos? Fico devendo, porque o (quase) sempre eficiente Japa, ainda não postou no site do Picasa.
E o resultados também ainda não aparecem no site do Circuito da Caixa.



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As inscrições abusivas


Esse negócio de corrida virou realmente um negócio. Lucrativo.


Estava a fim de participar dos 10km da Track and Field, dia 13 de setembro, lá na área do Iguatemi. Pois a inscrição custa R$ 76,00. Na verdade, segundo os organizadores, é R$ 70,00, mas como não há outra maneira de realizá-la a não ser através do site da Ativo.com, sai mais R$ 6,00 a título de "taxa de serviço". A meu ver, propaganda enganosa e de má fé, já que é impossível inscrever-se por R$ 70,00. O custo da inscrição é R 76,00. É isso que é efetivamente pago por quem vai correr. R$ 76,00 por 45 minutos de corrida. Serviço bem remunerado...

Tudo bem, cada um cobra quanto quiser e paga quem não tiver juízo. Só que, por exemplo, nessa prova da TF nem direito a escolher o tamanho da camiseta será possível. Ou seja, vai ser o que houver. Ano passado, acabei ficando com uma camiseta de manga longa que não chega no pulso...

Outras provas andam na mesma direção: o Circuito da Adidas, que acontece pelo primeiro ano aqui em Porto Alegre, já na segunda etapa aumentou em R$ 10,00 os valores. Provavelmente para se equiparar ao resto do país.

Semana retrasada, aconteceu a K42, maratona de aventura em Bombinhas. Pois as inscrições eram de R$ 200,00. Paga-se caro para ser largado no meio do mato. O Mountain Do, que acontece em outubro, em Florianópolis, cobra mais ou menos o mesmo valor para as duplas. No caso de a pessoa correr em octetos, o valor da inscrição gira em torno de R$ 90,00. Salgadinho. Por motivo semelhante, não gostei da prova do Desafrio Urubici (50km), pois, no meu entendimento, R$ 80,00 (em 2006) era muita grana para o pouco que se ofereceu por lá. Da mesma turma que organiza essa prova, o Desafio Praias e Trilhas está cobrando R$ 230,00 esse ano! É para correr uma vez e nunca mais... Ou nenhuma.

Desse jeito, a corrida, que tem crescido em termos de adeptos nos últimos anos, ficará inviável. Aí temos a seguinte situação: uma maratona cobra em média R$ 40,00, colocando o staff à disposição dos corredores por cerca de 5h, em alguns casos, 6h. E uma corrida de 10km cobra R$ 60,00 ou R$ 70,00, sendo que o último corredor não leva mais que 1h30 para completá-la. Tem algo errado nesse cálculo de custo. Ou, que é o que eu penso, encontraram uma forma de ganhar dinheiro fácil com a moda que virou a corrida.

Aliás, por um preço justo, tem a prova de aventura que o meu treinador está organizando, em Gramado, na serra gaúcha: 1º Gramado Adventure Running. Infelizmente, perderei a festa, pois estarei em Foz do Iguaçu para correr a maratona, no dia seguinte.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Circuito das estações Adidas - Etapa Primavera

(Equipe Daniel reunida momentos antes da largada)


Ontem, aconteceu a etapa Primavera, do Circuito das Estações da Adidas.

Sem querer ser chato, mas sendo, não gostei de algumas coisas. Como já tinha observado naetapa anterior, há muita gente para pouco espaço. A prova cresceu demais para o local, e a EPTCnão aceita corridas em outro lugar...

Mas vamos começar do começo. Não liberaram o estacionamento do Shopping Praia de Belas, como nas duas etapas anteriores. Isso causou uma certa confusão, já que não havia tantos lugares disponíveis para estacionamento, principalmente no Parque Marinha do Brasil, onde era a largada da prova. Quem deixou para a última hora, pode ter ficado meio surpreso e nervoso com a 'novidade'. Cheguei às 7h55 (a prova era às 9h).

Sobre a retirada do chip, acho que foi tranquilo, pelo menos não ouvi ninguém reclamando, e, como eu havia adquirido o chip amarelo da Champion Chip, nem me preocupei.

(momento fotográfico antes da prova, com a Bruna, Aline, Liane e Neusinha)

Os pelotões não funcionaram direito. Como também já havia salientado na etapa anterior, o pelotão azul é muito amplo, com faixa de tempo dos 45 aos 55 minutos, ou seja, gente que tem o ritmo desigual. Na minha opinião, deveria ser dos 45 aos 5o. Acima de 50 até 1h, o verde, e, acima disso, branco.

Em função disso, tentamos (eu e mais uns 15 da equipe) entrar no pelotão azul, mas sem êxito, pois estava completamente lotado. Claro que isso também tem a ver com número de pessoas x m². Dois corpos não ocupam o mesmo espaço... sendo assim, saímos 'dos boxes' (grama); depois que largou é que conseguimos adentrar no espaço.

E a largada continua aquela confusão, todo mundo tentando ultrapassar, sem ter espaço para isso, de forma que muitos iam por cima da calçada ou na contramão (meu caso). O Nilton veio na minha cola no começo, depois me confidenciou que eu o ajudava, já que ia abrindo espaço... Mas, de qualquer forma, até mais ou menos o km 3 chegava a ser irritante essa confusão, essa dificuldade de ultrapassagens, e, sinceramente, depois que eu entrar no pelotão quênia, se isso persistir, a chance de eu não correr ano que vem aumenta consideravelmente.

(metade da prova, foto by Lara foquinha)

No km 5, tomei um susto, porque olhei o relógio, que marcava 25 minutos, e pensei: "Puxa, estou me matando aqui e está 5/km!" Até que olhei para o meu e ele marcava 23:15. Estava tão concentrado, que tinha esquecido que saí bem depois da largada. No km 7 encostei num grandão que disse que o ritmo estava para 4:38/km (meu GPS não pegou o satélite há tempo e saí só com o cronômetro), mas foram poucos metros, ele acabou não me acompanhando. Quase no retorno, pouco antes do km 8, avistei o Edson e a Isabel, da equipe DuBira, já do outro lado. Apertei o passo para tentar alcançá-los, o que não foi possível, mas que ajudou bastante a melhorar o meu tempo, que acabou sendo 45:37, melhor do que eu imaginava, já que a intenção era chegar em 47 ou pouquinha coisa menos que isso.

(Mari, o palhaço do Duda, eu e a Liane - parceirona)

Melhor de tudo é que o meu ritmo não caiu em nenhum momento, sendo que fiz melhor a segunda etapa (23:15 x 22:22), o que considero ideal, já que não adianta correr 10s mais rápido no início e perder 30s no final por conta do cansaço de ter forçado o ritmo no começo. Por ser uma prova fashion e elitista, o nível técnico não é muito forte, tanto que cheguei na 224ª colocação geral, dentre uns 1.500 que terminaram os 10km.

Dia 06 de dezembro, tem última etapa, verão, e a intenção é chegar em 42 minutos. Foi bom correr as etapas anteriores com a Liane e a Bruna, mas agora o voo é solo. É uma questão comigo mesmo. Em busca da velha forma.
Abaixo, minha evolução no circuito.


Resultado da Equipe Daniel Rech na prova (clique na imagem para ampliar):





quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mais sobre a prova da Garoto

Recebi, por email, relato do meu treinador, Daniel Rech, sobre a prova da Garoto no fim-de-semana. Achei interessante postar, porque ele dá uma abordagem diferente da que eu dei no post anterior, focando-se em outros detalhes. Vamos a ele:

No final de semana que passou fomos fazer uma corrida em Vitoria - ES.
Quem estava la: O Emilio e esposa, Vitor e Leila, Nilton e Silvana, Eu, Baldi, Roslank, Danuse, Robertinha e Lucia.

No domingo teria a Corrida 10 milhas da Garoto e coincidentemente eu estava fazendo 8 meses exatos da minha cirurgia de joelho. Achei que depois de fazer alguns treinos ja dava pra correr um pouco forte.

Saimos de Porto Alegre, quase todos juntos na sexta feira a tardinha, chegamos em Vitoria perto da Meia Noite, ate entrarmos nos quartos com a lentidao do pessoal do hotel, bahhh demorou pra caramba. Depois de instalados, fomos comer alguma coisa num barzinho ali perto. Comemos e bebemos um pouco, depois ja era tarde e voltamos pro hotel.

No outro dia pela manha, tinhamos marcado com o cara que tinha nos levado do aerporto ate o hotel que ele nos pegaria e nos levaria ate a entrega dos kits. bahh o cara as veiz( so quem tava junto entende heheh) nos dava uns tapas pra poder nos mostrar uma coisa que depois da primeira ida ate a entrega dos kits ninguem mais queria sentar ao lado do motorista. Ate a Sil levou porrada heheh.


Depois de pegarmos os kits voltamos caminhando pro hotel, ahhh, mas antes na Kombi ainda, ja estavamos esbocando alguma reacao sobre a prova do outro dia, porra tinha uma lomba que coloca qualquer uma aqui de Porto Alegre no chinelo, baita lomba mesmo. Ali ja nem pensava mais em correr a 5 min/km ainda mais com o calor. Eu o e baldi tinhamos um plano de acompanhar a Danuse ate onde aguentassemos. Ainda bem que ate a Danuse ja estava arrepiando com a subida e com o calor.



Voltamos pro hotel caminhando mesmo, nos arrumamos e depois fomos jantar, bahh os caras sao muito lentos em tudo, ganhamos uns petit gato ( assim q se escreve?) e pedimos mais dois, bahh sem mentira levaram facil uma meia hora pra trazer os negocios.

Bom conseguimos comer e depois fomos para o hotel dormir e nos prepararmos pra prova.

8 horas todo mundo em frente ao Hotel, prontos para a largada as 9 horas, saimos caminhando e em 5 minutos estavamos na largada e o sol pegando.
Eu so pensava me ralei, queria fazer pra 1 h e 20, mas ia ser foda. Tomara que a Danuse nao esteja tao inspirada.

Vimos a largada da Elite e depois era a nossa. A minha tatica era correr com a Danuse e o Baldi, mas ja saindo forte, pra depois ainda poder ter uma gordura no final e quem sabe chegar perto da 1 h e 20, mas achando impossivel.

Deu a largada, de cara ja perdi a Danuse e o Baldi, larguei com o Roslank, fui com ele ate o 1 km, depois ele me mandou embora, continuei forte ate que na minha frente vejo a Danuse sozinha. Pensei onde foi o Baldi?
Ja passou a Danuse? nao pode o cara deve estar louco, mas tudo bem.

Encostei ao lado da Danuse, ela nao falou nada, fiquei um pouco ali e ela nada, ate que daqui a pouco ela me disse:- Dani pode ir, putz ta bom, entao agora tenho que achar o Baldi.

E continuei forte, ja tava cansado e ainda nem tinha comecado a subir, entramos na ponte(subida), comecei forte, fui passando muita gente, o calor aumentando, um bafo fudido e eu so pensando: Onde esta o baldi, fui subindo forte, ate que comecou a descida, mas isso depois de 2 km de subida, na descida continuei forte, ate que no km 8 tava com aquela dorzinha chata do lado. Aliviei um pouco, continuei firme e nada do Baldi, no km 10 queria chegar com 50 minutos pra estar no tempo ainda.

Beleza cheguei com 47.59(tempaco) tomei um gel e pensei: - o Baldi nao pode estar na minha frente e continuei firme ate que no km 12 ou 13 vem alguem atras de mim e diz:- olha quem esta aqui? Pensei nao acredito o Baldi me achou, mas gracas a Deus nao era ele, ufa. E continuei ate o final metendo lenha, quando cheguei no km 13 tinha 1 h e 01 de prova, ja tava mais aliviado pois tinha tempo pra chegar nas 1 h e 20 que eu queria.

Foi dificil mas continuei firme e terminei a prova com 1 h 19 segundos e 05 centesimos, terminei quase desmaiando, olho pra tras e vem o nosso monstro chamado Danuse, tambem quase desmaiando e logo atras do monstro o Baldi.

Tiramos o chip e iamos buscar as gurias que deviam estar sofrendo com o calor, ai passou o Roslank, depois vimos o Nilton, vimos o Vitor, e eu e o Baldi fomos atras das gurias.

So que tivemos que dar uma super volta ate entrar na corrida de novo de tras para frente, e logo que chegamos era uma curva e demos de cara com a Lucia toda sorridente e com um copo dagua na mao, faltava a Robertinha e a Leila. Continuamos e depois encontramos a Leila e com o seu tranquinho vinha passando bastante gente, nos viu quase chorou, e seguimos juntos ate a entrada do funil de chegada.
Quando encontramos o pessoal todo a Robertinha ja estava sentada e descansando, tambem bem contente com o resultado dela.

E quero dizer que fiquei bem feliz com o meu resultado, logico, mas tambem tenho que parabenizar a todos pela super corrida num lugar tao quente e tao dificil. Eu fiquei muito contente com o desempenho de todos.

Fiquei muito orgulhoso de todos terem terminado bem e felizes. Tenho certeza que o Rio vai ser bem mais facil.( o Vitor jura que nao heheh)
Nao posso tambem esquecer do Emilio, que nao vimos na corrida, mas chegou bem e bem demais.

DESEMPENHO DOS ATLETAS

EMILIO: 1.11.12 um gigante correndo
EU: 1.19.05 acho que voltei a correr bem
DANUSE: 1.20.02 um monstro
BALDI: 1.20.36 ta voltando a velho forma
ROSLANK: 1.25.49 imagine se treinasse o desgracado
NILTON: 1.28.50 corrida pra readquirir a confianca
VITOR: 1.37.22 corrida administrada segundo ele proprio
ROBERTA: 1.41.22 resultado expressivo
LUCIA: 1.59.45 comecou a correr feito gente
LEILA: 2.08.00 todos sabemos que com esse tranquinho vai longe

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

20ª edição das Dez Milhas Garoto





Sexta, praticamente à meia-noite, chegamos (eu e 7 da equipe Daniel Rech) em Vitória-ES para se juntar ao casal que já estava por lá. Domingo era dia das Dez Milhas da Garoto, prova tradicional que sai de Vitória e termina em Vila Velha, defronte à fabrica de chocolates da Garoto.

O paraibano que nos pegou no aeroporto e nos levou de Kombi até o Ibis Praia do Canto foi um capítulo à parte na nossa viagem. Era um contador de histórias. É realmente incrível como esse povo mais humilde puxa assunto. Nos divertimos um bocado com ele nos levando para cima e para baixo, de Vitória a Vila Velha.

Sábado à tarde, fomos pegar o kit. Nada de extraordinário. Modestinho, até. Uma camiseta excelente da Adidas, o chip e mais nada. Sem filas ou atropelos, tudo transcorreu bem nesse quesito. À noite, a chuva anunciada veio forte, mas não ficou para a manhã seguinte.

Às 8h de domingo, partimos os 9 que iriam correr (somente a esposa de um não foi) em direção à largada, que era coisa de 5 minutos do nosso hotel. O calor já era forte. E foi assim durante toda a prova. Eu já havia corrido em 2006, debaixo das mesmas condições metereológicas.


Mas, na verdade, além do calor, subir a 3ª Ponte é o grande desafio. Ela tem quase 3,5 km de extensão, sendo que 2 são praticamente subindo. Achei que subi bem... depois é que vi que meu quilômetro no ápice da mesma foi 5:45. Tinha uma estratégia de não me desgastar no início, que é o que normalmente faço, para realizar uma prova uniforme e constante, e evitar uma quebra de ritmo no final.

Sempre defendo e penso que não adianta dar a máquina no começo, porque aquilo que se economiza correndo bem no início, perde-se em dobro no final, quando o cansaço chega, justamente por conta desse excesso inicial.

Embora tenha me sentido cansado na parte final da prova, a partir do km 10, meu desempenho foi melhor nos últimos 8 (39:20) do que nos primeiros (40:26). Claro, tinha a subida da 3ª Ponte que desequilibra a brincadeira, mas se não houvesse ela, também não haveria todo o cansaço da parte final...

Terminei em 1h20m33s os 16.090 m (meu GPS marcou 90m a mais), 1 minuto e 15s pior do que quando corri em 2006. O Daniel, treinador da equipe, foi o primeiro a chegar com 1h19m06s, seguido da Danuse, com 1h19m57s. Eu em terceiro e, depois, na sequência, o Roslank (1h26), o Nilton (1h26), Vitor (1h37), Roberta (1h41), Lúcia (1h58) e Leila (2h09). Infelizmente, estes tempos podem não estar lá muito precisos, porque até o presente momento, apesar do chip, os resultados ainda não apareceram no site da Garoto.

A prova foi ótima de ser feita, embora alguns "poréns" que valem para quase todas as corridas: depois de um certo número de corredores, é imprescindível a largada por pelotões. O que se perde de tempo tentando se desvencilhar de gente que sai lento não é brincadeira. É um verdadeiro exercício de paciência. Além disso, as autoridades de trânsito insistem em não bloquear totalmente algumas vias. Na ponte, por exemplo, apesar de as pessoas já estarem mais dispersas por ser o km 4, não era possível ultrapassar dentro da zona limítrofe que criaram para os corredores, tendo-se que invadir a área destinada aos automóveis, com risco à segurança dos atletas. No final, o espaço destinado aos corredores acaba se mostrando exíguo para tanta gente. É o que veremos se repetir no domingo, no Circuito das Estações da Adidas, infelizmente. As autoridades sempre na contramão das demandas da população.

Houve alguma discórdia entre nós da equipe em relação ao abastecimento de água. Não creio que tenha faltado, mas, como estava muito calor para quem sai do frio que faz aqui no sul, pareceu para alguns que entre o km 4 e o 8, na ponte, devesse ter um posto de água. Mas havia depois no 10, 12 e 14. Seis pontos, contando com a chegada, o que, a meu ver, é bom. O kit de chegada frustou um pouco o povo que esperava mais chocolates, o que é perfeitamente plausível de se imaginar numa prova de uma fábrica de chocolates. Talvez o calor ou a pressão da criançada pedinte que fica junto à chegada possa ter influenciado isso, mas é uma mera hipótese da minha cabeça. A medalha era simplória para uma 20ª edição e cairia bem ter um isotônico na chegada também. E a fila para pegar o kit era coisa do capeta...

Apesar desses pequenos desgostos e contratempos, valeu muito fazer a prova. Saímos praticamente todos satisfeitos com o desempenho. E quem sabe até voltaremos ano que vem se a Gol nos brindar com outra promoção a R$ 140,00, ida e volta. Junto com a promoção permanente que o Ibis tem para corredor, fica extremamente irresistível e convidativo.

E, finalmente, saiu o resultado:
666º dentre os 3.255 concluintes e 643º lugar dentre 2.718 homens.

sábado, 8 de agosto de 2009

A nutricionista e a balança


Ontem, fui na nutricionista que havia consultado na quarta -indicada por outros amigos corredores - para pegar o plano de ação que ela me propunha para perder peso, coisa para a qual eu estava tendo dificuldades desde que adquiri 10kg depois da lesão no fêmur, em setembro do ano passado.


Embora não ache tão difícil emagrecer assim, por algumas razões profissionais e outras de ordem pessoal, não estava conseguindo. Então, apesar de considerar uma certa incompetência como indivíduo, procurei ajuda com uma profissional da nutrição. Porque precisava que alguém me cobrasse certas metas na área, que estava negligenciando, talvez por dedicar mais minha atenção a estas outras questões que estão me incomodando.

Claro que a questão estética influenciou, afinal de contas ninguém gosta de estar muito acima do peso, como estou, mas ando bastante preocupado com uma possível lesão em função disso também, ainda mais que durante a semana senti dores no joelho direito, mesmo em dias que não corri. Depois, na quinta, após um treino sem dor, até pensei que alguns tênis e os sapatos para o trabalho possam estar contribuindo para isso, o que até deve ser verídico, mas convém não dar chance para o azar. Se qualquer quilo a mais já nos dá um certo desconforto, imagine-se 10 então.

Além do mais, fiquei 4 meses parado, e já voltei a correr há 8, o tempo de voltar a correr como antes já deveria ter chegado, mas continuo correndo quase como fazia lá por março. Houve pouca evolução, porque o peso é o limitador.

Com um plano de ação de 8 folhas, ela incorporou "salada à vontade" (ha ha ha), uma porção de coisas das quais nunca ouvi falar na vida, que preciso comprar no mercado público, como batata yacon e outras que jamais pensei em ingerir, mas, como ela mesma disse, são apenas 15 dias de sofrimento, depois é mais uma questão de administração. Engraçado que ela iria me dar uma meta mais "frouxa" para ser atingida, pois havia me pesado na quarta e eu disse: "Não vais me pesar novamente?" Ela me questiona: "Porque, perdeste peso de lá prá cá?" Na quarta, disse para ela que voltaria com 94,3 (estava com 94,9). Pois voltei com 93,5, 1,4 kg a menos, dois dias depois. Até brinquei com ela que, se perder isso a cada dois dias, na volta, daqui a duas semanas, será nosso último encontro.

Pois então, deu-me uma meta pouca coisa maior, perder 3,5 kg até lá, o que já começou ontem à noite mesmo, embora fosse para hoje. Ou talvez mesmo já tivesse começado na quarta, comendo menos desde lá, apenas sem uma ajuda específica e profissional. De qualquer forma, eu que tenho verdadeira paixão por pão, estou tendo que apenas observar as bisnaguinhas da Seven Boys que comprei para as crianças. Mas o grande teste mesmo é amanhã, com o churrasco do Dia dos Pais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Frio


Vida de corredor gaúcho é dura. Não somos agraciados com dias de sol durante boa parte do ano. Ou, quando ele aparece, por vezes não faz o efeito que gostaríamos que existisse.

As últimas duas, três semanas, têm sido de um frio absurdo, fora até mesmo da nossa realidade, daquilo que estamos acostumados a sentir todos os anos. Verdade que tem feito frio fora dos padrões em diversas áreas do país.

Mas, aqui, correr com 3, 4, 5 graus tem-se tornado rotina. Salvo se alguém mais afortunado faz seus treinos à tarde. Aí pode até pegar uns 18, 20 graus, com um pouquinho de sorte. Agora, se a pessoa treina à noite, como é o meu caso, fica complicado. Quinta retrasada, por exemplo, fazia um frio de 'renguear cusco', como se diz por aqui. Corri até de moletom o tempo todo. Isso que, já em função do frio, tenho evitado correr pela beira do rio, porque senão seria pior ainda a coisa, porque lá venta o tempo todo.

Quinta agora, embora estivesse um pouco menos frio que na semana anterior, levei um tempo até o corpo aquecer relativamente bem que não parecesse que as pernas fossem blocos de pedra. Porque tem horas que, com todo o frio que faz, parece que nunca aquecemos. É diferente correr. É frio demais até para nós que estamos acostumados com ele.

Então, o jeito é correr com mais roupa que o normal e tentar andar pelo centro da cidade e arredores, como tenho feito, para que os prédios possam dar um pouquinho de cobertura ao vento que porventura queira baixar ainda mais a sensação térmica que já não anda tão agradável assim.

Agosto ainda deve ser assim, com muito frio. E setembro e outubro esperamos que sejam uma contagem regressiva para um calorzinho que chegará mais tarde, embora, normalmente, sejam dois meses com característica de vento constante e forte. Mas, se eles ajudarem, aí , quem sabe, voltemos a ver as pessoas nas ruas correndo, porque, por enquanto, está quase todo mundo correndo escondido.

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