quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Motorola Actv


A Motorola lançou em outubro nos EUA e, agora, aqui no Brasil, o Motorola Actv. É um aparelho interessante, indicativo dos tempos que poderão estar vindo.

Trata-se de um GPS com mp3 e sincronizador com o celular, numa plataforma Android. Digamos assim: um meio termo entre um celular com aplicativo e um relógio GPS. Há uma tendência de unificar as coisas, facilitar a vida das pessoas. Assim, o cara não leva a câmera, o celular, o mp3, o Garmin. Tudo em um só. O Motorola Actv ainda não é isso. Mas é quase.

O que diz no site (que tem algumas incorreções de tradução): MOTOACTV é um GPS fitness tracker e music player inteligente combinados em um dispositivo pequeno, wearable. Sua treinamento inteiro é monitorado e armazenado online. Sua velocidade, distância e calorias queimadas são todos capturados sem esforço. O music player armazena horas de suas músicas e "aprende" o que tunes motivá-lo. Controles elegante mas construção robusta - é prova de suor, resistente a chuva, e resistente a riscos."

O "wearable" deles, sem tradução, seria algo como "ajustável". Porque ele pode ser usado como relógio (no pulso), com clip na bike ou com suporte no braço.

Ele tem um aplicativo que faz a conexão com o celular com sistema Android. Bom, aí é preciso estar correndo com o celular em algum lugar, no braço, digamos. Ou correr na esteira com o celular por perto, que ele faz a conexão. Por isso que escrevi que é "quase" no segundo parágrafo.  O ideal seria substituir o celular quando se está praticando o exercício. Ainda não é isso, mas a gente chega lá, em breve. O Moto Actv é "touch", ou seja, o cara passa a mão na tela para usar as funções.

Recebi emal da Fast Runner, onde está à venda por R$ 999,00. Não é uma pechincha, mas é menos do que pedem por um Garmin nas "fontes legalizadas".

Se vai emplacar? Não sei. Li comentário em blog de que a bateria não dura as 5h prometidas "outdoor". Aí, complica. Mas, se for isso, devem corrigir em breve, imagino.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amanhã, treino de confraternização da AGCRS

Amanhã, sábado, 8h tem a 2ª edição do Super Treinão da AGCRS. Ideia bacana de reunir todas as assessorias esportivas associadas à AGCRS (Associação dos Grupos de Corrida do Rio Grande do Sul).

Nada mais democrático e legal do que correr com muitas outras assessorias esportivas, com as quais nem sempre se tem muito contato, ou mesmo até com quem se tem... Hora de rever amigos que fizemos nas corridas, de relaxar sem a tensão de uma competição.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sub-40 em 2012. Ou...

A Revista Contra-Relógio lançou um desafio para 2012: fazer com que os corredores baixem de 40 minutos nos 10km.

Não ando correndo nada faz uns 3 ou 4 anos na distância. Eventualmente me atiro em alguma prova, mas, só para termos ideia, corri uma em 2010 e outra em 2011, no último dia 15. Nada contra a distância, é que simplesmente enchi o saco de correr sempre na Av. Beira-Rio as mesmas provas, sem nada de novo. Depois de fazer 2 anos seguidos o Circuito da Adidas, não vi mais sentido em continuar correndo, sem um objetivo específico. A gente precisa ter prazer naquilo que faz. E fazer as mesmas provas sempre no mesmo lugar não é exatamente o que considero prazer.

Minha melhor performance dos 10km foi no longínquo ano de 2000, em setembro, ano do auge do Circuito do Corpa. Fiz 40:30. Um ano antes, estava fazendo 49:00. Sim, eu tenho esses dados. Qualquer corredor que procura evoluir deve ter seu histórico. Baixei quase 9 minutos em 12 meses. Evidentemente que não consigo isso mais. Passaram-se 11 anos. Melhorei muito em alguns quesitos de corrida, mas a velocidade é algo que o tempo leva correndo. 

Fiz 46:23 dia 15, mas, tranquilamente, era possível correr em 45 minutos. Levando-se em conta isso, tenho 5 minutos para baixar em 2012. Nada absurdo, se houver dedicação. Aí entra o grande problema dos últimos tempos: fazer com que a cabeça consiga se dedicar aos treinos. Por razões que evidentemente não gostaria de expor, está muito complicado manter o foco na corrida. Não só na corrida. No trabalho, em quase tudo. Tem sido muito mais a válvula de escape. O motivo que ainda faz bombear o coração. 

Assim, em 2012, existem duas alternativas:

1) Me motivo a baixar dos 40 minutos nos 10km ou

2) Paro de correr depois da TTT, dia 28 de janeiro, hipótese que tem crescido de probabilidade nos últimos tempos.

Não seria definitivo, mas uma aposentadoria por tempo indeterminado. Até que... a vida mude de rumo. 


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aplicativos para celular

Como o Garmin morreu de vez mesmo, baixei uns aplicativos para usar no celular, Sony Xperia X8, que usa o Android como sistema, tal qual a maioria dos smartphones.

É quase a mesma coisa, a grande diferença é que o celular não está no pulso. Uso num suporte de braço (sport armband, em inglês, para IPhone) da Powerade que deram em alguma corrida, acho que foi a 10 Milhas da Puma. Claro que também devemos ter alguns cuidados, e que nem tudo é tão prático quanto um relógio, mas é uma boa alternativa para quem não se dispõe a gastar R$ 600,00 (no mínimo).

Antes de tudo: nessa época de muito calor e umidade aqui em Porto Alegre, o suporte de braço fica meio molhado. É preciso ter atenção a isso. Mas já fiz treino de 1h30 numa boa. De qualquer forma, não faço a mínima ideia se a vedação de um celular é a mesma de um relógio. Teoricamente, deve ser parecida.

Bem, baixei 3 aplicativos: o conhecido Map My Run, o Adidas MiCoach e o Noom Loss, que, no Baixaki, é considerado o melhor de todos.

Vamos por partes, como diria o famoso Jack, antes de analisar os 3. Primeiro: aplicativo é que nem celular mesmo. Sempre tem uma coisa legal num que não tem no outro. Faz parte. Nós é que decidimos o que é mais útil e conveniente à nossa utilização pessoal. Segundo: os Apps (aplicativos) são softwares. Portanto, sujeitos a darem conflitos com o Android, com a mémoria do celular, etc, tal qual no computador, além de serem novidade, ou seja, sem testes suficientes. E não é que aconteceu? Terceiro: é preciso um celular com GPS ou baixar um aplicativo de localização.

Por último, há, obviamente, uma certa transição do uso de relógio para celular. Levar o celular no suporte de braço sempre é meio estranho, por mais leve que seja. Talvez por já usar eventualmente o suporte com chave ou com gel (principalmente), não foi preciso tanta adaptação, mas pode ser que alguém ache meio inconveniente ou não se acostume. E há, também, a questão do fone de ouvido, que ajuda nas funções dos aplicativos, fornecendo por voz os dados do momento. Durante muito tempo, achei meio esquisito correr ouvindo música; me incomodava, mas me acostumei mais fácil do que pensei. "A dor ensina a gemer". Fica aqui a última recomendação: ouvir num volume que seja traquilo para que não percamos a noção do que acontece externamente. É preciso poder ouvir som de alguém se aproximando e dos carros à nossa volta. Senão o lazer pode virar dor de cabeça. Não é raro acidente com pessoas se exercitando e usando fones de ouvido.

Map My Run








Já fazia um tempão (4 anos, mais ou menos) que estava cadastrado no site do Map My Run. E, aliás, usava bem pouco. A gente podia postar e compartilhar trajetos que fazia, comparar com outros corredores, etc. O aplicativo é parecido. Pena o site não fazer uma propaganda melhor das características dele. 

Tem uma coisa bem legal: quando iniciamos o treino, é possível postar no Twitter e Facebook um link e as pessoas podem acompanhar online nosso mapa, por onde estamos correndo, o ritmo, enfim, nosso treino. Achei bacana. Durante o treino, é possível programar para receber informações por voz quando fecha o km, por exemplo, junto com calorias, média do km, tempo total. Mas... quando termina o treino, não é possível ver as parciais por km... Aparece um gráfico, só que é preciso ser muito ninja para descobrir exatamente qual foi o ritmo. E há também um gráfico da elevação, esse evidentemente mais útil.

Terminado o treino, dá para postar no Twiter e Facebook (é automático, se configurarmos), coisa que virou meio normal para quem utiliza Garmim, Nike ou outro relógio/GPS.
E tem uma parte sobre calorias, em que é possível definir um meta, informar peso, altura, o que foi comido e bebido durante o dia, etc.

Agora, a parte ruim: depois de fazer uns 2 ou 3 treinos, não gravava mais nada. Sempre dava erro. E não ficava gravado no celular para tentar depois, era preciso descartar o treino. Não sei se baixei aplicativo demais e o celular ficou pesado, ou se deu conflito entre eles ou... Instalei e reinstalei umas 3 vezes e o problema persistiu. De modo que vejo o treino, dá as informações durante ele, mas nunca é gravado.
Por último, usei em duas provas e em ambas o GPS marcou 100, 150m a mais que o pessoal que tem Garmin. O GPS não é muito preciso, portanto? Pode ser.

Adidas MiCoach

Gostei um pouquinho mais do MiCoach, mas... igual ao Map My Run, começou a dar problemas, não conseguiu sincronizar o treino com o site e... aí complicou. Li no site (e no twitter) que houve uma porção de problemas com os servidores. E isso durou uns 10 a 15 dias. Ninguém conseguia sincronizar o treino nesse tempo. Bem, como disse antes, tecnologia nova, conflitos com o Android, essas coisas podem acarretar transtornos. É preciso ter paciência, virtude em desuso nos tempos atuais.

O MiCoach, no entanto, em relação ao Map My Run, tinha vantagens. O treino ficava gravado no celular, só não gravava no site. Resolvido o problema, ele sincronizou e gravou no site. Mas, em compensação, não tem a facilidade de postar no Facebook ou Twitter quando acabamos o treino. É preciso postar via site, não pelo aplicativo do celular. No entanto, aqui tem um segundo porém: no celular, é possível ver o treino km por km; no link do site, não. Vai entender isso... Pode ser que tenham melhorado na nova versão que saiu essa semana, não cheguei a testar.


Nas funcionalidades, o MiCoach tem quase tudo meio parecido com Map My Run, embora disposto um pouquinho diferente. Mas há também a vantagem das informações por voz serem em português (dá para escolher voz feminina ou masculina).
No aplicativo da Adidas é possível buscar um plano de treino. Quero correr uma maratona, digo quantos dias irei treinar e ele me disponibiliza o treino. Corro, ele compara o que foi planejado e o que foi executado, dando dicas bacanas e estimulantes. Ideal para quem não tem equipe de corrida, no estilo "faça você mesmo".

No MiCoach é preciso definir "zonas de treino". Por velocidade e/ou frequência cardíaca. São 4: vermelho, amarelo, verde e azul, do mais forte para o mais fraco, respectivamente. Nós mesmos configuramos. À medida que vou evoluindo de condição física e achar que a zona já não corresponde aos padrões antigos, vou lá e mudo.

Durante o treino, ele avisa para permanecer em tal zona ou ir para outra. Por exemplo: corro 10 minutos lento para aquecer, depois acelero durante 45 minutos e corro 10 lento novamente. Quando fechar 10 minutos, ele avisará que devo atingir a zona mais forte. O site Baixaki achou isso de zonas de intervalo meio confuso. Eu gostei.

E também há a possibilidade de cadastrar o tênis que usamos e ele vai somando as quilometragens feitas. Interessante.



 Noom Weight Loss

Originalmente, como o nome diz, é um programa de perda de peso. Mas ele utiliza o software Cardio Trainer como base de treinamento, em conjunto com as metas de perda de peso.
Ele é bem completo, mas todo em inglês. É meio chato ficar ouvindo as informações por km em inglês, no meu entendimento. 
Marcamos hora do treino, ele nos avisa no celular de que é o momento para tal. Colocamos meta de peso, entramos com os dados dos alimentos ingeridos e ele vai dando as dicas para chegar na meta. 

Mas... para quem corre, a divisão de tempo por km é um dos dados mais importantes e úteis. Mantive meu ritmo, caí, melhorei no final? Pois é, cadê isso no Noom? Não tem. Provavelmente porque ele não usa o Cardio Trainer Pro, que custa $9,99. Mas aí pagar por um aplicativo de celular eu considero uma burrice. Portanto, nesse quesito, que, para mim é fundamental, os outros dois são bem melhores. Tal qual a maioria dos aplicativos, terminado o treino, dá para postar no Face.




Todos eles nos deixam escutar música numa boa durante o exercício. No Map My Run, o volume das informações é o mesma da música, no MiCoach a música baixa enquanto escutamos os dados do km e no Noom é possível escolher em qual volume queremos as informações.

Bem, cada um sabe o que melhor para si, mas há uma coisa normal a todos eles: o celular está no braço. Se a gente vai dar uma pausa em algum momento, há um certo inconveniente de tirar o celular do suporte, desbloquear a tela e dar pausa. Nada absurdo, mas dependendo da velocidade... 

Outro porém foi o que aconteceu na prova da Paquetá que cori na outra semana: um sol de rachar. Simplesmente não tinha como ver a tela do celular por conta do excesso de claridade. No caso do Map My Run, quando o exercício é iniciado, a tela não dá a informação instantânea, leva uns 10s. Aí a gente não sabe se o tempo realmente está rolando ou não... E sem conseguir enxergar a tela direito, menos ainda. No Adidas MiCoach, a voz avisa que o treino iniciou. Não tem erro. No Noom, a tela é mais nítida na informação. Visualmente, ela é a melhor dos 3.

Se interessar, dê uma olhada também em:

Lembrando que sempre é necessário baixar pelo Android Market do celular.

 * Crédito da maioria das fotos: site do Baixaki.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

XV Corrida do Carteiro


Participei hoje pela manhã da XV edição da Corrida do Carteiro, organizada pela SS Eventos.
O tempo ajudou muito. Até ontem, ventava adoidado aqui em Porto Alegre. Hoje o vento diminuiu bastante e a temperatura estava bem agradável para correr, com baixa umidade, o que possibilitou boas marcas para quase todo mundo.

Fazia algum tempo que não corria prova de 10km de forma meio que competitiva. Se meus levantamentos preliminares estão corretos, a última vez foi em março de 2010. Há 1 ano e meio. Tenho 40:30 nos 10km, feitos em 2001. Como anda meio difícil chegar perto disso nos últimos tempos, o estímulo para correr provas de 10km anda meio em baixa.

A inscrição da prova era 1 lata de leito em pó e 2 kg de alimentos. O kit não era grande coisa: um boné e uma camiseta, mas também, não vamos exigir de um kit numa prova em que a inscrição era voltada a ajudar as pessoas carentes. O chip pegávamos pouco antes da largada. Creio que havia umas 400 pessoas para correr. Pouca gente, verdade, mas foi bacana de ver um outro tipo de atleta, daquele mais humilde e, também, mais competitivo. Pouca gente desfilando modelitos (nada contra).

Como já escrevi, meu Garmin se foi depois de 3 anos. Estou usando aplicativos para o celular (texto no post seguinte, que sai sexta). No caso específico, o Map My Run. Ajustei tudo e saí correndo junto com o Valdomiro, meu amigo septagenário.

Fizemos o primeiro km a 4:26, depois fomos "ajustando" para perto de 4:45 por km. Tudo relativamente tranquilo, já que a temperatura estava ajudando. O abastecimento, em função disso, era ótimo, mas, como já escrevi outras vezes, quando não tem sol e calor não tem teste de abastecimento. Sempre está bom. Retornamos lá no final da Beira-Rio (na junção com a Av.Taquari) e aqui houve uma pequena controvérsia: o GPS de alguns deu 100, 150m a menos (o do meu celular marcou 9,98km). Muitos creditaram a esse retorno o problema, já que disseram que foi um pouco antes do normal (eu não percebi diferença nenhuma, mas sou o cara mais distraído do mundo). De qualquer forma, a largada também não foi bem no local que é sempre. Foi uns metrinhos atrás. 100m a menos são uns 45, 50s a menos. Em 10km, faz uma sensível diferença.

Detalhes à parte, vim trazendo o Valdomiro junto comigo. Para mim estava bem tranquilo, mas ele vinha sempre um pouco atrás, fazendo mais esforço do que eu. Tentei estimulá-lo a buscar alguns corredores que conhecíamos, mas não conseguimos. Quase chegamos lá. Mesmo assim, tivemos um bom desempenho, ultrapassando ou dimiunido diferenças de outros corredores na volta. Finalizamos em 46min23s. Ele ganhou a faixa etária dele. E aqui fica meu recado aos organizadores: não deixem os velhinhos por último na hora da premiação...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O que vem por aí

Domingo agora, haverá as 10 Milhas Noturnas de Gramado. Correr em Gramado é bacana, mas ainda acho que essa prova deveria ser de aventura, que isso seria um grande diferencial atrativo para a prova. Não estarei presente.

Daqui duas semanas, a tradicional prova de revezamento da Paquetá. As inscrições vão até segunda-feira. Ano passado a prova estava bem bacana. O site também está, com uma porção de dicas sobre a prova, treinos, nutrição. A prova pode ser feita em duplas, quartetos ou octetos. Espera-se que não façam a confusão e o fiasco que foi o revezamento da maratona de Porto Alegre. Também não correrei.


Mas eu queria mesmo é escrever sobre a TTT, Travessia Torres-Tramandaí. Esse ano, havia me inscrito na categoria individual; não terminei a prova. Pois essa semana vi que as inscrições encerram dia 31 de outubro. A prova será dia 28 de janeiro. Tudo bem, quem organiza precisa de tempo para tanto, mas 3 meses são um absurdo completo. Porque os corredores também precisam se organizar. Eu preciso saber se estarei condicionado fisicamente para correr indivual, em dupla, quarteto ou octeto. Se eu nem sei onde irei passar o revéilon, saberei para qual prova estarei apto em 28 de janeiro de 2012? Então me inscrevo na categoria individual, pago R$ 120,00, e me lesiono em novembro, por exemplo. Perdi R$ 120,00 e não poderei trocar de categoria, somente se pagar novamente, e se houver equipe e inscrição aberta para eu entrar. Tranquilamente, as inscrições poderiam se encerrar em 31 de dezembro de 2011. E, olha, eu sendo extremamente generoso.


Aí a gente escreve para aquele blog do Corpa, que, na verdade até hoje não sei porque foi criado, já que poderiam as informações constar no site do Corpa. Na realidade, até tenho uma teoria do porquê de ele existir, mas ela é maldosa. Melhor guardar para mim. Só nem uma alma miserável se digna a responder uma linha sequer. Só aceitam comentários "puxa-saco" ou que não precisam de explicações. Não sei se fico mais brabo com uma coisa ou com outra.


Sabe, se um dia eu tiver uma graninha legal, vou abrir uma empresa de organização de corridas. Há um farto campo a ser explorado. Não para ganhar dinheiro com, mas porque gostaria de ver coisas bem feitas, respeito dos organizadores, da EPTC e da Prefeitura de Porto Alegre. Quando tiver um tempinho, postarei algumas sugestões sobre o que pode ser feito em corridas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Maratona de Buenos Aires - parte I

A primeira maratona começou na viagem de ida. Nosso voo (10 pessoas da equipe) era às 14h, pela Aerolineas Argentinas. Chegamos lá, o painel marcava atraso de 4h, no mínimo. Eu havia consultado um site de tempo, e vi que havia chovido 38mm pela manhã. Bastante chuva. Isso gerou um transtorno natural no Aeroparque, aeroporto de onde vinha a aeronave que deveria nos levar. No meio dessa confusão, alguém agrediu a atendente da Aerolineas e foi formada confusão. (conforme matéria abaixo)





Cancelaram nosso voo. O voo da Aerolineas do outro dia lotado também. Opção que deram: havia 30 vagas num voo da Gol que era às 00:20, que ia para Florianópolis e saí de lá às 4:10 para Buenos Aires. Iriam acomodar os primeiros 30 que fizeram check-in. Eu era o primeiro que havia feito do nosso grupo e era o 49º. Ou seja, não iríamos ser contemplados. A Roberta foi ver o voo da Gol e checar se havia algum da Tam. Não havia. Decidímos comprar 10 daquelas 30 vagas. Mais confusão. 3 atendentes começaram a nos atender, e a 4ª não sei em que mundo estava que não percebeu o fato e quase saiu bloqueando outras passagens, de modo que estava faltando uma para nós...


Tumulto resolvido, voo só às 00:20. Não era de se espantar porque havia vagas só nesse. Era a legítima indiada. Resolvemos não ficar no aeroporto esperando (era umas 17h) e fomos quase todos (exceto Vitor e Leila) para a casa da Bruna, fazer hora. Ficamos por lá, jantamos no Taco, que é na esquina da rua do apartamento dela e retornamos ao aeroporto. Como falta de sorte nunca vem sozinha, entre nós (eu, o Gabriel) e o Vitor  a Leila, duas tagarelas terríveis no voo até Floripa. Lá uma longa espera até a partida para Buenos Aires (foto ao lado, a gente ainda de bom humor). Ali, no voo para a capital argentina, dormidinha básica, embora o aperto entre os bancos fosse terrível.  Fiquei mais dolorido que descansado.




Chegamos acho que pelas 6:30, demos aquela passada básica pelo Free Shop, que foi meio que ligeiramente, já que todos estavam cansados e queriam ir para o hotel, e penso que eram 8h quando chegamos no Atenea Suites. Ainda era preciso tomar café, de modo que só lá pelas 11h deitei para domir um pouco até quase 14h, quando marcamos de nos reunir para ir na feira da maratona, pegar os kits.


A feira era relativamente boa (fotos abaixo - do celular), e foi tudo meio tranquilo para pegar kit, colocar nome na camiseta e olhar as coisas. Os preços não eram dos melhores (como praticamente tudo em Buenos Aires), senti falta de alguns modelos de tênis de corrida da Adidas (patrocinadora da maratona), mas havia até banca para divulgar a maratona do Rio. O kit não era nada de mais, tinha alguns folhetos explicativos e ilustrativos, mas a camiseta ainda estão devendo uma decente. No Rio, a Adidas brasileira, em 2009, quando corremos, dava camiseta de poliamida. Lá em Buenos Aires, ainda em poliéster (que nem ano passado), daquelas que esquentam bastante e machucam em quase tudo que é lugar, principalmente nos mamilos.
















Maratona de Buenos Aires - parte II

Bem, falando especificamente da prova, não é difícil organizar uma boa prova em Buenos Aires. Quase tudo ajuda. Temperatura relativamente boa na época, percurso quase todo plano, vários pontos turísticos, inúmeros parques, avenidas largas.

Uma das coisas que faltou foi um grande público durante o trajeto, mas isso ficcou em segundo plano, pois não se corria sozinho nunca, já que eram mais de 7.000 corredores na prova.

Às 7h30 foi dada a largada, na Av. Figueroa Alcorta y Monroe, a avenida do estádio do River Plate, clube dos mais tradicionais da Argentina, principal rival do Boca Juniors. Em relação ao ano passado, houve uma pequena mudança na disposição dos atletas, pois a concentração dos corredores pré-prova não era na avenida, e sim ao lado dela, na grama do parque, onde também se dispunham os banheiros (que achei insuficientes) e o guarda-volumes. A avenida foi dividida em baias de tempo. Durante a feira da maratona, quando pegávamos o kit, nos perguntavam qual o tempo que iríamos terminar a maratona. Nos era dada uma pulseira com determinada cor que signigica aquele tempo prévio. Na hora da prova, bastava entrar no local destinado àquela cor. Havia gente controlando a entrada, mas não a divisão entre os pelotões de tempo, já na avenida... de modo que muitos corredores trocaram o seu local indevidamente (bastava passar por debaixo de uma fitinha - foi o meu caso, porque me deram a cor errada de pulseira). Não precisaria dizer, mas isso é uma atitude extremamente egoísta que causa prejuízos aos demais corredores, já que a pessoa vai sair num pelotão mais rápido, correndo de forma mais lenta. Eu e o Claiton, que largamos juntos, tivemos que ultrapassar inúmeros atletas que, nitidamente, tinham um ritmo bem aquém de onde largaram.

Largamos eu e o Claiton, portanto, driblando esse povo todo que andava no local errado, e fizemos o primeiro km em 5:19. Disse para ele ficar tranquilo, já que depois naturalmente iríamos ajeitando o ritmo para chegar lá pelo km 10 nos 5min/km que pretendíamos fazer em toda a maratona. E foi o que aconteceu: passamos os 10km em 49:54. Até ali, achei o começo meio cheio de dobra aqui, dobra ali, mas nada absurdo que nem Curitiba. Lá pelo km 5, um cara apresentando sinais de alguma embriaguez ou algo mais passou pela barreira de trânsito com seu Bora e se deparou com aquele povo correndo. Teve que parar, desceu do carro e... a polícia desceu o sarrafo. No km 11, passamos pelo Obelisco e seguimos em direção do Caminito e ao estádio do Boca.

No km 15, estávamos um pouco abaixo dos 5:00/km (1:14:11), e seguindo bem. Passamos e fomos ultrapassados por alguns brasileiros daqui do RS. Não sei precisar bem quando era o estádio do Boca, mas ouvia uma certa euforia de inúmeros corredores quando passamos por lá. Bem por ali, havia um carro vermelho (cor do River) queimado, o que chamou a atenção de diversos de nós da EDR.

Saímos do Caminito, vamos em direção ao lado feio do Puerto Madero (creio que km 19). Ali estávamos na parte traseira do porto, cheia de navios velhos, enferrujados, um local meio ermo e provavelmente pouco utilizado. Andávamos por ali até chegar no km 25, mais ou menos, na parte glamurosa do local.

Pouco antes, pelo km 20, o Claiton ficou uns 20 metros para trás. Esperei-o e perguntei: "Que pasa, chico?" Ele respondeu "nada", mas havia sentido dor no glúteo, contou depois. Seguimos em frente e passamos o km 21 em 1:44:02, com uma pequena margem, portanto, em relação aos 5:00/km. Mais ou menos por ali, o sol quis mostrar a cara, mas foi só uma ameaça. De qualquer forma, a temperatura, momentaneamente, subiu e senti um pouco. Cheguei até a temer o final, mas foi apenas um sustinho. Creio que foi no km 27 que o Claiton deu uma sentida maior, quebrou o ritmo e dei uma esperada por ele (fiz em 5:13 - 2:13:45 no total). Ele já estava me mandando embora há tempos, mas achei que minha utilidade seria maior ficando do lado dele. Queria ajudá-lo a baixar das 3h e quarenta e poucos, que era seu recorde pessoal.

Passamos o km 30 em 2:28:32, média de 4:57/km. Só que os quilômetros seguintes foram a 5:27 e 5:13, de modo que maratona em 3h30 já estava fora de questão. Quase no km 35 conseguíamos enxergar a Bruna e seu indefectível calção vermelho correndo com alguém, achei que na hora era a Mica, do Clube da Enfordina, mas podia ser o Mário também, que havia sentido uma fisgada na panturrilha lá pelo km 12 e vinha "devagar" (?!!) para apenas completar a prova. Nosso ritmo caiu, fazíamos o km a 5:20 na média, até que encontramos a Bruna e Bina na contramão, à nossa procura, para nos puxar na reta final (km 37/38). A Bruna até queria que eu fosse mais forte, já que a Bina podia acompanhar o Claiton, mas achei que devia acompanhá-lo até o final, uma vez que já havíamos ido até ali juntos.

Desde mais ou menos o km 36, o percurso é dentro do parque, o que é muito bonito e ajuda bastante, já que é arborizado. Cruzamos o km 40 em 3:22:13 e as duas nos acompanharam até o km 42, de onde não podiam passar. Os últimos 195 metros acho que foram os mais difíceis do mundo, pois certamente havia bem mais do que 195 metros. Simplesmente a chegada não aparecia de jeito algum. Fechei em 3:37:12, e o GPS (da Bina, emprestado) marcou 42,74 km, ou seja, só uns 500 metros a mais...

Só que o meu chip perdi lá pelo km 36. Como era meio que de papel e de arramar no tênis, quando fui amarrar, rasgou... coloquei esparadrapo para segurar e fui cuidando, mas é que nem colocar o leite para ferver: quando a gente não olha, ferve. Não olhei, sumiu. De qualquer forma, meu tempo final aparece no site, e o chip só marcou minha passagem pelo km 10, e até do 4º colocado na prova não há inúmeras parciais. Independente disso, foi uma ótima maratona. Achei que talvez pudesse fazer um pouco melhor, mas fiquei plenamente satisfeito com o desempenho, ainda mais levando-se em consideração os transtornos da viagem de ida, com uma noite praticamente sem dormir quase nada. Ano que vem acho que estarei de volta em terras portenhas.



(assim que as fotos aparecem no site argentino e puder comprá-las, posto aqui)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Tempo deve ajudar na Maratona de Buenos Aires

Conforme esse site, WindGuru, o tempo estará "perfeito" para quem quer boa performance na Maratona de Buenos Aires, domingo. (clique na imagem para ampliar)




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Falta pouco mais de uma semana

Email da Adidas, recebido agora há pouco.

Como dá para ler ali embaixo, a largada será dada por pelotões/baias, distribuídos pelo tempo em que cada um planeja terminar a maratona. Não fala nada, mas seria muito bacana se houvesse marcadores de ritmo (pacers) na prova.  Tem tudo para ser uma grande prova. As inscrições ainda estão abertas até o dia 3 de outubro. Há 6.000 inscritos. Meu número é 1149. Mais informações no site da prova (aqui).

¡Faltan 9 días para el Maratón!
Estate atento porque el próximo viernes 7 y sábado 8 se desarrolla la EXPO Maratón de Buenos Aires y tendremos muchas actividades para ofrecerte!!!. Cuando pases a buscar tu kit de corredor, vas a poder personalizar tu remera, hacer un test de tu pisada, sacarte una foto con el arco de llegada, dejar tu mensaje de aliento, y conocer los productos de running exclusivos del maratón. No te lo pierdas!Además, estaremos entregándote una pulsera según tu tiempo aproximado para el maratón, para que puedas salir con los que corren a tu ritmo. Pronto te mandaremos el plano de cómo estará organizada la largada en base a los diferentes sectores de salida. 

Te esperamos para la EXPO en el Centro Municipal de Exposiciones (J. E. Couture 2231) al lado de la Facultad de Derecho los días 7 y 8 de octubre de 10 a 20 hs y de 10 a 18 hs respectivamente. ¡No llegues tarde, la apertura y cierre son puntuales!

¡¡No te olvides de subir tu foto para la carrera!! Entrá haciendo
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ultra Desafio Farroupilha 24h


Parque Marinha do Brasil, sábado de sol, 28 graus, umidade alta, 10h da manhã. Com essa atmosfera, foi dada a largada para a indiada das 24h do Ultra Desafio Farroupilha 24h, organizado pela Audax4, o mesmo povo que organiza a São Chico Eco Running.


O kit da prova tinha uma camiseta boa, alguns brindes e não muito mais que isso. Mas a inscrição dava direito também a 4 refeições durante a prova, que foram o almoço (massa com molho de frango), janta (2 tipos de massa com o mesmo molho de frango, batata e cenoura), uma sopa (maravilhosa) durante a madrugada e sanduíche pela manhã. Alguns reclamaram da primeira massa, mas achei justo o conjunto da obra pelo valor da inscrição.


Isto posto, vou começar pelos agradecimentos, pois, como a prova foi longa, o relato será igualmente longo, e quem lê já chega cansado e mal percebe o nome das pessoas lá no final, onde costumam estar. Em primeiríssmo lugar, meus(nossos) agradecimentos ao nosso chefe, Daniel Rech, que esteve presente em praticamente as 24h da prova. "Dani, precisamos de mais gelo." E lá vai ele comprar. "E a luz? Depois das 18h vai escurecer (hahaha)". E lá vai o Thomas Edison. "Dani, repelente." (É, teve gente que pediu...) Em 2º lugar, o Lionel, que esteve nos ajudando em boa parte da noite e da madrugada. Sem esses dois, tudo seria mais difícil, bem mais difícil. A toda hora, precisávamos ajeitar coisas, e sem o auxílio de ambos, deslocar isopor cheio, mochilas, colocar proteção na barraca quando desabou água durante a madrugada, tudo isso seria mais complicado e cansativo. Esses 2 foram top, top. Excelentes parcerias. Depois a Conceição, que trouxe biscoitos e chocolate quente (se não tomamos tudo foi porque o organismo não aceitava mais), e esteve presente com aquela simpatia de sempre. O Juarez e a Márcia também andaram por lá e deixaram guloseimas. O resto, embora não menos importante, não irei nominar, porque é muita gente e certamente esquecerei de alguém e estaria cometendo uma grande injustiça. Portanto, meus sinceros e generalizados agradecimentos àqueles que mandaram mensagem, telefonaram (bêbadas) ou passaram por lá, só para desejar um simples "boa sorte". Vocês não sabem a força que o gesto de vocês tem.


Agora vamos falar da prova propriamente dita: nossa estratégia era correr cada um 2h, 2h, 1h e 1h. Completamente equivocada! hahaha. Coisa de quem nunca havia participado de uma corrida desse porte. Ninguém iria conseguir correr bem desse jeito. Mas isso só foi possível perceber porque o calor estava insuportável. Então o Davi, que foi quem começou a corrida, chamou o Claiton para falar que não tinha como fazer 2h com aquele tempo, não haveria como manter o ritmo. Baixamos, portanto, para 1h, que consistia em fazer 4 voltas de 3km no circuito. No meu GPS não deu exatamente 3km, mas isso é outra história.





A sequência da nossa equipe era: Davi, Claiton, Mário e eu. Os 3 malucos correram alucinados a parte deles, 4:40/km. Eu não iria fazer isso, porque certamente quebraria no meio do caminho. Não estou correndo tanto quanto eles. Semana passada, mal consegui fazer o treino de 30 km no Lami... Então, pensei: "Vou correr a 5:00/km, que é para tentar ir mais longe sem caminhar."


Corri assim minhas primeiras 4 voltas. Eles baixaram o ritmo um pouco depois também. E o Mário, ao invés de 4, dava 5 voltas... Teve horas que achei que quando acabasse a prova, ele iria pedir para continuar correndo mais um pouco...


A gente corria, tomava um banho e descansava nos colchões. Isso foi extremamente útil, porque foi possivel esticar as pernas, relaxar e se alimentar nos intervalos entre uma corrida e outra.


Se não me engano, na primeira parcial, estávamos em 5º das 6 equipes nos quartetos. Enquanto isso, lá na frente, um pega doido entre a Sub-4 e a Cia. dos Cavalos. Alguém não iria aguentar aquele tranco por muito tempo. A prova não estava nem na metade, e eles se matando para ver quem ganhava. É que nem eu digo: "Isso tem tudo para dar errado." E claro que deu: alguém da Sub-4 se machucou. Ficaram só com 3. Desistiram. A gente, que não tinha nada a ver com isso (até aquele momento), subiu uma posição, mas acho que logo em seguida já havíamos passado o 4º lugar e, consequentemente, agora estávamos em terceiro. A equipe em segundo era de uns "veteranos" de Brasília (na foto mais abaixo conosco). Estavam com a barraca bem na frente da nossa. As outras equipes eram de Imbé/Tramandaí e do Vale do Taquari, a Adrennon (blog aqui).






Durante a prova, o Davi (que era o mais cansado de todos) ditou a estratégia: cada vez que a última volta começava a ficar complicada, ele chorava e a gente diminuía na próxima, exceto um alopradinho que sempre fazia uma a mais... Assim, fizemos 3 voltas, depois diminuímos para duas.


Com o passar das horas, fomos abrindo distância do 4º lugar, e do 2º estávamos a 3 voltas ( +/- 9km). E isso ficou um bom tempo assim, pois nosso ritmo era parecido com o deles, pouca coisa mais lenta apenas. De modo que, durante a madrugada, criou-se um caloroso debate: não alcançaremos mais o 2º lugar e não perderemos o 3º. Correr para que até às 10h da manhã? O Davi levantou o tema, e eu fiquei propenso a aceitar a proposta, mas os outros 2 endiabrados não toparam de jeito algum. O que foi bom, porque, sinceramente, foi muito legal chegar até o final correndo praticamente igual a como começamos, mesmo sem ter chance de alcançar o segundo lugar. Aliás, foi uma das minhas melhores corridas nos últimos tempos. Em meus sonhos mais otimistas, jamais imaginei que correria o tempo todo, sem caminhar, e ainda mais com o ritmo praticamente igual do início ao fim. Minha pior volta foi 5:15/km e a média geral deve ter dado 5:05/km, em mais ou menos 6h de corrida, 69 km.


Só que lá pelas tantas o palhaço do Davi avacalhou tudo. Nós fazendo duas voltas a 30, 31 minutos e o cara vem e faz em... 39. Disse que a cabeça perguntava para as pernas: "Tá correndo pra que, seu idiota?" E então ele voltava caminhando, batendo papo, contemplando a natureza do parque...


Então, diminuímos para uma volta cada um. Novamente, todo mundo dando volta a 15, 16 e o palhaço dá uma a 19... Ainda bem que a gente estava de bom humor.

A parte ruim, digamos assim, da prova foi que, como eu era o último a correr, a gente sentava, se reunia e começavam as contas: faltam tantas voltas, tanto isso, tanto aquilo, só que para mim sempre faltava uma a mais, já que eles tinham feito as deles e eu ainda não.

Às 7 e pouco, o Davi correu pela última vez, pois tinha um curso às 9h, e então ficamos só nós 3. Complicou um pouco mais, pois o descanso diminuiu para cerca de 30 minutos. Era colocar um roupa seca, deitar, dar um micro cochilada e levantar para correr novamente. Mas continuamos firmes e fortes até eu fechar a prova uns 3 minutos antes das 10h de domingo. Foi uma indiada e tanto, mas valeu cada momento. Só não me convidem novamente, ok?





Das curiosidades da prova: costumo tomar 4 ou 5 sachês de carboidrato em gel durante uma maratona, mais ou menos em 3h30. Tomei 1 e meio durante a prova inteira, 24h. Tinha hora que não descia mais nada: água, powerade, gel, comida, nadinha. Claro que as refeições que serviam ajudaram a não precisar de gel, mas, mesmo assim, muito tem a ver com o desgaste do organismo. Como a gente corria e parava, sempre acabava se hidratando, provavelmente em excesso, por isso o organismo rejeitava. Corri com 3 tênis diferentes, para aproveitar melhor o amortecimento deles (melhor que usar um só 6 horas). Isso já ajudava também a ficar sem tênis um tempo, para os pés descansarem. E usei uns 12 pares de meias, segundo o Dani. Não tinha porque ficar usando meia molhada e arriscar uma bolha ou algum machucado no pés. Se não dava para correr com tênis secos, pelo menos as meias estavam antes de começar a correr. E procurei usar meias com cano mais longo, já que corríamos num trajeto de areia e, depois, com a chuva, aquilo virou um barro só.




* A indiada foi tanta que o Garmin enlouqueceu e não ligou mais desde então. Se ligar, posto aqui as parciais e o total de km, que, teoricamente, foi algo perto de 69km para mim e o Claiton, 63 para o Davi e 87 para o Mário.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

10 Milhas Subway Poa Day Run

Dia 14/8 (é, faz tempo) corri as 10 Milhas Subway, com largada no Barra Shopping.

Começando pelo começo: corri mal as 10 Milhas da Puma, 1 mês antes (10/7). Aliás, minhas corridas andam super irregulares. Uma hora corro bem; outro hora, mal. Existem 2 segredos básicos para correr legal: o primeiro, lógico, é treinar. O segundo é estar focado mentalmente, em condições psicológicas boas, sem grandes problemas te angustiando a cabeça.

Bom, mas todo mundo tem os seus obstáculos pessoais.
E existe uma coisa que, infelizmente, tem acontecido muito no mundo moderno: as pessoas torcem para que a gente não se dê bem. Parece que isso dá prazer. A riqueza e/ou sucesso de alguém causa inveja, como se o felicidade dos outros fosse parâmetro para a nossa. Como se houvesse algo tipo "Eu não estou feliz, bem sucedido, ele também não pode estar." Essa pressão psicológica não chega a me afetar muito na corrida, dependendo de quem vem, mas causa uma profunda tristeza. Porque parece que algo da pessoa se perdeu no meio da caminho, para ter sentimentos tão, tão, tão... pequenos.

No mundo da corrida, existe uma coisa que acho extremamente salutar que é competitividade sadia. Aquela coisa de amigos, companheiros de equipe, disputarem uma prova, um competindo com o outro, numa boa. Isso ajuda a melhorar a performance de ambos. Mas há uma linha tênue entre a competividade sadia e a disputa invejosa. É que nem a flauta no futebol. Às vezes as torcidas extrapolam. O que é para ser algo legal, divertido, acaba virando uma briga raivosa e ensandecida, mas, nesse caso, normalmente silenciosa.

Claro, às vezes alguém ganha mais de um lado, e o lado "perdedor" tem que saber lidar com isso. Mas a resposta tem que ser trabalho, trabalho e mais trabalho. No caso, treino, treino e mais treino. Então, colocar uma meta de vencer fulano porque é preciso parar de perder para ele é uma coisa, e vencê-lo porque ele está correndo bem e tentarei correr tão bem quanto ele é outra coisa. Dá para perceber a sutileza e, ao mesmo tempo, abismo da diferença?

Embora algum amigo, colega de equipe ou alguém qualquer possa ser posto como parâmetro a ser seguido ou superado, o grande parâmetro de todo corredor deve ser ele mesmo. Não importa o quanto os outros estejam correndo, a não ser como referencial para eu mesmo tentar chegar lá. O que importa é o quanto você consegue em relação a si próprio. Tem uma música da Xuxa, dela mesma, que eu gosto de citar, porque acho que foi muito feliz na mensagem: "Tudo que eu fizer, vou tentar melhor do que já fiz" (Lua de Cristal). Esse deve ser o espírito.

Bem, vamos falar da prova, que é a razão principal de quando comecei a traçar as linhas, antes de divagar em subjetividades.

Na véspera da prova, sábado, corri 16 km com o Valdomiro, meu amigo de 73 anos. Já corremos há uns 20 anos juntos. Corri mal, me arrastando a 5:30/km. Tudo bem que os últimos 4 foram bons, mas os primeiros 10 foram de chorar como vocês podem ver no link abaixo.



Fui para casa, tomei banho, saí para almoçar com os filhos, voltei para casa e deitei no sofá para dormir, chateado por não entender porque estava correndo mal e porque algumas coisas andavam me atrapalhando os treinos, como nunca antes. Levantei do sofá às 20h, comi, e voltei para lá, para só acordar no outro dia pela manhã para a prova.

Cheguei no Barra Shopping, peguei meu kit com o Daniel na barraca da equipe, sem saber qual seria o meu rendimento naquele dia. Como tinha corrido no dia anterior- e mal, já estava imaginando que nem conseguiria correr a 5/km, e não é choro de corredor. Quem me conhece sabe que fico com aquele papo de corredor "hoje estou com uma dor aqui, outra ali, não treinei bem na semana, etc". É mais fácil eu errar por auto-suficiência do que inventar esses pretextos pré-prova de corredor para um possível fracasso.

Mas o dia estava perfeito. Perfeito para performances, vamos deixar claro. Nada de sol, nada de frio demais, nada de vento exagerado. Uns 16 graus, umidade baixa. Percurso bom, sem aquela confusão maluca que o Corpa fez no revezamento da Maratona de POA.

Havia colocado uma coisa na cabeça: vou sair mais devagar e acelerar depois, se der. É como funciona comigo. E é o mais acertado. Nas 10 Milhas da Puma, saí mais forte do que queria e paguei o preço do cansaço depois. Se a gente sai forte e quebra, é um caminho sem volta. Fiz os 2 primeiros kms a 4:42 e depois comecei a estabilizar em 4:35/km. Lá pelo 4, acho eu, o Renato encostou, ficou cerca de 1 km, acelerou e se foi.

Segui no meu tranco de 4:35/km. Passei o km 8, metade da prova, em 36:44. O percurso passava pelo Barra Shopping e ia pela Av. Beira-Rio até pouco depois da rótula das cuias, retornava, fazia um pequeno contorno na Av. Ipiranga (aqui mais ou menos km 11) e seguia novamente pela Av. Beira-Rio. Consegui melhorar um pouquinho na volta, fazendo 4 km dos 8 a 4:30/km, e fechei a prova em 1:12:49, praticamente igual às 10 Milhas da Puma, só que lá o GPS marcou 15,94 e aqui 15,99 km.







Na chegada, lounge para o povo descansar. E acho que essa infraestrutura foi o destaque da prova, além do resto, claro. Havia uma área bacana para os corredores, locais para as pessoas descansarem, para os acompanhantes aguardarem seus pais, maridos, esposas, parentes, etc, e isso é muito legal, pois é preciso pensar também nesse povo que vai lá ver e apoiar. E tinha picolé, sanduíche, frutas, água, além de uma boa medalha. E lá fora, desde quando cheguei, havia uma banda tocando, o que também foi um fato positivo. Eu dei nota 9,99 à prova! rs. Só não ganha 10 porque senão podem pensar que não há nada que possa ser melhorado, e sempre há.

No dia dessa prova, o Mário, o Claiton e o Daniel, não sei bem como, provavelmente com o uso de tortura, me convenceram a correr o Desafio Farroupilha 24h em quarteto, coisa de macho tchê (mas prenda também pode), nos dias 17 e 18/9, dentro do Parque Marinha do Brasil. Tomara que ajude ao invés de atrapalhar os treinos para a Maratona de Buenos Aires, que está chegando.



segunda-feira, 11 de julho de 2011

15 Milhas Ipanema + 10 Milhas Puma


Dois eventos em sequência: 15 Milhas Ipanema, revezamento na zona sul de Porto Alegre, domingo, dia 3, e 10 Milhas da Puma, com largada no Parque da Harmonia, ontem, dia 10.

Primeiro evento: muito, mas muito frio naquele domingo. Devia estar uns 6 graus, com vento que sopra sempre na beira do Guaíba, o que deixava a sensação térmica bem mais baixa. A 5 minutos da largada, todo mundo ainda de casacão...

O kit (camiseta) da prova deixou a desejar, mas a prova, em si, é bem interessante. Havia algumas modalidades (trio masculino, misto, feminino, individual) e havia 3 baterias, com horários pré-programados (houve algum atraso), independente de o parceiro da equipe ter chegado ou não.

O pessoal saí, ia até a praça do Guarujá e retornava, pegando um pedaço de areia da beira da praia, que talvez fosse a pior parte. O trio (meu caso) funciona assim: o primeiro corredor (a Ângela) corria 4 km, o segundo corredor (Alex) corria 8 km (2 x o percurso) e o terceiro corredor (eu) fazia 3 x o percurso, correndo 12 km.

Saí a 4:30/km, mas só consegui manter por uns 2km, depois caí um pouco e fechei minha parte em 57:18. Não ganhamos nada, claro, no trio misto.


Ontem, as 10 Milhas da Puma (ano passado, mais ou menos na mesma época, teve a mesma prova, só que ela era da Mizuno, e com um trajeto diferente). Ano passado, conforme contei aqui, começaram meus problemas nas panturrilhas, que me deixaram praticamente sem conseguir treinar durante 3 meses. Mas, ainda bem, passado é passado.

Ontem, quase perdi a prova. Estou exagerando um pouquinho, mas cheguei faltando uns 10 minutos para iniciar a prova. Como o Gabriel dormiu lá em casa, foi difícil fazê-lo acordar dentro do previsto e sair no horário adequado. Mas cheguei, estacionei fácil, e fui tranquilo para a nossa barraca. Peguei meu kit (que continha uma sacolinha e uma camiseta - a meu ver, kit justo para os R$ 47,50 da inscrição), o Daniel colocou o número e rumei para a largada. Encontrei o Mário e o Claiton por lá e aguardamos o toque de largada. Havia separação por tempos, mas as pessoas, infelizmente, parece que não ligam para isso. Egoísmo parece ser a palavra do mundo moderno. Cada um só quer saber de si, não importando se está largando lentamente numa área destinada a corredores mais rápidos que serão atrapalhados por ele.

Bem, largada dada, saí a 4:25/km. Na minha cabeça, era para sair a 4:30, mas é aquele papo: a gente se sente bem e sai como não deve... Mais tarde percebe-se isso. Enxerguei o André Cruz, lá pelo km 3 cheguei nele, trocamos gracinhas e o passei, mas logo em sequida me deu o troco. Segui correndo a uns 10 metros dele até o retorno, que era no km 6,9, perto do Veleiros. Até ali, a média vinha a 4:29. O André deve ter ficado com torcicolos, porque toda hora olhava para trás para me procurar...hehe. Andei mais uns 2,5 km, mais ou menos, e ele olhou novamente. Eu estava perto, e ele gritou: "Tá me marcando?" Respondi: "Só até o km 15!" E cheguei de vez nele. Vamos nos ajudar, pensamos, e falamos. Tentar um levar o outro. E puxar nos últimos 2. Mas só aguentei mais uns 2 km. Ele desgarrou uns metros.

Pouco antes do km 13, encostei numa guria, a Paula, e ela ficou falando alguma coisa. Então, fiquei por ali e acabamos conversando (ficou mais confortável e menos sofrido para mim). O André não abriu muito, e comecei a só acompanhá-la, o que fiz até o final, quando cheguei em 1:12:47, para os 15,94 km que o GPS da Garmin marcou. 4:34/km de média. Dava para ter baixado esses 47 segundos, se tivesse abandonado-a, mas não ia fazer muita diferença no frigir dos ovos.


O começo da prova deu uma falsa impressão de que podia ser melhor, mas eu sabia que não estava pronto para aquilo. Até falei para o Daniel, que queria que eu tentasse algo nessa linha. No final das contas, talvez, talvez, se saísse a 4:30 conseguisse manter até o final, ainda mais que, nos treinos, costumo acelerar na segunda metade para acostumar, mas, se, se, se... já era. Não é o jeito que eu gosto de correr, porque frustra um pouquinho, mas aconteceu. Gosto de chegar mais rápido do que larguei.

Agora, mais 16 km no "Subway POA Run Day", dia 16/8. Aí, sim, tenho que estar correndo a 4:25/km. Até lá, seguimos o treino com vistas à Maratona de Buenos Aires.

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