terça-feira, 28 de setembro de 2010

2ª São Chico Eco Running

Enquanto parte da EDR (Equipe Daniel Rech) se preparava para participar da Goldsztein Cyrela POA Night Run, outra parcela acordou cedinho no sábado e rumou para São Francisco de Paula, na serra, distante 47km de Gramado, para participar da 2ª Edição da São Chico Eco Running. A primeira eu comentei aqui.

Eu, a Bruna e Bina chegamos lá por volta da 9h. Elas duas iriam correr, junto com a Nara. Ventava bastante, dando uma sensação de frio antes da largada.

Havia também uma competição de bikes, que largou pouco antes dos corredores. Não havia muita gente, o que, de certa forma, foi bom, porque os carros, mesmo assim, causaram alguma confusão em certos pontos de troca.




Enquanto a Bruna chegava no primeiro posto de troca, para passar a vez para a Bina no trio feminino, o Mário já havia feito sua passagem para o Claiton, que rumou para o trecho mais enlamaçado da prova. Deu dó ver como os corredores chegavam depois dele. Teve um deles que relatou que correu cerca de 800m dentro do barro, sem nenhuma outra possibilidade. Mas assim é prova de aventura. Mas aí também surgiu uma preocupação: a Bina, além de chegar repleta de barro, também chegou sentindo a coxa esquerda.


No posto de troca que iniciava o trecho 3, junto à Madeireira Rauber, o sol apareceu e o tempo esquentou. Pelo menos durante algum período... As meninas vinham bem, em terceiro lugar, com o outro trio da EDR seguindo de perto. O Mário e o Claiton também estavam em terceiro na dupla, fazendo uma disputa acirrada com outros competidores.

O trecho 3, segundo o Mário que correu, era dureza, como quase tudo é numa prova de aventura. Tem aqueles que são pedreira e os que são "fáceis" quando comparamos com os outros, porque fácil mesmo é correr na Av. Beira-Rio. E a gente ainda reclama do vento... Nesse ponto, comecei a dar assistência aos 2, que estavam sozinhos, e as gurias, como eram 3, e ainda o Álvaro com suporte, poderiam se virar. De qualquer forma, nos encontraríamos nos pontos de troca. No trio feminino, a Nara que fez essa parte.

O trecho 4 começava no Lago, que era o ponto de melhor acesso, sem muito tumulto. Ali, davam mais ou menos uma volta na quadra dele, passavam por nós novamente até chegar ao 'Recanto das Cabritas', uns 8km dali. Trecho complicado, segundo o povo que correu, com trilhas impossíveis de se fazer a não ser caminhando.


O quinto trecho consistia em cerca de 15,5km, em que o povo saía por um lado do morro e voltava pelo outro, o que facilitava e muito o suporte, já que os dois postos de troca eram no mesmo ponto. Mas, claro, como disse antes: o trânsito complicou naquela rua estreita, com tanta gente reunida ao mesmo tempo. O Mário e a Bruna fizeram esse. Ela reclamou bastante, não do percurso em si, que foi menos assustador do que havíamos relatado, mas do fato de que encontrou um pitbull no meio do caminho, e que não dava para continuar, o que só foi possível quando outro atleta da equipe chegou e ajudou-a com um pedregulho em mãos. Ela fez bem esse trecho, em 1h32, o mesmo tempo que fiz na edição passada, em março. O Mário em 1h17.


O Claiton já saiu em segundo nesse ponto para fazer o sexto e último trecho, e as gurias eram terceiras, com mais ou menos 8 minutos atrás das segundas e 14 na frente das quartas, também da nossa equipe. Fiquei um tempo por ali com o Mário, até sairmos para ver como o Claiton andava. Encontramo-lo caminhando, quando ainda faltavam cerca de 3km. Estava com dores na posterior, ou no adutor talvez da coxa direita. Falei para o Mário acompanhá-lo, já que alguém do lado sempre ajuda bastante nessas horas. Acho que ajudou.



A chegada era no Hotel Araucárias, e deu alguma confusão. Teoricamente, era apenas circular o hotel e entrar na chegada, mas isso para quem já sabia dessa informação, quem já havia corrido na edição anterior. Aí o tempo passa e nem o primeiro aparecia, nem o Mário e o Claiton.

Até que surge o cara da primeira dupla no sentido inverso, reclamando que não achava o caminho... o Mário e o Claiton também se perderam, pois disseram que havia as faixas indicando, mas, no entanto, havia uma seta dando a entender que deviam seguir em direção à direita, quando o correto seria costear pela esquerda fazendo a curva. Ainda bem que tudo isso foi resolvido com os 3 chegando antes do competidor seguinte, senão iria dar uma bela encrenca. No final das contas, o quarto colocado também chegou em seguida e, se não engano em matéria de tempo, todas as 4 duplas chegaram em menos de 5 minutos de diferença, o que mostra que a coisa foi bem parelha e disputada.

No calor dessa hora, vendo o Mário e o Claiton perdidos e o 3º colocado entrando para dar a volta que terminaria a prova, acabei discutindo com um dos organizadores, razão pela qual peço desculpas, embora, de alguma forma, eu tenha razão, já que 3 corredores se perderam, o que não é exatamente normal. No momento, o sangue subiu vendo que a coisa poderia complicar. Mas, menos mal, tudo resolveu-se sem maiores problemas. Faz parte também de uma prova de aventura...




A Nara fechou o último trecho das gurias, diminuindo a diferença para a segunda colocada, mas não o suficiente para ameaçá-la.

No cômputo geral, apesar da falta de chip e da estrutura relativamente 'amadora' (no sentido de ser feita por poucos, pessoalmente) São Chico é uma prova muita bacana de ser feita, num local super bonito, com bons trajetos para se realizar uma prova legal. Já estamos de olho na próxima edição.

Nossos agradecimentos mais que especiais aos 'técnicos' da EPTC, que com sua postura intransigente, fazem com que gostemos e façamos cada vez mais de provas fora da cidade, longe do asfalto, e em percursos que sejam diferentes da mesmice da Av. Beira-Rio. Qualquer dia, ainda proibem as corridas em Porto Alegre, porque atrapalham o trânsito... num domingo de manhã cedo.

Mais fotos da prova (e também da Night Run) no Picasa da equipe.

Àqueles que porventura possam estar perguntando, a costela ainda dói (é sem acento agora?), e a perspectiva é de que não corra ainda até o final de semana que vem, no qual estarei em Buenos Aires, para dar algum apoio ao povo que irá correr a Maratona por lá.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

10 Milhas Noturnas Gramado e uma queda


Sábado à noite tivemos a 1ª Edição das 10 Milhas Noturnas de Gramado, prova organizada pelo 'chefe', Daniel Rech.
Eu, particularmente, gostaria que a prova fosse mais "rural", com pouco asfalto, no meio do mato, das trilhas, com subidas, pedras e outras adversidades, mas, Gramado é Gramado, e a prova me surpreendeu positivamente.

Acho que a chuva que caía insistentemente - deu uma pequena trégua no inicio da prova apenas - pode ter contribuído para isso, pois, a meu ver, quebrou a monotonia da prova, do percurso no asfalto, embora ele não tenha sido fácil. Fazíamos 4 vezes o mesmo trajeto, o que significa subir 4 vezes a entrada da Expogramado, que era a grande pedreira da prova.

A primeira metade de cada parte era fácil até, já que tinha praticamente só descida. Mas, como canta o Nei Lisboa em Deixa o Bicho: "Quem desce um dia vai voltar". E era onde todo mundo sofria.

A prova saiu com um pouquinho de atraso, 15 minutos, e cada volta tinha, na verdade, pouquinha coisa menos que 2km, de modo que meu GPS marcou 15,7 km no total. Essa é a parte ruim num circuito que se repete: cada metro a menos ou a mais multiplica em x vezes a diferença. Fiz a primeira volta em 19:34, a segunda em 20:53, a terceira em 21:00 e a última em 19:09, como tem que ser, com algum gás ainda no final, fechando em 1:20:36, média de 5:08/km.



(troféus e medalhas prontos para os felizardos)


(o local de entrega dos kits, que era bem legal, a propósito)


(O Daniel e o Matias na correria dos instantes pré-entrega dos kits)

Mas o grande lance do evento aconteceu no domingo: a Gramadinho, corrida da piazada. Com a chuva, o Daniel cancelou a prova ao ar livre e teve que improvisar uma pista dentro do prédio da Expogramado. Dividida em diversas baterias por idade, a prova contagiou os pais, que corriam feitos loucos em volta da pista para tirar fotos e ver seus pupilos correndo. Foi muito legal, apesar de os meus filhos terem abortado a prova e não terem participado.



(A Bina, assessora para assuntos de largada da Gramadinho)

Depois da prova, acontecia o almoço, com a premiação. Alguns problemas na apuração dos resultados aconteceram, por causa da falta do chip, que, penso eu, que apesar do custo alto, não pode faltar na próxima edição, sob pena de pairar algum arranhão na credibilidade dos resultados.

De qualquer forma, mesmo assim, o "almoço de premiação", nos mesmos moldes do Mountain Do, foi uma grande festa e confraternização, mais uma vez com o ponto alto na hora em que o Daniel chamou a gurizada toda que participou da Gramadinho a subir no palco.

No cômputo geral, um grande evento, com kit bacana, que, claro, teve suas pequenas falhas, já que organizados por pessoas não profissionais, mas que, também por isso, deve ter a compreensão das corredores e demais envolvidos.

Sobre a prova e o evento em si era isso.

Agora, trocando de assunto, terça saí para correr 7km, mais ou menos, apenas para dar um "trotezinho" (eta termo meio esquisito), o tal do treino regenerativo, como se diz. O dia até que estava bom, com sol, mas o sol também trouxe o vento, que será comum aqui em Porto Alegre até mais ou menos o final de outubro.

Eu, particularmente, detesto vento. Posso correr debaixo de chuva, com calor ou frio forte, mas o vento me irrita profundamente, incomoda psicologicamente, pelo menos nos treinos. E eu ia em direção ao Gasômetro pensando nisso, que até quase novembro teremos que conviver com ele na cidade. E ele estava forte até lá. Tem dias que a gente corre, faz o trajeto inverso, pensa que o vento vai ajudar, mas não acontece isso. Dá vontade sumir pro Rio de Janeiro, porque são quase 6 meses com tempo ruim. Tem que ter muita vontade. Ou chove, ou está frio ou venta demais.

Pois a primeira metade do trajeto foi essa porcaria de luta contra o vento. No retorno, o vento insistia em incomodar, até que amenizou quando fiz a curva do Gasômetro quase perto do monumento das cuias. Ali, consegui correr bem, sem as dores que me afligiam nos últimos tempos nas panturrilhas e vinha até empolgado com isso e com meu desempenho (apesar de que era para ser um treino de "trote").

Passei pelas "torres gêmeas" do Ministério Público, atravessei a Borges, passei pela Praça que fica defronte ao Corpo de Bombeiros, atravessei também a Praia de Belas e foi quando aconteceu. No meio do caminho tinha uma raiz de árvore. Plaft. Me esburrachei. Vinha distraído pensando no que escrever no blog sobre o vento e o treino e tropecei com o pé esquerdo. Não deu nem tempo direito de me defender com as mãos. Bati o joelho e a costela esquerda. Até o coração doeu com o impacto. Levantei rapidinho, já que a vergonha da queda é maior ainda que a dor decorrente dela, e saí para terminar os quase 2km que ainda restavam até o escritório.

Fazia mais de 7 anos, pelo menos, que não caía em treinos. Mas aconteceu novamente. Nem foi cansaço, aquela coisa de o passo já estar curto, de a gente não levantar o pé o suficiente para suplantar os desníveis das calçadas. Foi pura distração mesmo.

Só que cheguei em casa, mais tarde, o corpo esfriou e comecei a sentir os efeitos do tombo. Fui deitar e fiquei quase uma hora tentando achar uma posição que não fosse desconfortável para dormir. E foi extremamente complicado encontrar. Dormi e acordei na mesma posição, sem me mexer praticamente, acho que coisa do subconsciente mesmo, de saber que qualquer movimento seria um martírio.

Ontem, não conseguia me abaixar direito para pegar nada, e então fui no começo da noite no Hospital Mãe de Deus. Casualmente, o médico plantonista da Traumatologia era meu amigo de corrida, me examinou e já foi dizendo para eu me preparar para voltar mesmo só em umas 4 semanas, porque mesmo que não tivesse quebrado alguma costela, a recuperação no local sempre exige algum cuidado e cautela. Pois ele se foi, que o plantão trocava, e o outro médico que analisou minha radiografica confirmou a quebra de uma costela, "sem deslocamento", como ele mesmo disse, ou seja, uma fissura, sem ela sair do local. Não enfaixou, nem nada do gênero, me deu apenas um remédio para tomar por cerca de 10 dias e foi isso.

Portanto, com diz um amigo, estou
fora de combate por pelo menos uns 15 dias, salvo se a dor aliviar assim como num passe de mágica. A prova da semana que vem, em São Chico, que eu iria fazer em dupla com o Duda, já está descartada. E a maratona de Buenos Aires, no feriadão de outubro, que já estava difícil de ser feita, agora ficou 99% fora dos planos. Só vai me restar curtir tango na capital argentina.

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