quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro


Estive no Rio no fim-de-semana passado, com os filhos, correndo (apenas eu, claro) a meia maratona internacional, prova organizada pela Yescom com apoio da toda poderosa Rede Globo.

Como todas as provas que aparecem na tevê, muita gente se inscreve, é um tumulto por conta disso, e outros tantos não comparecem. Não me perguntem exatamente porque, pois realmente não entendo tantos não aparecerem para correr, apenas pegar o kit e não participar. Talvez ("talvez") se exibir com a camiseta na rua outros dias. Realmente não sei. Assunto para sociólogos, antropólogos e psicólogos.

Sobre a retirada do kit, não tenho nada a comentar, já que o Daniel fez isso para mim. O kit continha a camiseta (que é ótima), aqueles dilatadores nasais, amostras de café 3 Corações e mais algumas instruções, se não esqueci de nada. Nenhum boné, isotônico ou carboidrato em gel (tô ficando exigente).

Ainda não sabia como seria meu desempenho, já que ando com as dores nas panturrilhas oriundas na prova da Mizuno (em 27/6). Desde lá, já consultei nutricionista, cardiologista, ortopedista, angiologista e está só faltando a casa espírita. O cardiologista mandou consultar o ortopedista. O ortopedista disse que não era muscular, sugeriu ver a circulação. O angiologista disse para não ir nesses "ortopedistas comuns" e sim em alguém de medicina do esporte... Disse que está tudo bem, faremos um exame dia 30, mas só para ter 100% de certeza, pois pelo exame clínico já descartou que as dores sejam algo de circulação.

No sábado à noite, coloquei bastante gelo no local e, domingo pela manhã, antes da prova, passei o óleo de arnica da Weleda que costumo usar em algumas ocasiões. E, embora o ortopedista tenha dito que não é muscular, parece que ajudou, pois consegui correr relativamente bem, para quem andava correndo a 6:30/km.

Larguei junto com o Duda e a Danuse, mas logo, acho que ainda era o km 1, não consegui acompanhar o primeiro, nem ela, que me passou pelo 3, se não estou enganado. Meu Garmim deu uma pane (sinal de que está para estragar a qualquer momento) e não funcionou. Apareceu como bateria fraca, embora tenha carregado-o na quinta à noite depois que voltei do treino. Sem relógio é meio esquisito para quem está acostumado, mas fui indo. A grande vantagem em relação ao ano passado, foi que saímos bem mais na frente. Ano passado, levamos 17 minutos para cruzar a largada. Nesse ano, apenas 4:30. Isso ajudou bastante, pois era preciso ultrapassar bem menos pessoas. Até pareceu que a prova estava mais "vazia".

Senti um pouco de cansaço lá pelo 8 ou 9, mas foi passageiro, provavelmente logo após deve ter surtido efeito o gel e os isotônicos que tomei, e recuperei as forças, indo num ritmo relativamente bom, dentro do contexto, lógico, de quem já estava acostumado a correr a 6:30/km. Senti a falta de treino naquele ritmo e o peso que peguei (e que pode ser percebido pela foto) com certeza atrapalhou um pouco. Não é fácil carregar 89kg e fazê-los movimentar a engrenagem.

Acho que lá pelo 15, avistei a Danuse e perto do km devo tê-la ultrapassado. Pouco antes desse ponto, o Daniel, meus filhos e outros acompanhantes estavam colocados, vendo-nos passar e gritando palavras de apoio. O km 17 foi um ponto à parte, que quase todo mundo reclamou, pois havia numa passarela um indicativo de um dos patrocinadores (um curso de inglês) com o aviso de km 17, só que era alarme falso e a plaquinha do 17 apareceu meio km depois. Do ponto de vista psicológico, a essa altura do campeonato, e levando-se em consideração que o percurso já não ajuda nessa parte, uma vez que vemos o povo chegando do outro lado da via, foi uma cacetada na cabeça. Dá uma desanimada momentânea, já que estamos em contagem regressiva, implorando que os quilômetros passem mais rapidamente e eles sempre parecem que tem mais de 1.000 metros.

Procurei o Duda no retorno, imaginando que talvez ele estivesse não muito à minha frente, mas a falta de relógio me tirou a noção de tempo. Ele estava bem mais adiantado. Terminou em 1:42:02, enquanto acabei cruzando a linha de chegada em 1:49:14. A Danuse chegou em 1:51:29, acompanhada do "negrinho" dela, e mais 10 da equipe também chegaram depois.

Missão cumprida - melhor do que eu imaginava, já que nos meus melhores sonhos, estava me arrastando para chegar em 2h, a surpresa boa foi na segunda. Eu e os filhos tínhamos entrevista para o visto americano. Fazia um dia maravilhoso, e após o compromisso consular, pudemos desfrutar, com o resto do pessoal que ficou por lá, de um ótima tarde de praia, com temperatura boa e muito calor.

Como tudo que é bom não dura para sempre, retornamos no início da noite para Porto Alegre. Mas ano que vem tem mais com toda a certeza.

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