terça-feira, 21 de abril de 2009

Companhias


Ontem à noite, em meio a uma confraternização de última hora pré-feriado, me perguntavam sobre o treino de domingo, em que corri acompanhando duas mulheres, a 6min/km.

Queriam saber se eu não ficava chateado ou irritado em correr devagar (para quem já correu bem mais rápido). Não, realmente não fico. Quando corro sozinho, até posso ficar chateado comigo mesmo: "Puxa, não consigo correr a 5min/km. Queria, mas não consigo." Mas, apesar de a corrida ser um esporte extremamente individual, quando a gente vai a um treino coletivo de equipe, pode aproveitar o momento e levar a expressão ao pé da letra.

Então, para mim, que estou bem longe da forma ideal, em processo de recuperação, treinar com alguém, mesmo que essa pessoa esteja em patamar de condicionamento inferior ao meu, me dá alegria e satisfação. E, se for numa prova, melhor ainda. Parece que a gente participa ativamente da vitória pessoal daquela pessoa. Pelo menos eu sinto assim. Freud explica.

Já tive treinos memoráveis com amigos, alguns que estão hoje na equipe Du Bira - até iria treinar com eles pela manhã, às 8h, se o evento social de ontem não tivesse me consumido - na pura parceria, todo mundo se ajudando, se esmerando para atingir o objetivo do treino. E, principalmente, sem excesso de competividade.

Muitas vezes, a gente não percebe que, estar numa equipe, sobretudo, é atuar como tal. Obviamente, que entramos numa com metas individuais, mas, sinceramente, eu vejo como uma atitude extremamente egoísta a gente não se preocupar em ajudar os demais membros dela ou mesmo competir com eles em um nível não salutar, que conspire contra a harmonia do grupo. Porque daí é bem mais honesto e corajoso ir correr sozinho, contra si mesmo.

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