quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Circuito da Adidas, Natal e Ano Novo


No final das contas, acabei nem escrevendo sobre o Circuito da Adidas, etapa verão, dia 13, no aniversário do meu pai. Foi a maior correria para tentar deixar tudo em dia antes de entrar em férias aqui no escritório.

Resumidamente, corri super bem, apesar de ter corrido 7km antes também, com o Duda e a Danuse, que se preparam para a prova Cruce de Los Andes, no Chile, em fevereiro. Terminei em 44:04, alguns segundos melhor do que na corrida noturna da semana anterior, apesar do vento forte contra no retorno dos últimos 2 quilômetros.

Esse post é mais para desejar Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todo mundo. Dia 26 vou para a praia e retorno só dia 04 à vida trabalhadora. Vou tentar correr o que der no calor, já que a intenção é treinar para minha 5ª participação na Supermaratona de Rio Grande, na segunda quinzena de fevereiro, de preferência para quebrar meu recorde pessoal lá, que é de 4h07. Uma vez mais, não poderei participar da TTT, o revezamento de Torres a Tramandaí, porque parece que há sempre uma "coincidência intencional" entre as datas...

Para 2010, há pequenos projetos:
- Correr as maratonas de SP, POA e Rio.
- Baixar de 3h10 o tempo em uma delas, que só pode ser POA, obviamente.
- Correr em BH.
- Voltar a fazer os 10km perto da marca dos 40, 41 minutos.
- Dividir o quarto de hotel com alguém que tenha o cabelo mais comprido que o Irio...hehe

Acho que esse é o último post do ano, salvo se a chuva que cai aqui em Porto Alegre se repetir pela praia semana que vem.

Mais uma vez, Feliz Natal a todos e excelente ano de 2010!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

POA Night Run - como foi

Bem, no projeto inicial, era para estar no fim-de-semana em BH, correndo a Volta da Pampulha, mas fiquei meio na espera do pessoal da equipe e acabei perdendo as promoções aéreas. Azar, planos mudam todos os dias, desde o momento em que o despertador toca e a gente levanta ou aperta no soneca. Assim, pela segunda vez no ano, BH ficou onde está: a 1.712 km de distância.

Se o local das provas não muda em Porto Alegre, pelo menos fazer uma prova noturna é algo diferente. E bem mais legal. O astral é outro. Muita gente compareceu. Fiquei muito feliz de ter encontrado a Ana Guerra, pena que não tivemos como nos falar. Também foi bom encontrar o meu amigo gremista, Bruno Thomaz, que tinha um dos melhores e mais ativos blogs sobre corridas (Correndo na Chuva), mas, infelizmente, ele parou de postar por lá (ele jura que não, mas tenho certeza que parte é culpa do Tribal Wars, onde somos inimigos). E até o meu amigo Giovani compareceu, acompanhando a namorada, que foi correr os 5 km.

Uma pena o atraso na largada, de praticamente 20 minutos, que gerou uma enorme vaia e descontentamento por parte dos corredores, contornada com bom humor pelo locutor da prova. Disseram que foi em função do túnel de luz que havia já no km 1, e que nem era tudo isso que foi alardeado no site da prova. Estava muito mais prá "tenda iluminada" do que "túnel sensorial com efeitos de luz e som".

Afora isso, a espera pela prova foi muito bacana, com um palco legal e um telão que dava um colorido bonito à medida que foi escurecendo. Nesse aspecto, tudo muito bom. Boa estrutura.

Dada a largada, com o atraso já mencionado, saí naquele mar de gente tentando imprimir meu ritmo de 4:30/km no início. A ideia era essa até a metade e depois acelerar. Passei pela tenda iluminada no km 1 (onde espero que a Raquel tenha feito uma bela foto) e logo em seguida entramos na Augusto de Carvalho, o Edson, da equipe Du Bira, colado em mim. Defronte ao IBGE, numa escuridão danada, tropecei numa saliência do asfalto (fato que se repetiu na volta seguinte, em menor intensidade), causada pela raíz de uma árvore no canteiro central, e quase protagonizo uma videocassetada homérica.

Dobramos na Loureiro da Silva, vulgo av. Perimetral, e segui no mesmo ritmo de 4:23, 4:24/km. Logo à frente, antes do viaduto da Borges, o retorno e "pernas prá que te quero". Finalmente, defronte à Câmara dos Vereadores, um posto de água, mal posicionado (todos corríamos à direita, já que havia um curva nessa direção em seguida e o posto fica na esquerda...) e, novamente, muita escuridão por lá, e um pessoal meio molengão entregando os copinhos...

Passamos pela Usina do Gasômetro e seguimos em direção ao centro, e nesse ponto a pista estreitou de tal maneira que ficou meio complicado correr por cerca de uns 500m, mas depois alargava antes de novo retorno, pouco após o km 4. O km 5 era, logicamente, no pórtico de chegada, e uns metrinhos antes havia um posto de Gatorade, que mais atrapalhou que ajudou, já que não tem como tomar isso no meio de uma prova de 10km, uma vez que estamos rápidos e ele não é tão digerível quanto água. Bom, me atrapalhei um pouco entre o isotônico e a respiração, meio que me afoguei, e o Edson passou de vez e abriu uns 30 metros. Nada de se desesperar... Perdi um tempinho e um guri com uma camiseta do Hospital Moinhos de Vento chegou em mim e corremos no mesmo ritmo por cerca de 1km, passando pelo Edson na curvinha da entrada da Augusto de Carvalho.

Ali, abri um pouco dele, e o ritmo seguia constante. Verdade que não conseguia correr mais a 4:20, como fiz num km, mas nada longe disso. Passamos novamente pela escuridão e os molengões do posto de água, indo para os últimos 1.500m da prova. Não era muito animador ver o povo já chegando, enquanto tínhamos que ir ainda em direção ao centro para retornar.

Retornei, enxerguei o Edson, que estava a uma boa distância para os menos de 1.000m que faltavam, acelerei o que o pulmão deixou e cruzei a chegada em 44:06 (44:08 oficial...), quando um corredor chegou trombando em mim feito um touro bravo.... o Edson.

Devo ter feito as duas metades praticamente iguais ou uns 10 segundos melhor na segunda volta (bom, achei que tinha sido melhor, mas foi igualzinha - ver abaixo). Bem, apesar do chip, os resultados também ainda não aparecem no site. Aguardemos por eles, então, que devem estar vindo no dorso de um pombo correio. Agora já estão.

Ah, a Bruna, claro: fez o melhor 10km da vida dela, terminando em 47:33. O negócio dela é noite...



A área de dispersão estava bem boa, com uns lounges, e novamente com distribuição daqueles picolés da prova da Paquetá, que caíram no gosto da galera.



Como vocês bem perceberam, algumas coisas precisam ser melhoradas para o ano que vem, mas, no cômputo geral, a prova foi muito legal, e tomara que surjam outros eventos noturnos para quebrar a mesmice das corridas em Porto Alegre.

Domingo tem mais, tem o Circuito das Estações da Adidas, muito provavelmente com sol, calor e muita gente.

km 1 - 4:23
km 2 - 4:20
km 3 - 4:24
km 4 - 4:24
km 5 - 4:28 (21:59)
km 6 - 4:28
km 7 - 4:15
km 8 - 4:26
km 9 - 4:29
km 10- 4:21 (43:58)
O GPS deu mais 30m, que devem ser em função do número de pessoas e da tangência por conta disso.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

POA Night Run

Sábado à noite se realizará a 1ª edição da POA Night Run.

A prova, ao que tudo indica, tem tudo para ser bem legal e bem feita, a julgar pelo site e pelas informações que chegam sobre ela. Logicamente, se iluminarem bem a Av.Beira-Rio, porque na meia noturna do Corpa, este quesito, em alguns pontos, foi precaríssimo. O povo tem que lembrar que o pessoal mais veterano (que não é o meu caso...hehe) já tem naturalmente dificuldade em enxergar de dia, quanto mais ainda à noite e com pouca iluminação.

Pelo que se depreende do site, a chegada será num "túnel sensorial com efeitos de luz e som", o que, com certeza, deve dar um grande atrativo e diferencial à prova.

A minha ideia era tentar fazer em 43 minutos, algo próximo disso. Mas já nem sei se irei correr, porque estou com uma espécie de "depressão pós-aniversário" (hehe). Não sei bem se é porque vou entrar em férias e descansar uns dias e não vejo a hora disso ocorrer, se é o final de ano, se é porque mais um irmão meu vai morar fora do estado ou por algumas coisas que aconteceram (ou não aconteceram). Ou se é o somatório de tudo isso. Talvez até lá me empolgue em correr. Ou não.

Só sei que, se eu não aparecer, é porque fui sentar na areia da praia e olhar o mar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ainda sobre Curitiba

Não escrevi no post anterior, mas o kit da prova de Curitiba foi pobre. Uma camiseta com tecido prá lá de ultrapassado, à moda das provas do Corpa, aqui em Porto Alegre, com design e recorte meio esquisitos, que não caíam bem no corpo. Não serviu para nada, embora alguns até a tenham usado para correr. Apesar de toda a evolução tecnológica, era bem pior do que de 5 anos atrás. Conversando com um pessoal envolvido na organização, disseram que teria sido pelo fato de a prova ser organizada pela Prefeitura, e que precisava cumprir certos ritos legais e tal, e então acabou atrasando tudo e tivemos por conta disso a camiseta no estilo "foi o que deu para fazer em função do tempo". De qualquer forma, nos outros anos a prova também era organizada pela Prefeitura...

Depois, na loja Procorrer, conseguimos um kit melhorzinho, que eles davam para quem apresentasse o número de peito, e que consistia em camisetas de provas passadas que eles organizaram, boné e mais alguma coisa. Só isso já superou o kit da prova.

Sempre nas maratonas, o pessoal dos Marathon Maniacs têm tentado se encontrar, o que está ficando cada vez mais difícil, à medida que o grupo cresceu, e que cada um tem uma programação diferente para aqueles dois ou três dias que antecedem o evento. Mas lá na feira, no sábado, encontrei o Miguel, mineiro de BH e do Baleias. E ele estava bem mais magro. "Cansei de ser gordo", disse ele. Na Maratona do Rio, em junho, nos encontramos e eu disse para ele que iria emagrecer, que foi o que constatou em Foz, em setembro. Ele disse: "Poxa, tu disseste que iria emagrecer e te encontrei lá em Foz mais magro." Então, ele colocou na cabeça que também podia. E está conseguindo. Que legal. Fiquei muito feliz por ele e por ter ajudado nisso de alguma forma. Tudo melhora quando estamos no peso ideal. Ah, e, finalmente, ele conseguiu me entregar a latinha da prova da Adidas de BH, para a qual me inscrevi, mas faltei na última hora. Não dá para esquecer da Pati, que, gentilmente, fez essa ponte, buscando o kit e entregando a ele.

Aconteceu uma coisa esquisita comigo durante a prova e que não houvera acontecido nunca antes em uma maratona. Diversas vezes, senti dores entre o abdômen e a costela direita, o que causava uma imensa dificuldade em respirar. No km 27, quase parei por conta disso, porque a dor era muito forte, insuportável. Sempre ouvi que isso se devia ao fato de estarmos respirando mal, mas, mais tarde, no hotel, conversando com outros corredores, alguns também relataram algo semelhante, essa dificuldade de respirar. E um deles teorizou de que isso acontecia por conta da umidade alta na prova. Será? Nunca tinha ouvido falar nada a respeito e já corri diversas provas com umidade alta, inclusive em Curitiba.

Curitiba impressionou pela limpeza. No Centro, pelo menos, área em que ficamos. Incrível, mas praticamente não havia sujeira nas ruas. Grande ponto para eles, e um exemplo a ser seguido pelas demais cidades. Na prova, sempre onde havia postos de água, havia garis recolhendo os copos que os corredores atiravam no chão. Curitiba deu show nesse aspecto. E isso é simples.

Por último, para os ciumentos do "Sala de Redação": consegui fazer um post inteiro sem citar a Bruna.

domingo, 22 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba


Domingo (hoje), 6h da manhã, acordamos (eu e o Irio) para o café. Não sei quem foi que disse que o tempo estaria chuvoso como ontem, que estava perfeito... para uma maratona: nublado, 21 graus. Hoje, diferentemente, o sol se alinhava no horizonte, prenunciando um dia quente.

Tomamos nosso café e rumamos para o Centro Cívico, que era perto do hotel, uns 15 minutos a pé. Tudo pronto depois daquele ritual de passar vaselina nas áreas de atrito, se bezuntar de protetor solar e passar um óleo de arnica para o aquecimento dos músculos, entramos na área destinada aos maratonistas masculinos (as mulheres largaram às 7h30). Semana passada, a largada tinha a presença da Bruna ao lado. Hoje, ... o Irio. Meio desanimador. Levei uns 42km para superar mais esse obstáculo...hehe

Uns 10 minutos após, deu-se finalmente a largada, meio tumultuada nos primeiros 200m, até que podemos imprimir nosso ritmo. O Irio disse que largaria de forma conservadora, comigo, a 5:30/km mas, sem surpresa alguma, isso não se cumpriu. Nem por 500m.

Tinha acordado com a mesma dor nas costas que me fez caminhar em Foz, com dor na planta dos pés e não muito afim de fazer a prova. E não era nada de nervosismo, estava bem tranquilo, de sangue doce. Na verdade, gosto mesmo de fazer as maratonas de SP, RJ e POA. As outras, não curto muito. A dor na planta dos pés passou logo em seguida, mas, correndo, começou um desconforto no joelho direito, que anda me perseguindo, e que o ortopedista que consultei disse que também deve-se à falta de alongamento constante. Ele deu lá uma explicação da qual não me lembro mais...

Nos primeiros quilômetros, fizemos uma pequena volta que nos colocou na frente do Centro Cívico novamente no km 6. Estava achando meio quente já a essa altura do campeonato. Não que isso estivesse afetando alguma coisa no meu rendimento, só estava suando mais do que o normal.

Passei os 10km em 52:58, dois minutos a menos do que o previsto, mas estava tudo tranquilo àquela hora. Só que lá pelo km 10,5, tive que fazer um pit stop num posto Ipiranga, porque alguma coisa estava fermentando... Pior é que a "casinha" ainda estava ocupada... Comparando depois com o tempo oficial da chegada, vi que perdi 7 minutos e 10 segundos nessa brincadeira. Mas era preciso. (o meu Garmin para quando paro de correr, então meu tempo nele foi o efetivamente corrido).

Bem aliviado, voltei para a prova, a fim de correr atrás do prejuízo. Aí comecei a encontrar boa parte do pessoal que já tinha ultrapassado. Não foi exatamente animador, mas foi até foi engraçado, porque eu passava meio ligeirinho por aquele povo, que era mais da turma das 4h30, e ouvi alguns tecendo comentários sobre isso.

Por aí, o trajeto me parecia o mesmo da última vez em que corri (acho que 2004). Pouco antes do km 13, havia uma bandinha (hello, Porto Alegre!) tocando "A Banda"... (estava à toa na vida, meu amor me chamou para ver a banda passar, cantando coisas de amor...). Logo em seguida, passei pelo japa MM, o Hideaki, e por alguns dos participantes do Desafio das 6 maratonas (o povo que fez todas as maratonas oficiais do Brasil nesse ano). A vida seguia tranquila até aqui, e eu fazia 5:15/km. A essa altura, alguma coisa no trajeto mudou em relação ao meu último ano, porque minha lembrança é que pegávamos um grande retão num corredor de ônibus por volta do km 18. Mas, diferente disso, a gente subia, descia, dobrava à direita, subia novamente, descia, dobrava à esquerda, subia... O trajeto, que antes me parecia mais fácil depois da metade, piorou sensivelmente. E o sol... bem, o sol estava forte desde o km 15 ou 16.

No km 19, tínhamos isotônico, que a escoterinha disse com aquele sotaque que estava morrrrninho, e que veio muito a calhar. Passei os 21 km em 1:50:38, bem demais até. Nessa parte da prova e por um bom período, até o 30 e tantos, havia muita confusão no trânsito, muitos motoristas brigando com os agentes por conta das ruas bloqueadas, causando tumulto e até mesmo tentando invadir a área destinada aos corredores, o que foi um fato negativo na prova, porque repetiu-se inúmeras vezes e chamou muito a atenção. No mais, Curitiba tem um fator sensacional, que é participação e interação das pessoas aplaudindo, pegando mangueiras e atirando água nos corredores ou até mesmo fornecendo em copos, como lá por volta do km 37.

Eu vinha correndo bem até o km 31, quando senti a falta de treino nesse sobe-e-desce danado e dobra aqui-dobra ali. É difícil treinar em Porto Alegre para esse tipo de prova, porque praticamente não houve nenhum momento plano. Ou a gente estava subindo ou descendo durante os 42 km. Quando dobrei à direita e vi uma nova subida, quebrei de vez. Os 5:15/km se foram e já fiz o km seguinte a 5:58 e, depois, isso caiu um pouquinho mais até o 36, quando não aguentei mais aquela dor nas costas que me acompanhava desde início da prova e fui obrigado a caminhar, quase quando chegava no Gabbardo, que também caminhava. Aliás, éramos vários caminhando. O trajeto e o calor quebraram muita gente.

Caminhei ainda até o 39, quando um rapaz passou por mim e me instigou a voltar a correr. Se não fosse ele, certamente teria feito pior. Não vi o número, mas Guilherme (que fazia a 1ª maratona da vida) era o nome dele, o mesmo do meu filho mais velho. Aquele km fiz a incríveis 5:09, deixando-o até um pouco para trás. Aí voltei a caminhar, que era a ideia inicial, para poder ter um gás no último quilômetro. Então, ele chegou novamente em mim, enquanto um temporal se armava e fomos correndo juntos até a linha de chegada, já debaixo de muita, mas muita chuva mesmo. Fechei o km 42 em 5:17 e a prova (o Garmin marcou 42,51km) em 3:58:26 efetivamente corridos, mas o tempo oficial (que recebi em seguida por mensagem no celular!), e que é o que realmente vale, foi de 4:05:39. O Irio havia chegado um pouco antes em 3h57.

Medalha no peito, isotônico e água na mão, tudo que eu queria uma massagem nas costas, embora as pernas também estivessem bem doloridas. E foi fácil de conseguir. E ajudou bastante. Ainda ficamos um tempo por lá, porque o pessoal do Desafio das 6 maratonas (do qual o Irio participava), entregou troféus a todos (32) que completaram. Foi um grande momento para todos eles.

Bem, banho tomado, refeição feita, post publicado, vou descansar (leia-se: dormir), que eu preciso. E acho que mereço.



As parciais por km:
km 1 - 5:31 km 11 - 5:18 km 21 - 5:13 km 31 - 5:23 km 41 - 6:05
km 2 - 5:12 km 12 - 5:15 km 22 - 5:12 km 32 - 5:58 km 42 - 5:17
km 3 - 5:20 km 13 - 5:10 km 23 - 5:12 km 33 - 5:54
km 4 - 5:12 km 14 - 5:18 km 24 - 5:15 km 34 - 6:22
km 5 - 5:20 km 15 - 5:18 km 25 - 5:24 km 35 - 6:29
km 6 - 5:12 km 16 - 5:15 km 26 - 5:16 km 36 - 6:34
km 7 - 5:16 km 17 - 5:05 km 27 - 5:20 km 37 - 7:53
km 8 - 5:14 km 18- 5:14 km 28 - 5:15 km 38 - 8:14
km 9 - 5:17 km 19 - 5:16 km 29 - 5:05 km 39 - 8:33
km 10- 5:19 km 20- 5:12 km 30 - 5:10 km 40 - 5:09

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Está chegando a hora


Domingo, 8h.
A expectativa é boa. Para quem já fez 4 vezes, não há mais mistério. E, depois de Foz, qualquer coisa é "fácil."Se completar (hehe), será minha 37ª maratona. Só 2 não foram terminadas, sendo uma delas justamente em Curitiba, em 2000, na vez em que estava melhor preparado. E justamente por isso. Um dia, explico melhor.

O tempo, ao que parece, vai estar feio, ou seja, bom para corrida. Eu até estava preparado psicologicamente para muito calor, mas, se vier uma chuvinha, é bem melhor. Chuvinha, claro. Não os quase-tornados que estão aparecendo aqui no RS e região sul.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Maratona de Revezamento Paquetá


E, finalmente, chegou o tão esperado dia da prova da Paquetá, anteontem.

E, por muito pouco, não perdi a festa. Acordei meio assustado e pensei comigo mesmo: “Está muito claro.” Corri para ver as horas no celular e: 7h! Com essa brincadeira nada engraçada e atual de nos fazerem pegar o chip no próprio dia da prova, o risco de um contratempo aumentou. Saí alucinado, cometendo quase todas as infrações possíveis de trânsito, mas cheguei ainda com folga para pegar o chip, que, na verdade, já havia sido pego meu treinador, o Daniel.





Tudo pronto, saímos eu, o Duda e a Bruna. E as inimigas dela nas duplas femininas meio que por perto. Mas, logo no km 3, uma delas já ficou para trás. Infelizmente, a numeração não permitia saber se a pessoa estava na dupla feminina ou na mista, de modo que chegamos a nos preocupar com algumas que não eram rivais. Mas seguimos em frente. Íamos a pouco menos de 5min/km, uma boa média, que só conseguiu ser mantida até os 10km.

E, aqui, a grande falha da prova, grosseira, aliás: eram 20km e não 21. Como foram duas voltas no mesmo trajeto, qualquer erro acaba sendo em dobro. Mas, fazer o quê? Menos 1km para correr. Para quem está cansado, até é uma boa...

Passamos os 10 em 49:30. A Bruna me xingando porque achava que a metade era 10,5 e então teríamos que passar em 52, mas, até ali, estava tudo dentro do planejado. Depois é que começamos a entrar na “margem de erro...” hehe



Então, houve uma pequena queda para 5:15 por km, e depois um pouquinho mais... lá pelo 16, 17, estávamos na casa dos 5:30 e, quando ela me perguntava, eu sempre aumentava um pouco para não deixá-la se atirar nas cordas, achando que estava bom... Acho que mais ou menos no 17, a Adri chegou em nós, e o Duda nos largou para ir com ela e chegar na minha frente para poder passar o dia de ontem me infernizando por email por conta disso... Na meia do Rio, em setembro, tinha chegado na frente dele e agora quis dar o troco. Vigarista, trapaceiro...hehe

Pegamos a Loureiro da Silva, eu olhando para trás à procura da moça da União 100% para ver se estava se aproximando e a Bruna só dizia “azar”. Faltando pouco para chegar, ela até ficou mais próxima, mas conseguimos abrir o suficiente para fechar o último km super bem em 5:15 e entregar o chip/pulseira para a Bina (e para o Mário - meu parceiro) com 1h43 e alguma coisinha.

E lá foi ela para a segunda parte da prova, com sol forte abrindo e, ainda por cima, tempo abafado. Nos primeiros 10, a Bina fez o que imaginei, mas deu um grande susto quando parou onde estávamos, defronte à nossa barraca, porque pareceu que desistiria. Ficou mais de 1 minuto ali, mas abasteceu, tomou gel e se foi. Sofrendo com o sol. E a Bruna pegou a bike e foi atrás dela acompanhar.


Depois, ela retornaria e passaria novamente na frente da barraca, que foi quando saí para acompanhá-la. Faltavam 5km. A média, a essa altura, era de 5:40 por km. Nada mal para quem passou a semana com dor de garganta e o mês todo de setembro sem correr. Mas ela tinha dor no joelho, que a acompanhou até o fim.

Quando entramos na Loureiro da Silva, cruzávamos com o pessoal que vinha logo atrás, e uma moça começou a me deixar preocupado, porque vinha bem, sem demonstrar o cansaço da Bina. Isso até foi bom, porque acendeu o sinal de alerta. Mas a moça não chegou em nós, embora tenhamos cruzado novamente com ela em outro ponto de retorno, faltando pouco mais de 500m e a cara dela parecia ser de inimiga de categoria. Mas não era.

No final da contas, se estava difícil para a Bina, para as concorrentes foi mais ainda, porque também cansaram e a diferença aumentou. Fechou a prova em 1h52, com tempo total delas de 3:36:28. De modo que eram pura felicidade quando souberam que tinha ficado em 3º lugar nas duplas femininas. Com direito a dindim!



Na chegada, havia um bom reabastecimento, com sanduíche, suco e até picolé, que, depois da carinha de felicidade das duas, foi o melhor da festa. E, para mim, a prova acabou sendo um ótimo treino para domingo, na maratona de Curitiba. Que seja o que as pernas deixarem!



Demais resultados da prova aqui.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Prova da Paquetá chegando...


Depois de um feriado de calor absurdo, semana passada foi de tempo instável aqui no extremo sul do país. Terça, nem corri, porque não tive paciência para aquele dia feio, com chuviscos. Ainda para completar, foi estressa total no serviço e tudo que queria era um sol escaldante para poder sofrer bastante. Mas ele não apareceu. Cansei de correr com frio no inverno, então agora é aproveitar quando está quente e bonito para correr na rua. A gente por aqui tem só uns 4 meses de tempo bom, então o negócio é se esbaldar-se.

Quinta, o dia foi maluco. Só não nevou. Começou nublado, abriu sol, choveu forte e, no final da tarde, bastante abafada, começou a limpar, apesar de ter sentido umas gotas antes de iniciar a corrida. O treino era só de 45 minutos, que eu até queria aumentar para 1h, mas devagar, o que acabou não acontecendo. Somente o primeiro quilômetro foi lento. Depois, eu e a Brun(inh)a começamos a apertar o passo por conta da garoa (rs) que talvez viesse. Bem, não foi por isso que apertamos. Na verdade, nem sei bem porquê.

No fim-de-semana, corri sábado e domingo. Sábado, metade do treino foi debaixo de chuva. Em algumas horas, muita chuva mesmo. Mas foi bom, apesar de sofrido. Fiz 16km. No domingo, mais 12.

Ontem, terça, houve treino de pista. 3 tiros de 2km, mais alguma coisinha além disso. O último fiz em 8:03. Bom para quem não treinava na pista fazia um tempão. Na quinta, o treininho vai ser leve, depois tem show da Mart'nália... e domingo, o grande dia da prova da Paquetá. Vou correr primeiro meus 21km e o Mário, meu colega de equipe, fechará o revezamento. A ideia, na verdade, é acompanhar a Bruna para ver se ela consegue algo em torno de 1h45, e depois a Bina fecha a dupla delas, com boa chance de pódio.

Nós - eu e o Mário, talvez até tivéssemos alguma chance, se não houvesse a minha parada de 15 dias por conta da lesão, porque a prova da Paquetá é uma certa incógnita nas categorias. Em 2007, fiz 1h34 e a Ana, minha parceira (na foto comigo), 1h35. Ficamos em 12º lugar.. Em 2008, teríamos sido terceiros...

Bem, como a gente diz, o que está treinado, está, não há mais o que fazer, a não ser aguardar o domingo para ver o que acontece. Verdade que a previsão é que o sol volte radiante, o que trará algum sofrimento, mas a expectativa é boa. Tenho certeza que no final tudo vai dar certo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Recomeçando

Voltei a correr essa semana., depois de 15 dias. Como disse, só assiti ao Festival de Corridas do Corpa. Na véspera, até pensei em correr, mas, chegou o domingo pela manhã e deu a maior preguiça de levantar. Passei por lá só para tirar fotos do pessoal.

Na segunda, então, me animei e fui. Foi uma tarde/noite não muito propícia para um retorno, porque ventaaaaaaaaaaaaaaava na Beira-Rio quase que nem em dia de inverno. Lá pela tantas, encontrei a Liane, que me acompanhou o restante do trajeto. Larguei-a na Biofitness, academia que frequentei ano passado, e cheguei no escritório, que é pertinho dali. Foi mais ou menos 1h05 de treino. Não sei precisar bem, pois corri sem relógio, o que, para mim,foi uma sensação bem estranha. Mas, como já estou tão acostumado de correr na Beira-Rio há uns 10 anos, dá quase para saber metro por metro percorrido e, obviamente, tem-se uma projeção de tempo.

Ontem à tardinha, voltei a correr com a Bruna, e o panorama foi quase completamente oposto. Fez o maior calor durante o dia aqui em Porto Alegre, uns 34 graus. E sofri/sofremos bastante, embora tenha sido um bom treino de adaptação à prova da Paqueta, dia 15, na qual, muito possivelmente, estará bem quente.

O bom é que não senti maiores dores, a não ser aquela dor muscular "boa" na terça, resultado da falta de hábito de corrida, perdido naqueles 15 dias parado.

Antes da parada, tinha uma expectativa de fazer os 21km entre 1h36 e 1h39 (fiz 1:35:12 em2006 e 1:34:06 em 2007). Agora, certamente, não será mais possível. Ontem, correndo, imaginei que fazer em 1h45 já estará bom demais. Claro que ainda faltam mais de 15 dias, e eu, normalmente, evoluo rápido, mas esses recomeços dão um certo desânimo, porque estava correndo tão bem. Mas não há o que se fazer, além de ser paciente.

E, depois de ontem, comecei a repensar minha participação na Maratona de Curitiba. Ainda há tempo até lá, mas, hoje, refletindo, a maior probabilidade é trocar os 42 pela corrida de 10km. Não quero arriscar me lesionar novamente e, mais uma vez, recomeçar. Sem falar no sofrimento que certamente será, à medida que não estarei nas minhas melhores condições até dia 22 de novembro.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Parado. De novo.


Bem, estive meio ausente. Um pouco de desorganização e outro pouco de outros projetos cibernéticos nas horas de lazer.

Duas quintas-feiras atrás, no retorno da maratona de Foz, saí para correr com a Bruna, como habitualmente fazemos nesse dia. Trajeto bom, de 12km, com pequenas subidas, pegando a Duque de Caxias pelo Gasômetro, indo em direção à Independência e descendo a Goethe passando pelo Parcão.

Na descida, quase fechando 10km, senti uma eve puxada um pouco acima da parte detrás do joelho. Corri mais uns 300m e veio uma super puxada. Não tive mais como correr. Até caminhar foi difícil.

Desde então, estou parado, e ontem fui ao médico. Aquela consulta que praticamente só serve para pegar requisição de exame. Mesmo porque, conversando com outras pessoas, já sabia que era novamente os isquiotibias da perna direita. Só que dessa vez, ao invés de ser na origem, no ísquio, é na parte quase terminal.

De qualquer forma, o médico repetiu o que já me disseram algumas vezes e que eu, por alguma comodidade ou relaxamento, ou ambos, sempre negligencio: meus músculos são encurtados por falta de alongamento. Isso quer dizer que, submetidos a algum esforço mais excessivo, eles têm uma boa possibilidade de romperem, que foi o que aconteceu. Como vinha da pedreira que foi Foz, uma nova corridinha na subida foi fatal. Uma pena, porque estava quase de volta à velha forma física e estética.

Desse modo, apesar de inscrito nos 20km do Festival de Corridas do Corpa, domingo, ficarei apenas assistindo. Repousando para poder correr 21km na Maratona de Revezamento da Paquetá, dia 15 de novembro, se for possível. E ainda preciso torcer que a Maratona de Curitiba não seja abortada por conta disso.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Patrocínios

Depois da prova de Foz, encontramos o Claudir Rodrigues no corredor do hotel, preparando-se para ir embora, e o Irio, como "vereador" que é, e aglutinador de pessoas, puxou aquelas conversas intermináveis dele.


Claudir, para quem não é do Rio Grande do Sul, e não sabe, ou é desatento como eu, é o melhor corredor que temos por aqui. Foi vencedor da maratona de Porto Alegre por 3 vezes (2002, 2004 e 2006), de Curitiba (2005 e 2008) e de São Paulo (2008), salvo engano meu.

Tempos atrás, ele tinha o patrocínio da Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde cursava a faculdade de educação física. Mas eles encerraram os patrocínios na área de atletismo. Em abril, ao chegar em segundo na maratona de Florianópolis, Claudir se machucou. E, pasmem, o então patrocinador dele, uma empresa americana de tênis, presente no Brasil desde agosto de 2007 e marca oficial da Federação Paulista de Atletismo, cortou o patrocínio.

Bem, todo mundo quer baixar custos desnecessários. Hoje em dia, tudo é cifrão, meta, competitividade e retorno. Mas, no atletismo, o cidadão pode se lesionar e parar por alguns meses. É justamente quando precisa de amparo financeiro, porque não pode receber trabalhando. E, evidentemente, nenhum atleta pode treinar e correr bem, sabendo que, se houver alguma lesão, perde o suporte financeiro. Ou seja, tiram o alicerce da vida dele.

Mas o que nos impressionou, além dessa atitude pequena, foi o valor de patrocínio que ele recebia, sendo atleta com esse currículo: R$ 1.000,00 mensais. Isso mesmo, pouco mais de 2 salários mínimos por mês. E o que é isso para uma empresa do ramo esportivo? Nada, uma miséria.

Ficamos consternados e estupefatos com a situação, porque, se quisermos, embora não seja o nosso foco, o meu escritório e a corretora do Irio têm condições de arcar com esse valor, enquanto quem precisa de projeção no mercado não se dispõe a investir num produto desse quilate. E tudo isso por uma lesão que o deixou cerca de apenas 1 mês fora dos treinos.

Depois, conversando com a Helena, esposa do Coquinho, ex-maratonista (2h13 em Roma, 1979) e empresário paranaense, que tem um centro de treinamento em Nova Santa Bárbara, soubemos que os valores giram em torno desse valor mesmo e que, quando o povo se lesiona, adeus grana. Foi também assim com a Marily dos Santos, nossa representante nas Olimpíadas de Pequim-2008. (Aliás, no blog do MM e jornalista da Folha, Rodolfo Lucena, tem uma entrevista comovente dela)

Claro que a gente tinha noção que nem tudo eram flores no meio do atletismo, mas não imaginávamos que fosse tão triste assim. Isso explica em parte porque não surge muita gente boa na área. Porque chega uma hora que até o mais otimista desanima. E larga tudo e vai trabalhar de carteira assinada em alguma área qualquer. Sem ter que sair na chuva, no frio ou no sol escaldante em busca de um futuro que talvez nunca virá.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Maratona de Curitiba


Nem bem termina uma maratona, a gente já pensa na próxima. Ainda mais como forma de se redimir da pedreira que foi Foz.


Dia 22 de novembro, dois antes do meu 40º aniversário, teremos a Maratona de Curitiba, que não é nada fácil, por dois motivos, os maiores inimigos dos corredores: tempo quente, que considero o pior aspecto, e trajeto difícil. Parece até que andou mudando, para tentar melhorar alguma coisa, mas, em Curitiba, trocar o percurso é apenas trocar o nome das subidas e descidas. O relevo da cidade não ajuda muito, mas, pelo menos, em relação à época que terminava na Pedreira Paulo Leminski, já se evoluiu bastante.

Corri 4 vezes por lá: 1999 (4:18:08), 2001 (3:36:10), 2002 (4:25:31) e, pela última vez, em 2004 (3:40:33). Excetuando-se 2001, que foi uma das melhores maratonas que já fiz na vida, nos outros anos sempre foi complicado. Bem, uma vez estava bem acima do meu peso (1999) e andava meio já de saco cheio de correr. Era o ciclo negativo da corrida: a gente está pesado, corre mal, se desmotiva, não melhora e não perde peso. Ali, depois de Curitiba, coloquei na cabeça: ou termino a próxima maratona sem sofrer como sofri por lá ou não corro mais. Funcionou. Em maio do ano seguinte, fiz 3h35 em Porto Alegre. Em 2002, não dá nem para levar em consideração: a prova saiu às 9h20, por causa de um televisionamento que não houve, e já com quase 30 graus. No km 30, não havia mais água gelada. A coisa foi tão feia, que até hoje eu e o Álvaro não sabemos onde passei dele. Ele não viu, nem eu, de tão mal que estávamos. E chegamos com 30s de diferença.

Graças a uma promoção da Ocean Air, e à estada gratuita por lá, será minha 37ª maratona (ou ultra), o que vai me possibilitar fechar minha 40ª, com 40 anos, aqui em casa, Porto Alegre, em maio de 2010.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tudo que sobe, desce?


Depois de tomar 2 comprimidos de paracetamol durante o dia de sábado e acordar às 3h45 no domingo, às 5h10 aguardava o ônibus da organização que passaria no Hotel Tarobá, onde eu e grande parte da elite (Adriano Bastos, Claudir Rodrigues, Marcos Pereira - o vencedor, José Everaldo - segundo colocado, a queniana que venceu - Jacqueline Chebor, Marluce, Ilaine, Rosa) estávamos hospedados.


(Com o Vanderlei Cordeiro, no sábado, na retirada do kit)




(Eu e o Irio com o hexacampeão da Maratona da Disney, Adriano Bastos)

Era "noite" ainda, mas estava quente, como de resto seria o dia. Rumamos para o Sesc, onde pegamos outro ônibus (não me perguntem o porquê) em direção a Itaipu, onde foi a largada. Lá, em compensação, tinha uma ventania absurda. Mas foi só antes de largar, porque depois...



(Irio, eu, Maria Helena, Domiciana e Zé Luiz)

Às 7h foi dada a largada e, caramba, saiu todo mundo alucinado como se fosse prova de 10km, talvez porque fosse descida no primeiro km. Fiquei na minha, fazendo pouquinha coisa menos de 5:30/km, que era a ideia inicial: terminar mais ou menos em 3h50. Doce ilusão. Conversando no hotel com a Ilaine, querendo saber mais sobre a prova, ela diz que ali era beeem mais difícil que em Curitiba, maratona considerada com bom grau de dificuldade.

Pois bem, os primeiros quilômetros eram dentro de Itaipu, com subidas e descidas, enquanto o sol já começava a aparecer com força. De lá, íamos para o centro da cidade, e tudo parecia relativamente tranquilo. Quero dizer, se não estava fácil, pelo menos não era super difícil, porque, se havia uma subida, a descida vinha em seguida, momento em que dava para descansar. Afinal de contas, tudo que sobe, desce.

Pouco depois do km 16, por exemplo, olhamos para frente e saiu o primeiro "nossa mãe" do percurso: uma mega subida, que visualmente assustou mais que na prática, e que, bem no seu cume, era o km 17. Mais ou menos 1km depois, entramos em uma subida mais forte ainda, que fiz em 6:25 e que fechava no km 19. Acho que foi por aí que meu companheiro de MM João Gabbardo me passou.

Bem, como disse, tudo que sobe, desce, e então começamos uma boa descida, já na Av. das Cataratas, com novas pequenas subidas até chegar no km 21, que também era na descida. Ali, passei em 1h56, dentro do previsto. E ali, também, avistei o Claudir Rodrigues, vencedor da Maratona de São Paulo, Curitiba e 3 vezes de Porto Alegre. Havia desistido. Depois, conversando com ele no hotel, disse que não aguentou o calor. Para quem estava treinando no frio e na chuva em Santa Maria, fica difícil para o organismo assimilar a diferença. (Durante o decorrer da semana, vou postar o resto da conversa com ele, sobre a dura realidade da vida de um corredor.)

Logo depois de um posto de água, acho que km 25, quando levantei a cabeça e avistei o que se avizinhava, saiu o segundo "nossa mãe". Outra subida fortíssima, mais longa que no 17. Pensei: "Vamos enfrentar a fera, fazer o que..." Quando cheguei nela, km 27, dou de cara (é modo de dizer, já que ele está de costas...) com o Irio, caminhando. Disse que estava sentindo muita dor na panturrilha. Mas isso não o impediu de me acompanhar, porque ele é "competitivo..." Aí ele ficava correndo uns metrinhos na minha frente ou puxava em alguma lomba/subida/ladeira/morro (cada região chama de um jeito). Aí eu chegava nele novamente e a história se repetia. Foram 7km nessa brincadeira. Isso rendeu uma boa discussão no final da prova...

Bem, acho que no 28 era o pórtico de entrada do Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as Cataratas. A partir dele, foi sofrimento sem fim. Verdade que, durante um bom tempo, até deu para correr numa boa, mas aí comecei a esperar a descidinha que nunca vinha e o corpo começou a sentir os efeitos da falta de descanso. Mesmo porque o ritmo começou a cair, até nem tanto pelo cansaço, mas mais pelo fato de estar subindo ininterruptamente. Também não vou ser completamente injusto: lá pelo km 36 devia ter uns 250m de descida, mas a essa altura do campeonato...

A essa altura do campeonato, chegar em 4h já era impossível, porque bastava fazer uma continha básica de cabeça (km x minutos) que eu via que não haveria como. No 38, dei uma pausa nesse sofrimento e resolvi caminhar. Ainda mais depois que alguém me disse que não haveria descida mesmo. Acho que nem tanto por causa das pernas, mas estava com muita dor nas costas de correr curvado pela subida. Pelo menos caminhar, mesmo cansado, eu caminho ligeirinho. Estava fazendo em 8:30/km. E fazia tempo que isso não acontecia numa maratona. Aliás, para ser mais preciso, desde novembro de 2002, na Maratona de Curitiba, não caminhava, nem completava uma maratona acima de 4h. E lá se foram 17 maratonas nesse período. E eu treinei subidas aqui em Porto Alegre. Terças e quintas sempre era isso. Só que eram treinos de 12 ou 18km. E lá em Foz foram 42km de subidas... He he.

Pouco depois que comecei a caminhar, o Irio chegou em mim novamente e fomos um pequeno pedaço juntos, só que ele quis correr novamente e eu não topei... 5 minutos a mais ou a menos não iriam me fazer diferença. Tinha uma meta que não foi cumprida mesmo. Sem falar que estava muito irritado por conta daqueles 7km em que " corremos" juntos. Aí disse: "Vai, que eu não vou." Lá pelo 40, encontro a Domiciana Gomes, treinadora do casal de amigos do Rio, da Marluce (3ª colocada) e ex-atleta de elite, que me deu um isotônico (quente, àquela hora, mas ela me avisou). Perguntou pela Maria Helena, que me alcançou no km 41,5, e ambas acabaram me incentivando a voltar a correr, e terminamos juntos, eu e a Lelê, em 4:16:23. O Irio acabou fechando em 4h10. O Zé Luiz, marido da Lelê, em 3h45. E treinando só em esteira...

A área de dispersão, infelizmente, tinha umas 20 abelhas por m², o que gerou um certo incômodo nos corredores, que precisavam se desvencilhar delas o tempo todo. Aguentei o que as abelhas deixaram, tiramos umas fotos nas Cataratas e voltamos para o hotel, onde o comentário mais recorrente era: "Ano que vem eu não volto..."

Uma pena o calor e o percurso, porque a estrutura que o Sesc do Paraná montou para a prova foi simplesmente fantástico. No começo, havia água no 4, 6, 8, 10 e lá no final acho que também era de 2 em 2. As pessoas envolvidas estavam comprometidas com o evento, trabalhando com prazer e tentando solucionar todas as questões que apareciam, com muito boa vontade e presteza. Fiquei realmente impressionado com isso e fiz questão de externar meu sentimento junto à organização, porque, nós corredores, temos mania de reclamar de tudo, sem nunca dar um elogio, e ali eles realmente mereceram muitos elogios. Claro que alguns equívocos foram cometidos, como a fila para a retirada do kit, por conta de uma única banca centralizadora ao invés de várias divididas do número "0 a 100, 101 a 200...", mas mesmo assim, eles entenderam muito bem isso e outras pequenas questões e sempre ressaltaram que querem fazer uma prova cada vez melhor e que estavam à nossa disposição para críticas e sugestões.



Uma alternativa para melhorar a prova seria inverter o percurso, o que já foi sugerido pelo Cléberson, que estava conosco no voo da Trip e foi o responsável pelo anti-doping, mas terminar em Itaipu certamente não tem o mesmo glamour das Cataratas e, talvez, o acesso à largada fosse mais complicado. De qualquer forma, comprei tantos perfumes (paguei R$ 23,00 em um, ao invés de R$ 120,00 que pedem aqui em Porto Alegre, por exemplo), que até mais ou menos 2014 não preciso voltar a Foz...

Uma vez, o Álvaro, meu amigão há 20 anos, me disse uma coisa que sempre lembro quando corro: correr tem que ser prazeroso. Não pode ser obrigação. Tem que trazer felicidade, alegria. Lamentavelmente, apesar de todo o esforço do staff da prova, Foz não tem como dar esse prazer. Foz e sofrimento são quase sinônimos. E aí não dá para voltar numa prova dessas. Não tão cedo, pelo menos. Não enquanto a memória lembrar dos 42km debaixo de céu de brigadeiro e com subidas que se repetiam e nunca terminavam.

Os resultados completos estão aqui.

** 169º lugar dentre os 294 homens. 200º lugar dentre os 356 bravos guerreiros que terminaram.
Vamos ver como foi a brincadeira, km por km:

km 01 -> 5:06 km 11 -> 5:13 km 21 -> 5:31 km 31 -> 6:12 km 41 -> 8:57
km 02 -> 5:46 km 12 -> 5:40 km 22 -> 5:08 km 32 -> 6:18 km 42 -> 7:00
km 03 -> 5:34 km 13 -> 5:37 km 23 -> 5:30 km 33 -> 7:05
km 04 -> 5:18 km 14 -> 5:26 km 24 -> 5:28 km 34 -> 6:45
km 05 -> 5:40 km 15 -> 5:30 km 25 -> 5:44 km 35 -> 6:19
km 06 -> 5:21 km 16 -> 5:29 km 26 -> 6:32 km 36 -> 6:48
km 07 -> 5:10 km 17 -> 5:40 km 27 -> 6:02 km 37 -> 6:26
km 08 -> 5:25 km 18 -> 5:35 km 28 -> 6:28 km 38 -> 6:14
km 09 -> 5:17 km 19 -> 6:25 km 29 -> 6:08 km 39 -> 8:39
km 10 -> 5:23 km 20 -> 5:43 km 30 -> 6:28 km 40 -> 8:32





sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fim-de-semana em Foz do Iguaçu


Enquanto o pessoal da equipe subiu a serra para correr a Gramado Adventure Running, prova organizada pelo nosso treinador, Daniel Rech, eu e o Irio chegamos aqui em Foz do Iguaçu para participar da maratona no domingo.


O voo foi tranquilo, com essa aeronave da foto, da Trip Linhas Aéreas, que saiu bem no horário e, apesar de ser menor (72 lugares), não deu maiores percalços além do ruído interno ligeiramente maior, característica das aeronaves do porte, ainda mais com essa turboélice. O serviço de bordo da companhia foi super bom.

O pessoal do Sesc, que organiza a prova, esperava por nós e outros corredores, o que foi uma surpresa positiva e agradável. Desde o ano passado, em que me inscrevi e não pude correr por conta da lesão no fêmur, já foi possível perceber a presteza do pessoal da organização, principalmente da Cátia. Hoje, pudemos conferir pessoalmente isso. Nos levaram ao hotel e amanhã teremos transporte gratuito para todos os eventos ligados à maratona. Muito louvável. Ponto para eles.

Demos uma pequena olhadela no percurso (não sei porquê), que não é nada fácil. Muitas subidas e descidas, embora eu ache que a parte pior deva ser na estrada mesmo, lá pelo km 30, pela falta de companhia e falta de costume que temos em correr em estradas, sem prédios a quebrar a monotonia.

Domingo, veremos o que acontece. Só temos que torcer para não aparecer um sol terrível. Hoje, o tempo estava fresquinho no início da manhã, mas esquentou no decorrer do dia. A prova sai às 7h, depois de algumas reclamações e sugestões dos corredores. Com percurso difícil e sol forte, aí complicaria bastante.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Histórias estranhas do Rio


Não vimos a violência de que tanto se fala do Rio. Se não fosse pelos noticiários, não se perceberia rigorosamente nada. Arrisco dizer que andamos mais tranquilos do que em Porto Alegre.


O trânsito do Rio, esse sim, assusta. Não se vê em Porto Alegre tantos táxis como lá. E transporte clandestino a torto e a direito. Vans e mais vans irregulares. Enquanto esperávamos na parada de ônibus, sábado pela manhã, para ir ao Cristo Redentor, um rapaz dentro de uma delas que passava grita "Cristo!". Entramos todos nós (uns 10) e o rapaz pergunta: "Vocês sabem como se vai?" Ahn? Ele e o motorista não sabiam... É, pasmem. Não sabiam chegar no Cristo, um dos pontos mais visitados no Rio. Estamos rindo até hoje por conta disso.

Os motoristas de ônibus (e táxis) pensam que estão na Fórmula 1. É impressionante como correm. O dia linha 583 (Cosme Velho) dirigia "com emoção". Chegávamos a pular dentro do ônibus de tão rápido que o cara estava. Outra característica (ruim) dos ônibus é que param em qualquer lugar, literalmente. Se tem que parar na segunda pista para o povo subir ou descer, assim o fazem. Não estão nem aí. E se atravessam de qualquer jeito, trocando de faixa sem a menor cerimônia e sem sequer verificar se podem realmente fazê-lo. Azar de quem estiver ao lado, seja do tamanho que for...

Comemos muito no Bibi Lanches, em Copacabana. Lá, verificamos o que eu já tinha percebido outras vezes: em Porto Alegre, normalmente, quando tem muita gente junta na mesa, se faz uma comanda para cada um (ou pergunta-se sobre o fato). Ali e em outros tantos locais, somam tudo, 120 pratos distintos com valores distintos e seja o que Deus quiser depois para cada um descobrir quanto vai pagar. Uma confusão só.

Em outro local na Av. Nossa Senhora de Copacabana, meu filho mais filho foi comer, pesou e deu R$ 19,00 e alguma coisa. Chegou na mesa e os guris disseram que R$ 18,00 era livre, só que a atendente não informou nada sobre o assunto a ele. O pirralho voltou lá, mas a moça disse "tu já estás comendo" (??!!). Aí o guri teve que chamar a gerente... Não sei o que foi mais engraçado: um pré-adolescente de 13 anos chamar a gerente ou a moça não aceitar o óbvio de que não se cobra mais do que o valor espitulado pelo buffet livre. Simples assim.

No avião, quase pousando em Porto Alegre, tivemos pequenos sustos com a chuvarada que caía naquela noite de segunda. Mas nada comparado à minha colega de equipe que voltou no dia seguinte e não teve como pousar aqui pelo mesmo motivo, tendo que retornar ao Rio de Janeiro... De qualquer forma, nada que nos abale a alegria em retornar ano que vem, se os preços forem convidativos, evidentemente.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como foi a Meia no Rio

E anteontem aconteceu a Meia Maratona do Rio de Janeiro. Evento grandioso em todos os aspectos. Globo transmitindo. Muita gente correndo. Nunca me deparei com uma situação dessas: de correr com tanto povo junto.

Foi diferente. E difícil. Bastante difícil.

Não teve sol, mas não faltou calor. Estava extremamente abafado. 72% de umidade. E, com tanta gente correndo, não se percebe o ar. Ele não circula.

Saímos bem atrás, o que acabou sendo uma estratégia errada. Tivemos que ultrapassar muita gente que andava devagar, mas bem devagar, ou mesmo caminhava, ignorando a lógica de que a esquerda é para quem quer correr mais rápido. Bem, mas como disse, tivemos nossa parcela de culpa. O certo seria largar mais à frente. Ou haver pelotões de tempo na largada. Como é uma prova festiva, dificilmente ocorrerá.

Foi um início bem legal. Levamos cerca de 18 minutos para ultrapassar o tapete inicial e começarmos a correr. Íamos tentando abrir caminho, cortando daqui, dali, passando por cima de calçada, parecendo ensandecidos perto daqueles outros que estavam em ritmo bem mais lento naquela pequena subida dos 4 primeiros quilômetros. Era bonito de ver, porque formávamos uma pequena fila de camisetinhas da equipe Daniel Rech/Unimed Porto Alegre, um seguindo o outro: Emilio, Daniel, Claiton, Roslank, Danuse, Duda e eu. Mais ou menos nessa ordem, vez que outra se revezando por conta do tráfego.

O Duda me disse depois que muitos comentavam quando passávamos: "Deixa, esses não vão chegar..." Eu dizia para ele: "Cara, estamos fortes. Subimos na média 4:45/km e está abafado. Vamos segurar um pouco." Mas quem disse que segurávamos? Nos dispersamos um pouco depois, vínhamos só eu e o Duda, com a Danuse um logo atrás. O Roslank e o Claiton tinham ficado, mas eu nem vi, porque era tanta gente que me concentrava mais no meu trajeto para não bater em ninguém à minha frente.

Nisso, em alguma curva, achei ter visto o boné do Daniel. Não deu muito tempo e eu e o Duda confirmamos que era ele mesmo, já quebrado; pela passada dava para perceber. Dei uma apertada, deixei o Duda para trás e alcancei-o. Mas ele e a Danuse vinham nas nossas pegadas. Foi quando comecei a me desgarrar deles de vez. Isso era um pouco depois do km 8. No 10 (passei em 48:30 -4:51/km), logo após um posto de água, e onde havia muita gente, dei de cara com um bêbado caminhando no meio dos corredores, na contramão. O cérebro não comandou nenhum movimento, e acabei dando uma trombada nele, que se estatelou no chão. Só deu para ouvir uns gritos de espanto dos espectadores, e segui em frente. Não foi culpa minha...

Pouquinho depois de a Conceição gritar meu nome (ela foi mais esperta e saiu bem na frente), havia um túnel. Ali me senti extremamente cansado, parecia que iria quebrar, diminui o ritmo instintivamente para encará-lo, onde devia estar uns 10 graus mais abafado que o bafo que já estava fora dele. Saí meio indignado comigo mesmo pela quebra de ritmo e acabei descontando meu mau humor num outro corredor. Claro que ele deu motivo, ao sair da direita para esquerda e me dar uma trombada só para aparecer numa câmera (ou máquina fotográfica?) da organização que ficava no meio da pista. Isso era bem no km 12.

Só que, passado esse estresse, aquela saída no túnel me deu um novo gás. Havia uma boa brisa e isso parece que me revigorou. Consegui voltar a imprimir meu ritmo anterior, entre 4:45 e 4:50/km e segui assim. Lá pelo 15, finalmente houve os únicos 500m de toda a prova em que foi possível correr sem se preocupar em desviar de ninguém e sem quebrar o ritmo por conta disso, em que deu para encontrar a postura e passadas mais adequadas e corretas.


Pouco mais à frente, avistávamos, à nossa esquerda, na outra pista, a chegada, enquanto recém passávamos pelo km 16. Faltavam 5km. Contagem regressiva. Menos de meia hora. Mas estava cansado. Pegava uns 3 copos em cada posto, bebia um e atirava os outros dois no corpo para tentar baixar a temperatura. Acho que quase no 19 viramos para pegar a pista contrária em direção ao final da prova. Tentei mais ou menos puxar alguma coisa, mas já satisfeito por conseguir manter o ritmo, diante das adversidades. Acabei cruzando a chegada em 1:44:46, o que daria quase 5:00/km, se não fosse o fato de praticamente todos os GPSs do pessoal marcarem 21,7 ou 21,8 ao invés dos 21,097 que deveriam ser. O meu não pode ser levado em consideração porque marcou "só" 21,33km e 1:42:33, porque naquele túnel perdeu o sinal e parou. "Fiz" 3:07 nesse quilômetro segundo ele...

Não creio que tenha havido erro de marcação e sim o fato de que o trajeto é feito tangenciando as curvas, pelo menor caminho possível, enquanto nós tivemos que correr a maior parte do tempo pela esquerda, por fora, evitando o congestionamento das pessoas, o que acabou aumentando nossa distância. Pelo menos penso que foi isso que aconteceu, porque errar em 700m numa prova seria muito discrepante.

Fiquei muito feliz, não só por ser o segundo da equipe a chegar (o Emilio foi o primeiro com 1h40), mas por conseguir mais ou menos manter aquilo a que me propus (deu 4:48/km, ajustando o tempo que faltou e os metros a mais). E só tenho a melhorar daqui para frente. Além disso, o fim-de-semana com todo o pessoal da equipe provou mais uma vez que somos uma espécie de grande família, que sempre se acerta e desfruta de grandes momentos juntos. Como costumamos brincar: correr é só a desculpa para se divertir.

Resultados:

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meia Maratona do Rio, domingo


No fim-de-semana, realiza-se nossa segunda maior prova do país, a Meia do Rio, que só fica atrás da tradicional Corrida de São Silvestre, que marca a passagem de um ano para outro.


Eu e mais uns 30 da equipe Daniel Rech estaremos por lá. Voaremos de manhã cedo, na sexta, e retornaremos segunda à noite.

Nunca corri a meia do Rio. Sempre houve vontade, mas também sempre apareceram outras provas por perto, maratonas em geral, para as quais acabei dando prioridade. Nesse ano, deixo de correr a maratona de Punta para estar lá com o povo da equipe.

Ainda não sei ao certo qual o tempo devo fazer. Calculei de cabeça meio errado e a minha ideia era chegar perto de 1h38, 1h39. Isso dá 4:38/km. Meio complicado, levando-se em consideração que é pouquinha coisa mais lenta que minha performance nos 10km da Adidas semana passada. Quem já correu por lá disse que é difícil imprimir um ritmo no início da prova, o que compromete, de certa forma, a obtenção de um tempo pretendido.

Acho que consigo manter 4:45/km em toda a prova, o que daria 1h40. Mas, evidentemente, tudo vai depender do "tráfego" do começo e, principalmente, do calor, já que ainda não estamos habituados a ele aqui pelas bandas do sul. A única vantagem, se é que pode-se assim dizer, é que conheço grande parte do trajeto por ter corrido a maratona duas vezes por lá. Mas é sempre uma prova diferente. Numa meia, a gente tende a dar todo o gás que pode, enquanto na maratona não é lógico dar um tiro de 42km.

Será uma experiência diferente, porque minhas meias normalmente giram em torno de 1h35 (6 das 14 que eu fiz), o que, evidentemente, não será possível ainda (a meta é na Paquetá, em novembro). Acima de 1h45 (5:00/km), só fiz 3: a do debut, em 1999, em Viamão, e as duas últimas, em abril e maio desse ano, que fiz mais para acompanhar alguém, embora não conseguisse fazer muito melhor do que fiz, se fosse sozinho.

Ainda estou num dilema, causado pela ansiedade pré-prova, de qual o tênis usar: aquele com o qual corri nos 16km de Vitória, com mais amortecimento, mas, consequentemente, mais pesado, ou com outro, mais leve. Amanhã ou quarta farei um 'teste' final. E, domingo, saberemos como terminou essa e tantas outras histórias que existirão por lá.

Os resultados estarão no site da Yescom:
http://www.yescom.com.br/meiadorio/2009/portugues/index.asp

domingo, 30 de agosto de 2009

Circuito Caixa



Sem o mesmo glamour e o número de corredores da prova da Adidas, ocorreu, hoje pela manhã, a etapa de Porto Alegre do Circuito Caixa.


Nem metade dos participantes da semana passada resolveram encarar o lindo dia de sol e muito calor (mais tarde, às 14h, alguns termômetros marcavam 35ºC). Mesmo assim, aquele atropelo inicial verificou-se novamente, embora em menor escala.

Tinha expectativa de baixar meu tempo da Adidas, mas, ontem, depois do treino da manhã, também debaixo de muito sol, comecei a achar que ficaria difícil. Aí uma saída à noite e poucas horas de sono reforçaram minha desconfiança... (desculpas de corredor). Bem, foi um risco calculado... e a vida não é senão correr riscos.

De qualquer forma, apesar do cansaço, saí relativamente bem, mais ou menos dentro do que esperava, mas fui vendo, com o passar dos quilômetros, que a meta de baixar dos 45 ficaria complicada. Passei os 5km em 23 minutos. Até não senti tanto o calor, embora jogasse bastante água no corpo por conta das passagens nos postos de hidratações, mas isso é normal para mim em qualquer prova, com qualquer temperatura. As pernas é que realmente estavam pesadas pela falta de descanso.

Na mesma balada que eu, vinha a Isabel, da Equipe Du Bira, com o marido dela um pouco à nossa frente e a Cecília, da minha equipe, nas nossas pegadas. Viramos no km 7,5 e a Isabel diz "Me puxa, Júlio!". Obediente que sou, fiz isso. Mas ela nem sempre vinha junto... e eu tinha que dar uma pequena aliviada. Assim, apesar do cansaço dela, fomos alcançando algumas mulheres (passamos a Márcia, Ângela e mais uma). E a Cecília ainda na nossa cola... Fomos avistando a chegada, e a Cecília encosta de vez, diz para chegarmos os 3 juntos, mas digo para ela seguir em frente que estava melhor e é o que ela faz. A Isabel ainda tenta dar um gás e acompanhar, mas não tem pulmão ou pernas para tanto. Finalizamos em 46:22, 2s depois da Cecília, que acabou em primeiro na categoria dela.

Devolvo o chip, pego meu kit (uma boa medalha, barra de cereal, água e isotônico) e vamos 'quarar' naquele sol, porque a premiação foi mais demorada que fazer os 10km... Noveeeeela!

Fotos? Fico devendo, porque o (quase) sempre eficiente Japa, ainda não postou no site do Picasa.
E o resultados também ainda não aparecem no site do Circuito da Caixa.



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As inscrições abusivas


Esse negócio de corrida virou realmente um negócio. Lucrativo.


Estava a fim de participar dos 10km da Track and Field, dia 13 de setembro, lá na área do Iguatemi. Pois a inscrição custa R$ 76,00. Na verdade, segundo os organizadores, é R$ 70,00, mas como não há outra maneira de realizá-la a não ser através do site da Ativo.com, sai mais R$ 6,00 a título de "taxa de serviço". A meu ver, propaganda enganosa e de má fé, já que é impossível inscrever-se por R$ 70,00. O custo da inscrição é R 76,00. É isso que é efetivamente pago por quem vai correr. R$ 76,00 por 45 minutos de corrida. Serviço bem remunerado...

Tudo bem, cada um cobra quanto quiser e paga quem não tiver juízo. Só que, por exemplo, nessa prova da TF nem direito a escolher o tamanho da camiseta será possível. Ou seja, vai ser o que houver. Ano passado, acabei ficando com uma camiseta de manga longa que não chega no pulso...

Outras provas andam na mesma direção: o Circuito da Adidas, que acontece pelo primeiro ano aqui em Porto Alegre, já na segunda etapa aumentou em R$ 10,00 os valores. Provavelmente para se equiparar ao resto do país.

Semana retrasada, aconteceu a K42, maratona de aventura em Bombinhas. Pois as inscrições eram de R$ 200,00. Paga-se caro para ser largado no meio do mato. O Mountain Do, que acontece em outubro, em Florianópolis, cobra mais ou menos o mesmo valor para as duplas. No caso de a pessoa correr em octetos, o valor da inscrição gira em torno de R$ 90,00. Salgadinho. Por motivo semelhante, não gostei da prova do Desafrio Urubici (50km), pois, no meu entendimento, R$ 80,00 (em 2006) era muita grana para o pouco que se ofereceu por lá. Da mesma turma que organiza essa prova, o Desafio Praias e Trilhas está cobrando R$ 230,00 esse ano! É para correr uma vez e nunca mais... Ou nenhuma.

Desse jeito, a corrida, que tem crescido em termos de adeptos nos últimos anos, ficará inviável. Aí temos a seguinte situação: uma maratona cobra em média R$ 40,00, colocando o staff à disposição dos corredores por cerca de 5h, em alguns casos, 6h. E uma corrida de 10km cobra R$ 60,00 ou R$ 70,00, sendo que o último corredor não leva mais que 1h30 para completá-la. Tem algo errado nesse cálculo de custo. Ou, que é o que eu penso, encontraram uma forma de ganhar dinheiro fácil com a moda que virou a corrida.

Aliás, por um preço justo, tem a prova de aventura que o meu treinador está organizando, em Gramado, na serra gaúcha: 1º Gramado Adventure Running. Infelizmente, perderei a festa, pois estarei em Foz do Iguaçu para correr a maratona, no dia seguinte.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Circuito das estações Adidas - Etapa Primavera

(Equipe Daniel reunida momentos antes da largada)


Ontem, aconteceu a etapa Primavera, do Circuito das Estações da Adidas.

Sem querer ser chato, mas sendo, não gostei de algumas coisas. Como já tinha observado naetapa anterior, há muita gente para pouco espaço. A prova cresceu demais para o local, e a EPTCnão aceita corridas em outro lugar...

Mas vamos começar do começo. Não liberaram o estacionamento do Shopping Praia de Belas, como nas duas etapas anteriores. Isso causou uma certa confusão, já que não havia tantos lugares disponíveis para estacionamento, principalmente no Parque Marinha do Brasil, onde era a largada da prova. Quem deixou para a última hora, pode ter ficado meio surpreso e nervoso com a 'novidade'. Cheguei às 7h55 (a prova era às 9h).

Sobre a retirada do chip, acho que foi tranquilo, pelo menos não ouvi ninguém reclamando, e, como eu havia adquirido o chip amarelo da Champion Chip, nem me preocupei.

(momento fotográfico antes da prova, com a Bruna, Aline, Liane e Neusinha)

Os pelotões não funcionaram direito. Como também já havia salientado na etapa anterior, o pelotão azul é muito amplo, com faixa de tempo dos 45 aos 55 minutos, ou seja, gente que tem o ritmo desigual. Na minha opinião, deveria ser dos 45 aos 5o. Acima de 50 até 1h, o verde, e, acima disso, branco.

Em função disso, tentamos (eu e mais uns 15 da equipe) entrar no pelotão azul, mas sem êxito, pois estava completamente lotado. Claro que isso também tem a ver com número de pessoas x m². Dois corpos não ocupam o mesmo espaço... sendo assim, saímos 'dos boxes' (grama); depois que largou é que conseguimos adentrar no espaço.

E a largada continua aquela confusão, todo mundo tentando ultrapassar, sem ter espaço para isso, de forma que muitos iam por cima da calçada ou na contramão (meu caso). O Nilton veio na minha cola no começo, depois me confidenciou que eu o ajudava, já que ia abrindo espaço... Mas, de qualquer forma, até mais ou menos o km 3 chegava a ser irritante essa confusão, essa dificuldade de ultrapassagens, e, sinceramente, depois que eu entrar no pelotão quênia, se isso persistir, a chance de eu não correr ano que vem aumenta consideravelmente.

(metade da prova, foto by Lara foquinha)

No km 5, tomei um susto, porque olhei o relógio, que marcava 25 minutos, e pensei: "Puxa, estou me matando aqui e está 5/km!" Até que olhei para o meu e ele marcava 23:15. Estava tão concentrado, que tinha esquecido que saí bem depois da largada. No km 7 encostei num grandão que disse que o ritmo estava para 4:38/km (meu GPS não pegou o satélite há tempo e saí só com o cronômetro), mas foram poucos metros, ele acabou não me acompanhando. Quase no retorno, pouco antes do km 8, avistei o Edson e a Isabel, da equipe DuBira, já do outro lado. Apertei o passo para tentar alcançá-los, o que não foi possível, mas que ajudou bastante a melhorar o meu tempo, que acabou sendo 45:37, melhor do que eu imaginava, já que a intenção era chegar em 47 ou pouquinha coisa menos que isso.

(Mari, o palhaço do Duda, eu e a Liane - parceirona)

Melhor de tudo é que o meu ritmo não caiu em nenhum momento, sendo que fiz melhor a segunda etapa (23:15 x 22:22), o que considero ideal, já que não adianta correr 10s mais rápido no início e perder 30s no final por conta do cansaço de ter forçado o ritmo no começo. Por ser uma prova fashion e elitista, o nível técnico não é muito forte, tanto que cheguei na 224ª colocação geral, dentre uns 1.500 que terminaram os 10km.

Dia 06 de dezembro, tem última etapa, verão, e a intenção é chegar em 42 minutos. Foi bom correr as etapas anteriores com a Liane e a Bruna, mas agora o voo é solo. É uma questão comigo mesmo. Em busca da velha forma.
Abaixo, minha evolução no circuito.


Resultado da Equipe Daniel Rech na prova (clique na imagem para ampliar):





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