segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Contagem regressiva


Começou a contagem regressiva. Não para o revéilon, mas para o dia 5 de fevereiro de 2011. Dia da TTT, Travessia Torres-Tramandaí. 82 km em carreira solo. Claro que estou tentando angariar uma porção de ajudantes durante o trajeto, porque, sem apoio, é impossível terminar bem. E, mais do que terminar, quero chegar sem estar esgualepado. Cansado, mas inteiro, dentro do contexto de quem correu 82km, lógico. Para isso também a Simone, minha nutricionista, vai entrar em campo, dando o suporte da área para que esteja bem preparado para o desafio.

Semana passada fiz uns bons treinos. Ainda em quilometragem baixa. O máximo foi 15,8 no sábado retrasado, sendo que havia corrido na sexta à noite. Depois terça fiz 13,1 e quinta o mesmo trajeto, 3 minutos melhor. É pouco, eu sei, mas já deu um entusiasmo para os treinar mais e melhor.

Quando o calor de dezembro estiver no auge, devo estar fazendo 25, talvez 30km, vai depender da evolução nesse período, já que ela precisa ser gradativa para não aparecer nenhuma lesão ou outro contratempo.
Ainda não sei se farei treinos de mais de 42, 50km. Porque vou ter que analisar com o tempo se a relação sacrifício-desgaste/treinamento será vantajosa.

Quando treinei para essa prova da foto (50km da Supermaratona de Rio Grande, 2006), meu maior longo foi 22,5. Infelizmente, não dá para levar como parâmetro e usar uma proporção. Além do mais, 5 anos terão se passado.


A ideia inicial é fazer a prova em 8h, o que daria 6min/km. E a ideia dos treinos é treinar bem mais forte, para poder correr fácil e solto durante um tempo, até as dores começarem a aparecer.
Mas, ao longo dos treinos, terei uma ideia melhor do que será possível correr por lá.

Só que espero que as previsões de tempo continuem a indicar muito sol até lá, o que significa um sofrimento nos treinos, mas também um condicionamento mais adequado para quando chegar a hora da verdade.

sábado, 20 de novembro de 2010

Boicote e super treinão


Repercutiu bastante duarnte a semana o post no blog da Revista Runner's World sobre o protesto que nós, corredores gaúchos, iremos fazer dia 12 de dezembro, na Etapa do Circuito das Estações Adidas. Não é um protesto contra a empresa de material esportiva, mas contra a organização do evento e, casualmente, e infelizmente, essa foi a prova escolhida para o boicote. Bom, nada melhor que o presidente da AGCRS, Associação Gaúcha de Grupos de Corrida do RS, Rogério Menegassi, para abordar o tema. Reproduzo aqui o comentário que ele postou no aludido blog:

"Passamos todo esse ano de 2010 mandando relatórios de Avaliação das Provas, com pontos Positivos, Negativos e Sugestões. Estamos, como clientes que somos, dando o nosso feedback sobre as provas, e não só reclamando, mas trazendo sugestões. Mas por incrível que pareça essa empresa não quer ouvir o seu cliente. Parece surreal, pois em pleno século 21, o que as empresas mais querem é a opinião de seus clientes, chegam a pagar por isso, e nós da Associação fazendo com a maior das boas intenções, simplesmente para melhorarmos as provas. Acreditamos que com o crescimento desse setor, todos têm a ganhar. Os organizadores de provas, as lojas de materiais esportivos, os Profissionais de Ed. Física, as Academias, os Corredores, ou seja, todos que estão ligados com a prática esportiva.

Imaginem se dobrasse o nº de corredores, todo o segmento iria ganhar, inclusive o Governo que teria uma população mais saudável. Essa é a nossa filosofia, nosso objetivo é - Unir os interesses de uma "classe" ou setor - Trocar experiências entre os seus integrantes - Ser uma entidade representativa - Propor sugestões, benefícios e melhorias que atendam a todos entre outras coisas.

A gota d’ água do nosso descontentamento foi a prova noturna da Fila, muito mal organizada, sem iluminação e segurança na área das assessorias, além de ficarmos em um local inapropriado e longe da “arena” fato esse que acontece frequentemente. O que mais nos indignou é que passamos toda a semana que antecedia a prova perguntando sobre essas questões, inclusive alertando sobre um longo trecho do percurso que estava sem nenhuma iluminação para os corredores e ainda com “lombadas”, o que já causou quedas de vários atletas, mas nada adiantou. A prova aconteceu precariamente. E o “pior” é que no mês anterior aconteceu aqui em Porto Alegre a POA Night Run, prova noturna muitíssimo bem organizada, com iluminação para as assessorias (parecia dia), as tendas dentro da arena, percurso com túnel de luzes e som, DJ e VJ, banda de samba, um lounge com iogurte, picolé, salada de frutas, massagens, entre outras coisas.

Então sabemos que dá para organizar bem uma prova, sabemos que tem organizadores de eventos preocupados com os corredores e as assessorias. Nesse mês de novembro aconteceu aqui a Maratona de Revezamento da Paquetá, outra prova belissimamente organizada. Percurso diferente, ótima área para as assessorias ficarem, kit com camiseta, squeeze, mochila e toalhinha por R$ 50,00. Fizemos reuniões antecipadas com os organizadores, demos as nossas sugestões e a prova foi maravilhosa, cerca de 4 mil corredores satisfeitos.

Gostaria de reforçar que não temos nada contra a Adidas, decidimos não participar da próxima prova que a Vetor Esportes fosse organizar, e para infelicidade da Adidas foi o Circuito das Estações. E para fechar o ano, vamos organizar o nosso 1º Super Treinão de Confraternização, que será realizado dia 11 de dezembro, um dia antes da prova da Adidas. Essa prova conta com a participação e organização da maioria dos grupos de corrida da Associação e temos a expectativa de contar com mil corredores. O percurso é diferente e as distâncias variam de 04Km a 18Km, possibilitando a participação dos mais diferentes níveis de corredores. Agradeço as palavras de apoio de todos. Esperamos, sinceramente, estarmos contribuindo para o crescimento das corridas de rua.
"

Diante disso, optou-se por fazer um grande treinão entre todas as assessorias esportivas da Associação na véspera da prova. E, no final, a ideia ficou muito legal. Tomara que muita gente participe (do treinão). E que se repita nos anos seguintes.

Eu, como já tinha salientado nesse post, já havia dito que ano que vem não participaria mais do Circuito da Adidas se não houvesse troca de percurso.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

6ª Maratona de Revezamento Paquetá/Asics

Quem não foi, perdeu uma grande prova ontem.
A começar pelo kit, que continha camiseta, mochila, squeeze e também uma fita para ingressar na área vip depois. Pelo R$ 50,00 da inscrição, acho que mais que justo. Ok, a camiseta era pequena para quase todo mundo, mas, em relação a anos anteriores, houve um salto de qualidade geral. Quem lembra da camiseta das duas primeiras edições sabe do que estou falando. O Gabriel, meu filho menor, ficou com a minha. Mesmo porque já ando com camisetas de corridas demais lotando o armário.

Eu corria o segundo trecho e cheguei por volta da 9h15 no Barra Shopping, na zona sul da cidade. A estrutura era bem boa, com tudo aparentemente bem disposto e uma mega tenda da Asics para o pós-prova.

O povo se dispunha dentro das baias que estavam separadas por duplas, quartetos e octetos. Verdade que o espaço era limitado, mas o staff chamava pelo número à medida que os corredores iam chegando e, creio eu, não deu maiores problemas no revezamento, exceto, claro, a 'boca-abertice" de alguns que ficam fazendo não sei o que ao invés de prestarem atenção na sua equipe. Sempre tem aqueles que conseguem a proeza de serem chamados no microfone...

O dia estava lindo (leia-se sol forte), abrilhantando a festa. Valdomiro, 71 anos, meu parceiro de dupla, fez o primeiro trecho de 21 em 1:44:19. E então eu saí para enfrentar o calor. O trajeto era simples, já que a EPTC não libera mais coisas em matéria de fechamento de ruas: saíamos de dentro do Shopping, em direção ao centro, para, logo em seguida, fazermos o retorno e irmos costeando o rio até chegar na praça da Tristeza. De lá retornávamos pelo mesmo trajeto. Duas vezes, no caso. Não era exatamente uma beleza, mas, dentro do contexto da tecnocracia que se apoderou da 'imobilidade urbana' nos últimos tempos, talvez até devêssemos agradecer de joelhos. Ainda vai chegar esse tempo, pelo visto.

Embora eu tenha pego água quente em um posto de abastecimento, em linhas gerais esse quesito esteve bom. Lá na Tristeza havia uma banca de Gatorade, sendo distribuído em copos, o que também ajudava. E, pouco antes, umas moças bonitas entregavam gel em sachê para os corredores.

Minha primeira 'perna' foi feita em 53 minutos. Bom, levantando-se em consideração que voltei a correr dia 16 de outubro, o que significou, de lá para cá, 8 dias de treino. Mas, mal saí para a segunda volta, e o meu rendimento caiu. Nem tanto pelo sol, que já estava forte àquela hora, mas mais pela falta de sono, já que saí no sábado à noite e dormi apenas 3 horas. Poucas horas de sono e corrida não combinam. Até pode acontecer, como já aconteceu comigo, de fazer uma boa prova, mas é preciso estar muito bem treinado, o que não era o caso, e certamente será sempre uma exceção. Acho também que, apesar do calor que fez, principalmente para quem correu a segunda metade de prova, tivemos sorte em a umidade estar baixa. Seria o caos se fosse alta.

Sofri bastante nos 2 ou 3 primeiros quilômetros da segunda volta, mas depois a coisa melhorou um pouco e, quando fiz a volta lá na praça da Tristeza, aí a mentalização de que faltavam cerca de 5km deu um ânimo extra, sem falar na letra de "Regret", do New Order, que não me saía da cabeça durante o trajeto.
"Wake up every day that would be a start. I would not complain of my wounded heart. I was a short fuse, burning all the time. You were a complete stranger, now you are mine." Culpa da festa de ontem. Mas que ajudou bastante a manter o foco na prova e a ver os quilômetros irem passando.

Lá pelo km 18, uma pequena nova caída de ritmo, já que as pernas cansadas pareciam blocos de pedra. Foi penoso subir a Av. Guaíba defronte à vilinha da Assunção, pouco antes do Veleiros, mas logo em seguida, com cerca de 2,5 km restando, não teve como não apressar o passo. Engraçado que, desde antes, já achava que estava correndo num ritmo bom, mas olhava para o relógio e todo aquele meu esforço era para correr em 5:10/km. Era a falsa impressão que o cansaço pela falta de sono produziu. Não tinha mais como ter um parâmetro certo, pois não era uma situação normal de treino.

Mas, assim, cansado e achando que estava correndo bem, cheguei finalmente em 1:49:03, 56:03 para o segundo trecho, 3 minutos a mais que a primeira parte. Dentro do contexto, achei bom. Recebi a medalha, entrei na área vip, mais Gatorade, água e tinha umas frutas também, que acabei nem pegando, pois entrei na fila da foto, que a Asics disponibilizava, nos mesmos moldes da Meia do Rio. Deram uma tolha também e me disseram que havia sanduíche, mas não vi nada disso, mesmo porque a foto demorou bastante mesmo e não teve como desfrutar do resto.


A premiação já tinha começado quando finalmente tirei a tão esperada foto e me dirigi à barraca da equipe. Muita gente já tinha ido embora. Alonguei, descansei, bati papo, não necessariamente nessa ordem e fui embora, enfrentar a fila de carros para a saída, já que ela ela livre do pagamento do estacionamento até as 13h, e o povo deixou para sair meio que em cima do laço.

Pelo que ouvi do povo, muita gente achou a prova ótima. Eu também. Acho que entramos num excelente patamar de organização e estrutura, falta só a EPTC colaborar com os trajetos...

E falta também nós, corredores, colaborarmos com a nossa parte. Porque eu vi gente correndo em mais de uma equipe ( e subindo no pódio), o que não era permitido, e vi também umas mulheres das duplas, que eram as segundas corredoras, bem antes de mim e até do Adriano (!) da Petiskeira. A não ser que o (a) companheiro (a) delas tenha quebrado o recorde mundial, não era possível...

Então, nesse aspecto, demos um mau exemplo. Acho que já está mais que na hora de o povo parar de correr com o chip dos outros e inventar jeitinho de burlar as regras. Fica feio. É desonesto. Prejudica outros. Depois reclamam da corrupção, do governo, da política, etc, mas têm exatamente a mesma atitude. O mesmo jeito de tirar proveito das coisas em benefício próprio. Me faz lembrar da Corrida Maluca, em que o Dick Vigarista tentava sempre uma trapaça, e o Muttley dava aquelas risadinhas e pronuciava sua frase clássica, que ajudou a inspirar o nome do blog: "Medalha, medalha, medalha!" Pense nisso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vem chegando o verão


Finalmente, os dias nublados, cheios de vento, chuviscos, garoa, parecem ter ficado para trás.
Depois de tanto tempo, tivemos parques lotados no fim-de-semana que passou. Comentei até com a minha irmã que veio de Brasília e que estava indo na Feira do Livro, quando passamos pelo Gasômetro, que outro dia me perguntaram o que havia em tal lugar. Respondi: sol. Aquele era o "evento".

Com tantos dias feios, tanto tempo de inverno, quando o sol dá sua cara com força no final de semana, os parques lotam. As pessoas saem para tomar chimarrão com os amigos, se exercitar, ficar na rua. Sol é vida, como dizia um médico que costuma consultar.

Nesse contexto, o horário de verão ajuda bastante, pois temos luz natural até mais tarde, possibilitando que aqueles que saiam do trabalho, possam praticar esportes ao ar livre, tranquilamente. No fim do dia, a Av. Beira-Rio, perto do Gasômetro, fica abarrotada de gente caminhando. É preciso ter cuidado para não haver nenhuma colisão.

Acho que já comentei outras vezes por aqui, sem querer "puxar brasa pro nosso assado", mas é preciso bastante força de vontade para ficar encarando nosso inverno, com quase ninguém nas ruas correndo, te acompanhando, todo mundo fugindo do frio. Tem que gostar muito.

Então, agora é a hora de aproveitar o atraso, correr no sol, sofrer com o calor, que lá por janeiro deve ser cruel como de costume. Domingo, provavelmente debaixo destas condições, teremos a Meia Maratona de Revezamento Paquetá, em sua 6ª edição. O trajeto mudou, sairá do Barra Shopping em direção à Zona Sul e teremos que correr duas vezes o percurso. Não é uma maravilha, mas já é alguma coisa mais diferente e melhor do que correr na Av. Beira-Rio.

O entorno do shopping é uma área de bastante movimento, e esperemos que dê tudo certo para que possamos correr com tranquilidade durante o percurso, sem maiores percalços. Domingo saberemos.

  ©Template by Dicas Blogger.

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