terça-feira, 29 de maio de 2012

1572

1572 é o número de incritos da Maratona de Porto Alegre. 237 mulheres (15,08%) e 1335 homens (84,92%). Acho que é o maior número de inscritos nos últimos tempos, talvez até recorde.


Do ponto de vista individual, não muda muito, a menos que a pessoa esteja de olho em pódio. Como nunca é o meu caso, já que não tenho cacife para tanto, fica o registro para fins estatísticos. Mesmo subindo o valor da inscrição (acho que foi 100%), os inscritos aumentaram. É um bom número para uma maratona no extremo sul de um país continental, e que andou falhando em alguns aspectos nos últimos anos. Talvez seja o efeito da entrada da Latin Sports na organização. Eles organizam o Ironman que ocorreu domingo em Florianópolis. Quem sabe daqui para frente a maratona cresce em tamanho. E quem sabe o frio, que não vem há 3 anos, dê as caras no domingo.


Uma das coisas que as pessoas mais perguntam quando a gente termina uma maratona é: que colocação tu tiraste? Posição é tudo nessa vida... até no lazer a gente é pressionado a ser bem sucedido. Muito antes de a vida ser online as pessoas já perguntavam isso.


Sempre foi difícil responder à questão, a pergunta sempre soava estranha para um maratonista, por dois motivos: primeiro porque na hora é difícil saber em que posição a gente ficou, às vezes até no dia seguinte ainda não há os resultados. Mas nem é essa a questão principal. A questão é que não importa a posição. Maratona é uma prova que a gente faz contra si mesmo, contra nossos limites psicológicos e físicos. Então, a grande massa, os amadores, lutam para atingir um objetivo pessoal, seja ele apenas terminar ou melhorar tempo. Muita gente não compreende que esse é o barato da coisa.


Com o tempo, fui respondendo de outra forma, tentando explicar como é terminar uma maratona, mas procurando situar a pessoa dentro do contexto, da informação que ela queria. Porque se ela pergunta sobre colocação, não adianta eu responder sobre o prazer de superar um limite, de alcançar uma meta. O maratonista já é taxado de meio louco por correr, imagina tentar explicar um sentimento, uma sensação. Parece um usuário de drogas "viajando".


Por isso, o número de inscritos no início do texto. Como situar alguém que não corre sobre tua colocação? Uso isso como parâmetro: chegando numa colocação perto da metade dos inscritos, estou na média, fui mais ou menos. Fui mal se estiver depois da metade, e bem se me situar acima de 1/3, 1/4 dos inscritos. É como que atribuir uma nota ao teu desempenho.


Há também um outro critério mais objetivo: abaixo de 3h30 tu fizeste uma boa maratona. Abaixo de 3h20 melhor ainda e cada minuto abaixo disso os elogios aumentam na mesma proporção. Se baixar de 3h, então, tu és um monstro.


Mas, o mais importante de tudo é procurar terminar a prova com o mínimo de sofrimento possível. Terminar bem. Cansado do esforço, claro, mas não se arrastando, sofrendo em demasia. Esporte é saúde. Não é loucura ou maluquice. Não é desmaiar na chegada. Na hora até pode ser bacana, um exemplo de superação, mas é muito mais um risco de sequelas neurológicas do que isso. Como tudo na vida, maratona exige um pouco de arriscar e outro de cautela para saber até onde é possível ir.


Até domingo. E que Nossa Senhora das Frentes Frias nos ajude.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Porto Alegre, São Paulo e Rio: e por que não?

Os heróis da resistência que me leem sabem que defendo a teoria de que devemos fazer maratonas na sequência, já que o que mata é o treinamento para elas. Considero que fazer Porto Alegre, São Paulo e Rio é quase perfeito. Elas são distantes o suficiente para não se perder o treinamento e nem ficar sobrecarregado.

Porto Alegre é duas semanas antes de São Paulo, que é três antes da do Rio. Lógico que, depois das três, é preciso descansar cerca de um mês ou um pouco menos, para não sobrecarregar o corpo e a cabeça. Conta também o fato de serem maratonas a custos acessíveis, embora a do Rio tenha passado para julho, o que encarece um pouco mais, em função das férias escolares.

E, fazendo as três, ainda é possível dar um tempo e depois encaixar uma 4ª maratona no ano lá por outubro ou novembro.

Por outro lado, é bom lembrar que maratona sempre é um esforço extremo, salvo se a fazemos com folga, o que quase nunca acontece. Normalmente todo mundo anda perto do seu limite, em busca de recorde pessoal ou de uma boa performance.

Muito provavelmente depois que as condições financeiras melhorarem, lá por 2025, devo incluí-las no calendário anual.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Poa Day Run - Subway

Não é fácil coordenar o corpo, se ele não responde como a gente gostaria. Ontem, na Poa Day Run, da Subway, foi o que aconteceu. Tentei mandá-lo correr a 4:30/km, mas não obedeceu de jeito algum. Tinha corrido 23 km na manhã anterior, então o cansaço muscular era grande.

O dia até que estava bom para correr, embora a umidade estivesse um pouco alta, mas a temperatura girava em torno de 19, 20 graus. Saí correndo a 4:40, 4:38/km, mas isso só durou até o km 4. Depois as pernas pesaram de um modo que não foi possível manter o ritmo. (ver abaixo)

O trajeto da corrida consistia em sair do Barra Shopping, ir para a direita até quase a rótula das cuias e retornar pelo mesmo caminho, sem firulas e invencionices. Fiz a metade em 23:32, voltei em 24:33, totalizando 47:45, 1 minuto pior que a Corrida de Porto Alegre, dia 25 de março.

A prova tinha uma estrutura boa. Medalha entregue na chegada, banana, maçã, água, gatorade. Havia uma banca de iogurte Piá, mas quando cheguei ali não havia mais nada. Entrei na fila da foto. Demorou quase meia hora. E olha que não tinha tanta gente assim, mas era um processo meio demorado: tira foto, envia por email, imprime e entrega. Dali fui para a fila do sanduíche...vamos aproveitar as benesses inclusas na incrição. Como eu curto Subway, ótimo. Ainda havia uma fila para massagem, mas resolvi passar.

O kit da prova tinha uma camiseta bacana (lá da foto de cima), aquelas garrafinhas (squeeze), um vale-sanduíche de peito de peru e a tradicional sacolinha (bag) do evento. Além disso, havia um palco com uma banda boa tocando antes e depois do evento. O público me pareceu menor do que outras vezes, pelo menos a sensação era de que havia menos assessorias esportivas.

Do meu ponto de vista, o Circuito da Subway é um dos que apresenta melhor custo-benefício para quem quer correr, principalmente para quem está começando. A inscrição é justa pelo que é oferecido. 

Especificamente no meu caso, não valeu pelo tempo que fiz. Não fiquei desapontado, mas meio indignado comigo mesmo, que corri mais 10 km no final do dia e que foram melhores do que na prova. Coisas da vida. O foco é a maratona dia 3 de junho.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

5ª Meia Maratona do Corpa

A 5ª edição da Meia do Corpa aconteceu domingo pela manhã, com saída na Usina do Gasômetro, e trajeto até a Vila Assunção. Simplificaram o percurso, ia e voltava e ponto final. A temperatura estava boa, uns 14 graus, propícia para bons desempenhos.

Larguei com o Claiton, fizemos os primeiros quilômetros a 4:40/min até o km 7, mais ou menos, onde havia um posto de água, e ele ficou um pouco para trás. Uns 200m à frente, iam o Álvaro e o Renato. O Mário nem era possível ser visto...

Na virada da metade do trajeto, quase na Nicolau Dias de Farias, o Álvaro e o Renato iam cerca de 35s na minha frente. Nisso, molhei o Garmin (que é touch) e tive problemas de relacionamento com a tecnologia. O bicho enlouqueceu, começou a apitar o tempo todo, como se eu estivesse tocando-o. Tentei arrumar e piorei: acabou gravando o local em que eu passava e não mostrava mais a tela principal. Mas, pelo menos, ainda marcava quando fechava os quilômetros. Comecei, então, a tentar buscar a diferença antes que fosse tarde demais.

Pouco mais à frente, cruzei com o Daniel que colocou lenha na fogueira, avisando que a diferença era 30s. Fui tentando diminuir, mas os dois à frente também andavam bem. Já dava para ver que o Renato abria uma diferença em relação ao Álvaro. Fui diminuindo, achando que dava para pegar o Álvaro, até que cheguei no km 18 relativamente perto. Só que aí as pernas não responderam mais. Morri totalmente. Do 18 para o 19 fechei em 4:42. Até ali andava a 4:35, 4:36. O km 20 também foi nessa linha e fui para fechar em 1h37 mais ou menos. (ver dados do Garmin abaixo)

Como o Garmin estava numa tela que eu não sabia mexer, nem parar o cronômetro consegui. Mais tarde vi no site do Corpa que o tempo oficial tinha sido 1:36:59, dentro do previsto, embora tivesse uma relativa esperança de que pudesse correr um pouquinho abaixo disso. Mas a corrida da semana anterior, em Gramado, tinha causado muitas dores musculares que cobraram seu preço durante a prova. De qualquer modo, foi bem bom. Mas é preciso melhorar bastante nesse mês para tentar baixar de 3h20 na maratona. E, principalmente, baixar o peso.

Domingo agora tem 10km na Poa Day Run, da Subway. Embora o foco seja a maratona, me inscrevi porque queria ver como posso me sair nos 10km, pois também há o desafio de baixar de 40 minutos nesse ano. Evidente que ficarei bem longe disso, mas vamos ver o que acontece.

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO