sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Puma Mobium Elite - primeiras impressões



Fazia mais de 1 ano que não escrevia por aqui. Vocês só me encontravam escrevendo sobre corrida, Grêmio (e a vida) no Twitter. Entrei com um processo de redução de pensão (estava tendo que ir de carro-forte depositar) e, antes que alguém usasse uma suposta viagem, um suposto sonho, uma suposta palavra mal colocada num texto (supostamente sério) contra mim (tem louca e mal intencionada para tudo), resolvi dar um tempo por aqui. A Justiça ainda não decidiu em definitivo (ela é morosa e injusta, jamais esqueçam), mas tive uma pequena vitória lá (baixou 25%).
Isto posto, vamos ao que importa:

Comprei sábado um tênis novo, Puma Mobium Elite, pela internet, na Centauro. Minha funcionária disse: tu compras tudo pela internet e fica esperando. Não consigo.
Prazo de entrega era de 8 a 12 dias úteis. Chegou na quarta, 3º dia útil (parabéns, Centauro, amo vocês).
O modelo foi lançado há 1 ano, mas, como não sou rico - estou bem longe disso, aliás - compro sempre tênis em promoção, quando o modelo mudou, etc. Pagar mais que R$ 300 por um tênis é querer muito ou não amar seu dinheiro.

Vou fazer um parênteses, porque vejo muita gente reclamando nas redes sociais sobre compras na internet. Olha só: se tu queres pressa, precisa do produto, compra na loja física. Do contrário, espere pacientemente. Quando chegar, chegou. Simples assim. Não fique sofrendo por antecipação ou porque demorou 1 dia a mais do que prometeram. Acho que até hoje só teve uma compra que demorou um pouco mais do que o normal, mas foi num site que sempre compro, então nem me preocupei. Vinha pelos Correios, atrasou. Mas não era motivo para ir nas redes sociais me lamentar. (Tenho mais com que me preocupar)
Parece que tem gente que tem prazer em querer briga com as lojas em que compram. É o povo que chamo de consumidor-mala. Está sempre pronto para arranjar uma confusão. Ficam contando os dias do prazo de entrega para ver se estoura e dá o motivo que eles querem: brigar. Lógico que, contando os dias, sofrendo com ansiedade (vem, não vem, vem, não vem, vai atrasar), quando passa o prazo a pessoa já é a própria pilha de nervos. Uma bomba-relógio prestes a explodir.
(Só Freud entende vocês)

Bem, andava correndo apenas com os Skechers GoRun (tenho 2 amarelos e um azul), mas não estava me sentindo confiante para encarar uma maratona com eles. Por alguma razão que não sei explicar decentemente, tinha horas que corria bem, outras em que me arrastava, parecendo que o tênis em si estava atrapalhando. Por via das dúvidas, resolvi apostar em outro.

 A Puma tem uma proposta diferente, aquilo que eles chamam de corrida adaptativa. A sola expande e comprime de modo a moldar-se ao teu jeito de pisar mais natural. Há uma borracha - tira elástica - em forma de x no solado que faz a tensão para esse vaivém do solado.

Usei-o no dia anterior, somente caminhando. A sensação de calçar é boa. O tecido em cima (cabedal) é bem fino, para uma boa "respirabilidade" (técnico de futebol Tite manda lembranças). A palmilha é boa, mas veio com uma fita dupla face, o que me deixou meio receoso, já que tive um Puma (Prevail IV) cuja palmilha "andava" dentro do tênis. Foi preciso colar senão era absolutamente impossível correr com ele.

Bom, mas correndo é o que dá a razão desse texto. Saí para correr ontem à noite. Noite quente e abafada, 21ºC. A sensação é que de que estás com uma chuteira. Não é demérito, não estou avacalhando com o tênis, foi apenas o que senti. Mas o solado não é duro. Talvez aí resida a corrida adaptativa, o sentido e o modo do solado. Embora o tênis não seja alto, a sensação é parecida com o que descrevi, apesar de que isso também não signifique instabilidade.

Ia correr 16 km. Desisti, primeiro porque a gente não estreia tênis com corrida longa, segundo porque comecei a sentir uma queimação no calcanhar. Opa, opa, opa (Houston, we have a problem). Que negócio maluco. Tinha sentido essa sensação no dia anterior, em que calcei-o somente para o uso diário. Desde um Olympikus velho e apertado, de uns 10 anos atrás, não sentia algo assim. Para não correr riscos, voltei no km 5. Usava a meia de sempre (Lupo Sport - a propaganda é de graça - porque ela é ótima), então não havia motivo para tal queimação, mas, depois da corrida, vi o que penso ter sido o problema. O tecido interno do tênis é de um material, digamos, inadequado. Quando fui tirar do pé, a meia meio que raspou, grudou, daquele jeito, por exemplo, dos tecidos antigos Nike Dry Fit que "puxavam" fio dependendo de como batíamos neles (às vezes até com a unha). Deve ter sido este o atrito que senti durante o treino todo. Testarei com outras meias, mas não sei não...

Por essas e outras, tinha voltado no km 5, e acabei parando no 8. Outra coisa que aconteceu, e que já havia lido em algum lugar, acho que no blog do Rodolfo Lucena, é que começou a chover e a sola ficou meio escorregadia no asfalto. Ok, quando chove pode acontecer (menos de 5% dos treinos ou corridas são nestas condições, não entremos em pânico). Mas correr preocupado se o tênis não vai tracionar direito não é exatamente o que poderíamos definir como corrida prazerosa.

Em suma, fiz 8 km (37:14 - 4:39/km de média), pouco para maiores comentários. O sentimento de queimação no calcanhar e a sola escorregadia e "adaptativa" merecem mais quilômetros, mas, de toda forma, gostei do tênis. Pode ser que, um pouco mais amaciada, a sola reaja melhor (ou não - risos). Na pior das hipóteses, talvez só possa ser usado em treinos de pouca quilometragem. Mais uns 90, 100 km darei novas impressões que, espero, sejam melhores, embora - friso - as primeiras não tenham sido ruins, apenas "estranhas" (abra a sua cabeça para o diferente - seja um corredor menos conservador e neurótico).

Tem uns vídeos aqui e aqui para quem se interessar e quiser saber mais alguma coisa.





quinta-feira, 11 de julho de 2013

Maratona Caixa do Rio de Janeiro

Cheguei sexta ao Rio para a minha 44ª maratona. Fui direto pegar o kit, que era bom: uma sacola bacana, uma garrafinha (squeeze) e a camiseta. O local era razoável, mas fiquei sabendo que no sábado havia filas grandinhas. Na sexta, tudo tranquilo, e o staff da organização era super solícito. Todo mundo preocupado em informar, tentando orientar corretamente para que o cara fosse diretamente para o seu ponto (42km, 21 ou 6).

A feira era modesta: apenas produtos da Olympikus, patrocinadora da prova, mas por preços normais de loja, ou seja, nada convidativos. Havia alguma coisa, como calções e camisetas alusivas ao evento, mas não muito mais que isso.

No domingo, acordei às 4h da manhã, pois era preciso pegar o ônibus que nos levaria até o Recreio, largada da prova. O último ônibus saía às 5:45. Pior é que o hotel ficou de me conseguir alguma coisa para o café da manhã, mas, chegou na hora, só me davam uma fruta. Quase mandei eles pegarem a fruta e …

O ônibus demorou 52 minutos para chegar até o Recreio. E isso que o motorista corria feito louco. Procurei algum lugar para comer e encontrei um quiosque onde pude comprar 3 bolinhos de laranja com recheio de goiaba. Foi que a casa ofereceu. Ainda tive bastante tempo para pegar fila do banheiro e aguardar até a largada. A temperatura estava 17 graus, embora uma mulher pouco antes tivesse perguntado no quiosque se não estaria 12 graus...

7h30 largamos. Corríamos uns 200m quando um cara que corre (bem) e escreve no site Running News veio detrás gritando “licença, licença” e abrindo caminho como se fosse o dono do mundo. O povo em volta meio que se dividiu entre a galhofa e a indignação com a atitude.

Fiz o 1º km a 5:15 e fui tentando ficar um pouco abaixo disso. Demos uma pequena volta numa quadra para passar novamente defronte à largada. Nessa pequena voltinha, há uns quebra-molas, e havia pessoas com plaquinhas avisando da existência deles. Pois alguns corredores gritavam (ou exigiam) que eles levantassem mais as placas... Olha, sinceramente, tem vezes que os corredores são muito ridículos, acham que o mundo gira em torno deles, só porque pagaram pela inscrição.

Fiquei nesse ritmo pouco abaixo de 5:10 e segui firme nele, costeando a beira do mar. A temperatura ia subindo aos poucos, nada demais, mas nada barbadinha. Ali pelo 16 ou 17, um termômetro marcava 30 graus, o que achei exagerado. Outro, logo à frente, mostrava 25, o que era mais condizente.

O trajeto foi tranquilo até o km 22, mais ou menos, onde saímos da beira mar e entramos num túnel que tem outra via acima dele, a Niemayer. Ali corremos uns 3 km. Saímos dele e chegamos à Barra, onde tem uma subia “boa” de outros 3km, até que creio que depois do km 29 iniciamos uma descida. O ritmo seguia quase fixo a 5:07 de média, apesar do cansaço já estar batendo à porta. O que possibilitava chegar dentro do previsto: entre 3h35 e 3h40.

No 34 e 35, no entanto, fiz a 5:13 e 5:15, respectivamente, o 36 subiu para 5:24 e a coisa desandou no 37, que deu 5:50. Os próximos ficaram entre 5:40 e 5:50. O Zé Luiz, meu amigo carioca, me acompanhou desde o 37, se não em engano, e via incentivando, de modo que ainda consegui puxar um 5:24 no km 42, em que já muito antes o pessoal gritava “faltam 200m”. Cambada de … já que faltavam uns 800m e todo mundo gritando que já estava chegando e não chegava nunca o pórtico. Terminei em 3:42:11, o Garmin marcou 42,572km, quase 400m a mais. Desde o 20 e pouco ele já estava dando uma pequena diferença em relação à marcação.

Foram apenas 2 minutos acima das 3h40 pretendidas, mas ficou de bom tamanho para quem dormiu 4h, não teve café da manhã e ainda saiu de 11 graus para correr a quase 30.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

30ª Maratona de Porto Alegre

Domingo, 16 de junho, mais uma maratona completada. A 43ª, minha 20ª participação em Porto Alegre, em sua 30ª edição.

Achei que podiam ter caprichado um pouco mais, oferecendo um brinde comemorativa à 30ª edição, mas isso não rolou. De toda forma, pelo menos havia uma feira, chamada de Expo, com alguns estandes de produtos esportivos, além de palestras sobre esporte. Para os nativos, essas feiras dificilmente valem a pena. O negócio é pescar os maraturistas, que sempre querem levar algum souvenir ou mesmo um tênis novo.

No domingo pela manhã, acordei às 5h para estar às 6 na barraca da equipe. Estava friozinho, mas não como ano passado. Uns 16 graus.

Largamos às 7h15, conforme programado. Saí meio ligeirinho no 1º km, que marcou 4:30. Depois fui ajeitando o ritmo para que chegasse a 4:45/km, a meta da maratona. Mas me sentia travado, cansado. Não sei, mas talvez uma dieta inadequada na semana da maratona tenha causado a fadiga.

Quando cheguei no km 21, que passei em 1:40:08, o cansaço já batia forte. A estratégia era chegar nesse tempo e depois tentar acelerar um pouco. Mero sonho. Logo em seguida começou a ficar difícil manter os 4:45/km, até que no km 28 passei dos 5 por km. 3,4 em 5:10, 5:15 por km, o que até daria um bom tempo, menos de 3h30. Só que depois do km 35 essa nova meta ficou completamente inalcançável. O Daniju chegou em mim, abriu um pouquinho, e segui sofrendo para fazer 5:30. Os kms iam se arrastando. A cabeça precisou agir forte para não caminhar. Nesse ponto o Claiton chegou de bike e ajudou na companhia.

Pouco depois do Gasômetro, o Daniju, que vinha um pouco à frente, deu uma paradinha por conta das câimbras. Voltou ainda à minha frente para, logo em seguida, no Anfiteatro, seu acometido do mesmo mal. Foi quando o passei. Mas ele recobrou as forças mais à frente e chegou em mim, para passar em definitivo. Nesse ponto, fazia o km a 5:40 e com muito esforço. A cabeça até pensou em reagir, mas as pernas não tinham forças para tanto. Fui indo nesse ritmo, sofrendo, quando o Renato apareceu no último km para dar uma força. Até tentou me ajudar a acelerar, mas, como disse antes, não havia mais forças. O último km foi a 5:46, nem mesmo o sprint final saiu. Terminei a prova em 3:33:19, um bom tempo até, mas longe da meta de 3h20. Colocação 438/1589 no geral, 397/1319 no masculino e 68/231 na categoria.

Fiquei um pouco ainda meio enjoado pelo esforço excessivo do organismo. Fazia tempos que não sofria numa maratona. Mas foi fruto de arriscar a tentar um bom tempo, mais, no meu endimento, alguma falta de força decorrente de uma má alimentação na semana na prova.

De qualquer forma, dia 5 de julho tenho mais uma maratona, no Rio de Janeiro, que farei na forma conservadora de quase sempre, sem riscos






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terça-feira, 14 de maio de 2013

14ª Maratona de Mendoza








Depois de séculos, finalmente um post.
Vida foi complicada em fevereiro, março e abril, época de fechamentos, declarações diversas de Pessoas Jurídicas, e de Imposto de Renda Pessoa Física. Dormindo 6h por dia, correndo às 10 da noite.

Depois da TTT, diminuí o ritmo dos treinos, mas estava inscrito desde o final de janeiro na Maratona de Mendoza, região famosa por seus vinhos, na Argentina.

Não foi nada fácil treinar para a maratona. Em fevereiro, fiz 142,15 km. Em março, 194,79 km e em abril, 165,71 km, incluindo aí uma meia dia 28/4. Ou seja, pouco treino para encarar uma maratona. Mas, há sempre um mas em tudo - diz um colunista esportivo de Porto Alegre, Mendoza é uma maratona em descida. Tem que ajudar.

Tudo bem, não é a barbada que a Fernanda Paradizo pintou na Revista Contra Relógio (acho que) de fevereiro. Lá tu olhavas a altimetria e só descia. Molezinha. Mas se a gente ampliar o desenho, verá que desce quase que o tempo todo, só que há subidas no meio. Foi o que aconteceu: até o km 25, era um verdadeiro tobogã.

Mas vamos começar do começo: saímos (eu e o Mário) aqui de Porto Alegre na quinta, às 15h30. Voamos até Buenos Aires, onde chegamos por volta das 17h15. Depois o voo para Mendoza só saía às 21h30, e chegamos lá às 23h15. Aeroporto perto, logo estávamos no hotel.

Sexta, fomos retirar o kit. Tudo muito tranquilo, mal estavam montando os estandes do que chamaram de "feira", que era modestíssima. Tirando isso, atendimento nota 10, pessoal super atencioso. O kit era a camiseta, o número, o chip e uns folders diversos de anunciantes. Peguei a camiseta tamanho "M" e depois o Mário pegou a "P". Vi então que a diferença era pouca e também fiquei com a "P". Aqui talvez tenha acontecido o que aconteceu. Fomos embora, chegamos no Hotel Huentala, abro minha sacola, cadê o chip?

Tinha visto no Facebook que naquele dia o atendimento no estádio Ilhas Malvinas, que fica dentro do Parque San Martin, era somente até às 16h, pois havia o jogo Godoy Cruz (da região de Mendoza) x Colón de Santa Fé. Corremos, pegamos um táxi (era 6km a distância), chegamos lá às 15h50, e já haviam fechado às 15h por conta do jogo... Restou comprar o ingresso para a partida e retornar mais tarde ao estádio...

Sábado, portanto, tivemos que voltar mais uma vez ao estádio e explicar a situação. Outra vez, pessoal super atencioso e em 5, 10 minutos no máximo me deram outro número e chip. Simples assim.

À noite, fomos comer aquela massa à bolonhesa normal de véspera de maratona. No outro dia, era preciso estar às 6h da manhã para pegar o ônibus que nos conduziria à largada. 4h30 despertamos, fizemos nosso mini-café, já que o hotel não disponibilizou em função do horário, pegamos um táxi, o que não foi fácil em função dos finais de festas, e chegamos lá no estádio. Os ônibus saíram com um pouquinho de atraso e chegamos por volta das 7h15 no local de largada, ainda escuro. E frio. Muito vento lá em cima (largava de 1.200m de altitude e chegava em 800m).

Havia apenas 3 míseros banheiros para todos os maratonistas, o que foi péssimo, porque demorávamos mais tempo num frio do cão àquela hora. Mas logo começou a clarear e quando deram a largada (8h09) já não estava tão frio assim.

O Mário se mandou e só fui ter notícias dele no final da prova, óbvio. Em seguida, fizemos algumas curvas prá lá, curvas prá cá, desceu, subiu, e esse foi o ritmo até o km 25, como disse. Um verdadeiro tobogã. No começo, uma turma de Mendoza que corria em  grupo me passou. Como eu corria com uma regata do Grêmio, ouvi falarem algo do Chacarita Juniors, de Buenos Aires, mas creio que confundiram com outro time, pois a camiseta deles é idêntica à tricolor do São Paulo. A mulher que corria no grupo falou algo no sentido de que já havia visto a camiseta na meia do Rio de Janeiro. Ficamos brincando de "eu te passo, tu me passas" algumas vezes e o grupo deles foi se dispersando, a mulher e um outro cara se mandaram e o resto foi ficando para trás. Outro grupo também chegava, me passava nas descidas, e nas subidas eu "dava o troco", até que ficaram para trás de vez, pouco antes do momento foto oficial, que, penso eu, foi no km 21.

Pelo km 15, um hermano (nº 270 - Pablo) grudou no meu ritmo e fomos nos ajudando durante boa parte da prova. Um outro senhor também chegou em nós mais tarde, pelo 23, penso eu, mas em algum posto de água ficou pelo caminho. Talvez porque conversasse demais.

Pausa para tomar água: os postos eram de 5 em 5km. Nos davam copos abertos, com água pela metade. Na corrida, essa metade virava metade da metade... ou seja... quase nada. Logo em seguida, comecei a pegar 2 copos para evitar de tomar pouca água. Que não me aparecem os arautos da modernidade esportiva de tomar água somente quando sentir sede por aqui. Tomo água sempre e ainda atiro no corpo o que não tomo para refrescar. Se não funciona ou não, se é certo ou errado, sei lá. Quando eu morrer, TALVEZ existam pesquisas definitivas a respeito. Até lá, tomo tudo que vier pela frente! (risos)

Voltemos ao hermano. Grudou em mim no 15, mas parecia que fazia um pouco de força para me acompanhar. Lá pelo 20 e poucos, como disse, um veterano chegou em nós, eles conversaram que aquela subida filha da mãe que avistávamos logo adiante, antes de uma curva, era a última, depois só descia. O veterano disse que já havia feito as outras 13 edições. Ainda bem que não confiei totalmente nos 2, pois acho que no 27 havia outra subida, não que nem essa, e acho que no 30 outra. Pelo menos é o que me parece pelo tempo dos km e pela minha lembrança. Creio que pouco depois do km 30 deixei o guri para trás e comecei a tentar acelerar. E no 32 cheguei naquela mendocina (nº 193 - chegou em 3:27:26) que falara do Rio de Janeiro.

Minha estratégia da prova era a seguinte: não treinei o suficiente, não posso me meter de pato a ganso. Nem quando treino bem faço isso (risos). A ideia era correr a 5 por km, mas fui fazendo menos que isso, tomando gel de 40 em 40 minutos (quando dava, em função da água de 5 em 5). Sabia que estava mais pesado do que deveria e pensei que durante a prova perderia peso e meu ritmo melhoraria depois da metade (passei os 21 em 1:41:53). Coincidência ou não, meus melhores km foram do 25 ao 38. Cheguei a fazer 4:31 no km 34 devido a um estusiasmo de estar passando alguns corredores. Tratei de cortar a empolgação assim que o relógio mostrou o tempo do km.

Depois no km 30, realmente quase que só descia até o 38, acho que tinha um viaduto no meio disso, no 35. Era um declive bem bom, quase uma reta. Mas aí entra no parque no km 38... vinha a 4:45, fiz 5:41 no 39, 5:10 no 40, 5:17 no 41. Não tinha mais descida, pelo contrário, subiu. Fui chegando e a maratona terminava com os corredores entrando dentro do gramado do estádio. Terminei em 3:22:14, praticamente igual as duas meias. 55º no geral dos 391 que terminaram. O hermano  Pablo chegou em 3:28:39. Tirei 6 minutos dele e 5 daquela corredora nos últimos 10 km praticamente. O Mário chegou em 3h14. (Resultados aqui).

Vale a pena? Vale. Não é a barbada que pintaram, é bom treinar muito sobe e desce, mas dá para melhorar tempo. Mesmo pesado, com treino máximo de 23 km (em 30/3) e um de 21 na semana anterior, consegui melhorar em relação à maratona de Porto Alegre do ano passado (3h27). A descida certamente contribuiu.

Abaixo os treinos para não dizerem que sou um baita mentiroso e que treinei mais do que disse.

Meta agora é tentar baixar dessas 3h22 em Porto Alegre, dia 16 de junho.








segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Rescaldos da TTT

Algumas curiosidades em geral:

Dormi pouco (4h) na noite anterior. Não acho que fez falta, mas umas horas de sono a mais viriam a calhar.

Comi quase nada na prova. Foram uns 10 ou 11 sachês de gel (Accel, Age, GU - quase todos sabores cítricos) e meia dúzia de castanhas-do-pará. Nada mais.

Tomei muita água de coco, muita água (con)gelada, duas garrafas de 500ml de I9 e tentei tomar uma de Frukito uva, mas já caiu mal na hora, que temi por mais pit-stops. Ia congelando garrafas semanas antes da prova com água, água de coco e I9. Quando fui para Torres, coloquei tudo num isopor, enchi de gelo e foi suficiente. Tinha água que ainda estava congelada no último trecho, em função de que o calor não foi aquele todo.

O vento atrapalhou, principalmente no começo, mas ajudou na questão de temperatura. Sem vento estaria melhor? Não sei, acho que não. Para quem fez trechos curtos, no revezamento, penso que ele foi muito mais prejudicial, pois era difícil imprimir velocidade.

Por conta disso, talvez, a prova foi menos sofrida do que pensei que seria. Cheguei super inteiro.

Não irei nos 50km de Rio Grande, domingo agora. Não treinei o suficiente depois da TTT, diminuí bastante o ritmo, mas também me inscrevi na Maratona de SP, 28/4, e Mendoza, na semana seguinte. Fazer Rio Grande atrapalharia meus planos, pois demoria na recuperação pós-prova e certamente geraria um prejuízo nas duas citadas. Quem sabe ano que vem. Gosto da prova de lá.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

9ª TTT - 81,4 km



Depois de 2 anos, consegui realizar essa prova. Não foram duas tentativas, apenas uma em 2011. Embora já tenha repetido umas 200 vezes, meu problema naquele ano foi que fiquei doente duas vezes em 20 dias, naquele mês final de treinamento. Também é verdade que não treinei bem e que, provavelmente, faria uma má prova, talvez nem terminasse, como não terminei. Mas isso é passado.

Sábado foi diferente. Treinei melhor, não tanto quanto gostaria, mas o suficiente para chegar dentro do que planejava: perto de 8h. Na terça, no Congresso Técnico, o Pablo (que fez a prova pela 2ª vez), disse que o tempo "viraria" e que teríamos vento contra. Fui conferir a informação e realmente todos os prognósticos apontam isso. "Ferrou", pensei. Não tem nada pior que vento em demasia. Quando treino me irrito bastante com ele. A av. Beira-Rio é pródiga em ventania, chega a ser cansativo. O cara vai contra o vento, acha que na volta vai ficar a favor, e o vento é contra novamente.

Mas, fazer o quê? Não tem saída. O negócio é largar e ver o que acontece. Não vamos sofrer por antecipação. Cheguei 9 e pouco da noite em Torres, fui comer, voltamos, quando vi já era 23h30. Mais uma demoradinha básica para dormir em função da adrenalina, final das contas dormi umas 4h, já que acordei às 4:30. Cheguei 10 minutos antes da largada, o Daniel (treinador) já meio nervoso (estou te ligando há horas). Estava tentando me certificar de que não haveria paradas incômodas durante a prova (o que foi em vão).

6h em ponto largamos. Meu relógio GPS/Garmin desperta no horário, demorei a conseguir desligá-lo e ligar o cronômetro. Logo em seguida vi que perdi mais ou menos uns 80m, pelo barulhinho dos GPSs alheios marcando os quilômetros seguintes. O começo da prova é dentro da cidade de Torres, com asfalto. Por volta do km 2 pegamos um "chão batido", no 3 ingressamos na praia. Havia uma brisa leve quando entramos, mas logo no km 4 o vento deu as caras. A areia também não está nada boa, molhada, pesada.

Programei para correr a 5:30/km até onde fosse possível. O Guilherme, meu filho, saiu pedalando junto. Sofreu mais do que eu, principalmente a partir do km 10, quando o vento aumentou um pouco. Já chegou meio esgotado no posto de troca, mais ou menos km 12,3. O tempo oficial no site do Corpa foi 1:05:27, o que deu 5:26/km. O Guilherme se foi, a Juliana começou a pedalar. Mas sofreu mais ainda do que ele, começou a ficar para trás. Quase no final do trecho, ela passa de carona em um Buggy...hilário. Não conseguia mais pedalar para me acompanhar. Só que ela não sabia que o Guilherme ainda não havia chegado no posto de troca, por conta da falta de motorista no carro. Nem eu. Fiquei sem o gel das 2h (estava tomando de 40 em 40 minutos) e sem minhas garrafas de água de coco e sem nenhum outro gel até o próximo posto, que era no km 34.

Tudo bem. Na hora excomunguei, fiquei meio p da vida, mas acontece. Vida que segue. Esperemos pelo próximo trecho. Aí a Bruna chegou pedalando, com quase tudo que precisava. Vamos lá. Segui na média de 5:31, acho, até o km 48, quando fui obrigado a fazer um pit stop por conta de problemas de força maior. Não riam. Como sou um cara experiente, levei lenços umedecidos; do lado direito, dunas: perfeito. Não perdi muito tempo, acho que uns 2:30 entre subir lá, "fazer" e voltar. Dei 8:16 esse km. Depois caí um pouquinho, comecei a fazer a 6, 6:15/km. Mas aí no km 58, quando chegava no posto de troca, me obriguei a outra parada técnica. Foi até engraçado: o fotógrafo se posicionou para tirar a foto, e eu peguei a direita para o banheiro quimico. Deu 8:39 nesse km, voltei e o fotógrafo ainda conseguir tirar a foto.

Nesse ponto, a gente passa por dentro da banca, a Cynthia, minha ex-colega de colégio e que me entregou o kit, estava lá e correu em minha direção. Corremos juntos e abraçados por um tempo, ela me perguntando como estava, só disse: "não está fácil". Foi muito bacana. (ou será que isso foi no posto anterior?)

Perto do km 64 é o próximo posto de troca. A Bruna, um pouco antes vai em frente, para poder chegar e reabastecer a mochila. Ela vai pedalando, daqui a pouco vou diminuindo a distância, chego nela e pergunto: "Tu não ias na frente?" Me responde: "Ah, tá, estás te exibindo?" Casualmente fecha o km nesse momento e dá 5:30. "Estou mesmo", respondo. Um pouco era isso. Outro pouco é que ela sentia o esforço. Pedalar na areia e contra o vento é pior que correr nas mesmas condições.

Chegamos no posto de troca. Inventei de pegar outro tênis. Nunca faça uma idiotice dessas. A Juliana tem dificuldades em colocar a meia limpinha nos meus pés (pois estão molhados). Perdi tempo, ritmo,  não ajudou nada, e voltei pior do que quando parei. Além de tudo, me causou uma bolha no final. O Guilherme me acompanhava nesse trecho, mas sofria também. Fiz 4 km na média de 6:30. No km 73 a Bruna já volta a pedalar, na troca de posto, mas está mega cansada. No 74 ela me alcança o I9 de uva verde que eu queria (corredor chato) e damos uma pequena parada. Logo à frente avisto um outro corredor e digo a ela que vou pegá-lo. Vou diminuindo a diferença, mas faltando uns 3 km a Bruna atira a toalha: não tem mais condições de me acompanhar. Diz que vai "descansar um pouco" e me pergunta o que precisa. Digo que preciso só uma garrafa de água, que está quase congelada, o que é ótimo. Sigo tentando chegar no corredor à frente e no km 79,5 o alcanço. Corria numa zona de conforto. Despertou quando dei uma passadinha por ele. Tirou forças não sei de onde e deu uma boa abertura de diferença. Segui no meu ritmo, tentando não perder contato. Está chegando, faço o km 80 a 5:30 e o 81 em 5:49, mas não consigo pegar o cara. Fecho a prova em 7:58:51. Na hora, não deu para ver direito por conta do sol, e meu relógio eu sabia que marcava um pouco menos (7:58:31) em razão daquele problema no início da prova.

Fiquei muito contente, pois queria muito fechar abaixo de 8h. Em um certo momento, pareceu que não era mais possível. Mas foi. Encontro o Rodrigão (3ª vez 2º colocado), que me cumprimenta. O corredor que chegou na minha frente (48s) também sorri, vitorioso, e digo a ele: "tu tens que me agradecer, te ajuei a baixar o tempo." Rimos. Levamos numa boa. Assim que tem que ser. Perdi uma posição no pódio, mas isso nem era importante. O meu adversário era eu mesmo.

Fui para a piscina de gelo. Fiquei um tempão lá. Saio, está doendo mais do que antes (que nem doía). Puxa vida, mas me dizem que logo melhora. E foi isso que aconteceu. Fiquei super bem logo em seguida. Caminhando quase normalmente. E mais tarde no churrasco de confraternização também. E no dia seguinte também. Fazendo no ritmo que a gente sabe que aguenta, tudo dá certo. Hoje, segunda, nem parece que corri 81,4 km. E olha que ainda voltei da praia só às 3h da manhã e às 7h acordava para ir trabalhar.

Às 18h, acontece a premiação. Descubro que fui 5º na categoria dos "veteranos", acima dos 39 anos. Mais felicidade. Não esperava tanto, embora tivesse visto que tinha sido mais ou menos o 15º no geral.
Foi uma experiência única e menos difícil do que pensei que fosse (embora não tenha sido fácil).
Várias pessoas me perguntaram qual tinha sido o pior momento da prova. Não houve. Não houve um momento em que temesse por não terminar, em que estivesse sofrendo demais. No km 58, até brinco com a Bruna: "Bruna, no 60 vou parar, não aguento mais." Só para tirar uma onda dela. Ela enloquece. "Eu te mato", diz.

Mas talvez a parte mais difícil tivesse sido no início. Até o km 35, embora o tempo não estivesse aberto (o sol saiu depois), a areia estava molhada. Foi pesado até ali. Achei que seria mais confortável. O fato de haver pessoas se revezamento na bike ao meu lado ajudou, pois dividiu a prova em trechos menores. Fazia um e pensava no próximo. Não fiquei pensando ainda faltam não sei quantos km. Cheguei no 40, vou indo até o 50 nesse ritmo. Passei mais ou menos dentro do que havia programado e deixado anotado com meu apoio junto às explicações do percurso. Quando cheguei no 50, pensei: "vou até o 60". No 54, lembrei: fiz 2/3 já. Os trechos da tarde (para quem faz o revezamento) são curtos, ajudam a te estimular. Quando vi, faltavam 17 (dois trechos). Calculei de cabeça: 6 x 17= 102, mais meio minuto por km, dá 110 (estava fazendo 6:30/km). Vou chegar depois das 8h. Dei uma arrumada na postura (tinha muito medo de ter dores nas costas - o que não aconteceu) e melhorei o ritmo: está chegando. Faltando uns 15km dá para enxergar os prédios de Tramandaí. Aquilo dá um gás. E como.

Agora é esperar pelas fotos, para ver se tem umas bacanas. Ano que vem? Não, provavelmente não repito. Não tem por quê.


Abaixo os treinos que fiz no período (novembro-janeiro) para vocês teram uma noção. Outubro corri 105 km. Nem conta.


 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Está chegando a TTT

E faz tempo que não escrevo por aqui. Desde que voltei de 15 dias de férias, no final de outubro, as coisas têm sido difíceis. Uma das minhas funcionárias pediu demissão no dia em que eu saía de férias. Consegui que ficasse até quando voltei, mas no dia que retornei, se foi. Baita... Mas... a vida tem dessas coisas. A outra já havia saído no final de agosto. Com viagem marcada, tive que colocar o funcionário que apareceu na hora. Sem ninguém não dava para ficar. No retorno da viagem, o cara está com crise de apendicite, faz cirurgia e fica 20 dias sem trabalhar. Dá para imaginar um caos assim? Nenhum funcionário para trabalhar quando retornei.

Mesmo debaixo de mau tempo, treinei com foco na TTT, que é sábado. Em outubro, havia treinado 106 km, contando aí a Meia de Amsterdã, feita com a namorada. Em novembro, foram 245, em dezembro, 305, e em janeiro, até ontem havia corrido 252. Amanhã (terça) tem mais uns 22. Não foi exatamente como gostaria, mas nem sempre as coisas saem conforme planejamos. Não adianta se lamentar, é preciso se contentar com o que é o possível. E, para mim, embora quisesse fazer uns treinos a mais, creio que o treino foi suficiente para fazer uma boa prova. Me considero preparado e estou confiante. Lógico que se, no dia, o cara larga com 30 graus e chega aos 40 e poucos durante a prova, lá se vai o planejamento. Mas não é essa a perspectiva. Os dias têm sido quentes, com algum vento, mas a temperatura tem estado amena no início da manhã, o que já ajuda por quase metade da prova. 

Como a prova é na praia, sempre é uma incógnita saber como estará a beira, a areia, o mar. Tudo isso pode atrapalhar um pouco. Treinei em dezembro algumas vezes na praia. Isso ajudou a testar várias situações, já que houve dias bastantes diversos de treino. No meu primeiro treino, senti muito a areia. Estava super fofa e atrapalhou bastante. Em outras ocasiões foi o vento: teve um dia em que fiz 12 km a 6:30/km e na volta os mesmos 12 foram a 4:50. Uma mega diferença, só para exemplicar a dificuldade que era ir num sentido, enquanto que, no outro, havia uma boa ajuda. 

Normalmente, e é o que espero, o vento ajuda na corrida. Estando dia bom, há um vento a favor. Dia ruim, vento contra. Então, de certa parte, tem-se que torcer para um dia ensolarado. Mas não muito, claro. Em 2012 estava quente, mas havia um vento meio lateral que amenizou o calor. 

Gostaria de ter feitos alguns treinos mais longos, mas priorizei correr rápido e uma boa quilometragem, sem me matar em longões intermináveis. Desse modo, fui subindo quilometragem gradativamente, mas adiei os longões por diversas razões, mas principalmente porque queria estar sempre inteiro para o treino seguinte. Até que cheguei no meu ápice de treino, 42 km, no domingo retrasado, 13. Ah, mas, Júlio, é pouco mais da metade.. É, é verdade, mas o treino foi "só" uma maratona, terminei bem, com forças (fiz os últimos 7 km abaixo de 5) e, no meu entender, o mais importante: segunda estava inteiro, sem dores, e terça treinei tranquilamente 2h e quinta mais 2h. Ou seja, o corpo assimilou bem o treino, sem sentir o esforço. Foi exatamente isso que tentei durante o período todo de treinamento. Evitar a fadiga do corpo. Evitar correr bem um dia e mal o resto da semana. Aconteceram, logicamente, alguns treinos muitos bons e outros que não aguentei, principalmente quando os bons eram na quinta. Por vezes o de sábado pela manhã era prejudicado, já que não dava tempo suficiente de o corpo se recuperar, principalmente porque havia a questão do trabalho, que estava duríssimo. A Ju ainda me disse algumas vezes que não sabia como é que eu conseguia dormir o pouco que dormia e ainda treinar tudo que estava treinando. E ainda ter energia para...

E, olha, nem foi um super treino nesse tempo todo, se voltarmos lá no começo o texto. A quilometragem de outubro foi ridícula. Ou seja, houve treino mesmo em novembro, dezembro e agora em janeiro. Mas percebi que cresci muito nas últimas semanas. Evidente que a temperatura ajudou também. Passou uma onda de calor absurda que houve pouco antes do Natal. O cara saía para correr às 8 da noite e estava 35 graus. Aqueles dias foram dureza. Acho que a pior época dos treinos. Outra questão de treinar para essa prova é que os treinos demandam tempo, muito tempo. Não é nem questão de cansaço. Não fiquei atirado num canto, cansado. O grande problema é que saía para treinar e quando voltava já era 10 da noite. Era banho, namorar, comer e dormir. Aí quando via já era meia-noite. Ou mais. Recuperava o sono, dentro do possível, no final de semana. Essa foi a questão mais degastante do treino: o tempo "perdido". Muita coisa  é deixada de lado. Tirando isso, o treino só ajudou: emagreci, estou bem condicionado, não me machuquei, certamente farei alguma boa maratona logo mais adiante durante o ano. 

Ah, a previsão de chegada, sem pipocar: a ideia é chegar em 8h. Com uma margem de erro até 8h30. Qualquer coisa até aqui estarei satisfeito. E, mais do que isso, chegar inteiro. Dentro do contexto de uma prova de 81km, no verão, na beira da praia, evidente. Semana que vem conto como foi.





quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fim de semana recheado

Fim de semana está recheado de corrida. Nem sei se meu corpo aguentará. Sábado pela manhã tem treino. Preciso correr uns 25 km. À noite, Corrida do Grêmio, 9km. Domingo, prova da Mizuno, 16 km. Será complicado. Correr 2 dias seguidos até vai na boa, mas correr à noite e no outro dia pela manhã não é fácil, não dá nem tempo para descansar direito. 


A Corrida do Gmio promete ser bem bacana, pois é obrigatório o uso da camiseta do kit ou camiseta do Grêmio no evento, o que ocasionará um "mar" colorido de azul. No domingo, a prova da Mizuno também promete ser bem boa, organizada e com alguns mimos.

Depois de tudo isso, ainda preciso estar inteiro para ir ao Grenal das 17h que encerra o ciclo do "Velho Casarão", o Estádio Olímpico.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Corrida Monumental

Corrida para celebrar o encerramento do Estádio Olimpico, do Grêmio.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

8ª Maratona de Revezamento Paquetá


Dia 9 de novembro ocorreu a 8ª edição da Maratona de Revezamento Paquetá (a loja de artigos esportivos). No dia anterior, um mega calor na cidade, 35 graus tranquilamente, mas tivemos um pouco de sorte e o tempo fechou no dia seguinte, com a temperatura caindo para uns 26 graus, só que bem abafado.


"Ótimo" para quem vai ser o segundo no revezamento, como eu. Que esperei a Juliana chegar com dores no joelho em 2:15. Portanto, minha corridinha começou por volta das 10:15 da manhã. Uma beleza. Mas não me assusto com isso. A gente tem que ter consciência da temperatura no dia. Deu calor, esquece tudo que foi planejado. Faz o feijão-com-arroz. Corre para chegar inteiro. E ritmado, que é o que importa.

Foi o que fiz. Saí a 5:00/km para sentir o que acontecia. Depois da metade tento ver o que dá para fazer. Senti, claro, a temperatura, mas o jeito é ir administrando, pegando água em todos os pontos, se molhando para baixar a temperatura e tomando isotônico quando davam.

Fiz uma coisa que não se faz também. Estreei o Skechers Go Run amarelinho sem nunca tê-lo usado antes, nem mesmo para uma caminhada ou passeio qualquer. Mas já tinha visto que ele não incomodaria, pois pelo material já é possível perceber isso. Ele é todo flexível e bem confortável. Só que é um tênis "minimalista". O ponto de contato com o solo não é no calcanhar, como costumamos fazer quando corremos, mas no meio do pé. É uma forma diferente de correr. Que exige outra musculatura.

E isso foi fácil de perceber quando comecei a correr. Parecia travado. O tênis em si já nos força a correr diferente. O meio do pé é mais alto do que o calcanhar, exigindo uma corrida de outra forma. Senti  diferença forte nos primeiros quilômetros e lá pelo km 7 cheguei até a temer alguma lesão, pois estava sentindo a musculatura dolorida, mas esse sentimento mudou logo depois que fechei a 1ª volta do circuito e a coisa começou a fluir. Corri melhor a segunda volta e fechei a prova em 1:43:50 pelo meu Garmin, e 52:41 e 51:55 cada volta pelo site do Corpa (1:44:36, no caso). Skechers aprovado já em 21,1 km, sem nada de bolhas ou algum tipo de machucado nos pés. Claro que 2 dias depois estava dolorido em diversos locais que não costumam estar, mas foi o preço da pisada diferente em função do tênis minimalista. Mas é uma questão de acostumar. Outras impressões posto quando tiver mais de 200 km com ele.

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