segunda-feira, 29 de março de 2010

Corrida de Aniversário de Porto Alegre

Quinta, nossa muy leal e valorosa fez 238 anos, e ontem, domingo, tivemos a corrida em comemoração ao aniversário.

Organizada pela empresa Coletivo Plano B, cujo diretor conheci no aeroporto rumo à maratona de Foz do Iguaçu, em setembro, e inaugurando o circuito gaúcho que eles pretendem fazer durante 2010, a prova teve alguma dificuldade nas inscrições, que, até nem ficavam a cargo deles e sim por conta do site Minhas Inscrições. Tentei por algumas vezes realizá-la no site, só que mesmo colocando meu CPF e obtendo meus dados, como nome e email, não tinha jeito de conseguir efetuar a inscrição, já que a minha senha não era aceita e, teoricamente, iriam mandá-la por email, mas isso não aconteceu. E foram várias as vezes que eu tentei. Como
sou brasileiro e não desisto nunca, acabei ligando para a empresa, que me forneceu uma senha para efetuar a inscrição. Mas, olha, quase larguei de mão por conta desse contratempo.

Sábado, fui retirar o kit, na loja da Win Sports, na Nilo Peçanha, perto do Shopping Iguatemi. Embora não houvesse muita gente, achei meio lento o esquema e fiquei pensando em como deveria ter sido num horário de maior afluxo de pessoas. Bom, mas isso foi só uma impressão minha, momentânea.

O kit era simples, como uma camiseta 'dry fit/red bull' (te dá asas...), daquele tecidinho já ultrapassado que deveria ser abolido de toda e qualquer prova, e eu diria até do mercado... Além disso, alguns folders de provas, como a do meu treinador, Daniel Rech, a 2ª Gramado Adventure Running, dia 1º de maio, da qual pretendo participar em dupla mista, se as dores que sinto, agora, enquanto escrevo, no quadril/fêmur/virilha passarem... O bom é que o chip já vinha na hora do kit, então não tínhamos aquela mão-de-obra danada que é pegá-lo no outro dia pela manhã.

A prova saiu com um atraso de cerca de 8 ou 9 minutos, em função da corrida infantil que largou às 8h30 e que, acertadamente, por questões de segurança, a organização esperou que houvesse o último participante concluído. Nosso glorioso prefeito, candidato a governador do estado, José Fogaça, foi quem deu a largada com o tradicional buzinaço que vemos nas corridas. Parênteses nesse ponto, para aqueles que não são daqui que me leem: Fogaça compôs a música mais representativa da cidade, tocada à exaustão durante esse período pré-aniversário citadino, nas belas peças publicitárias da Cia Zaffari, e cantada por sua esposa, Isabela Fogaça, : "Porto Alegre é Demais".

Considerações músico-histórico-culturais à parte, o tempo estava bom para corrermos, embora aquela já tradicional alta umidade característica da nossa cidade. Saí lado a lado com o Claiton, também da equipe, mas logo em seguida, pedi para ele seguir em frente, pois eu parecia que estava travado, consequência natural de duas noites seguidas de churrasco e a última com 5 horas de sono, já que estava ajeitando algumas coisas para a mudança de apartamento, que fiz no final da tarde de domingo.

Depois de ontem, acho até que irei fazer uma camiseta com os dizeres: "Não aceito convites para churrasco até o dia 23 de maio. Por favor, não insista." Vou dar uma explicação (ou desculpa, como queiram): desde 2000, tomo remédio para pressão alta. Logicamente que, que tem pressão alta, tem maiores retenções de líquidos. O sal é nosso inimigo número 1. Só que ele e o churrasco são amigões... Carnes vermelhas já têm uma digestão mais demorada, o que, por si só, já diminuiria a performance. Agora tranportemos isso para um hipertenso, no qual o orgão responsável já tem dificuldade de expelir o básico, quanto mais o excesso... Bem, com todo o cuidado que eu já tenho de tomar água feito doido durante o
churras para minimizar esse efeito, mesmo assim acordei umas 4 vezes durante a madrugada com aquela sede do cão. Fiquem imaginando alguém tentando evitar um churrasco no Rio Grande do Sul... é uma tarefa ingrata. Um dia disse isso para uma amiga vegetariana.

O Claiton se mandou, e eu fiquei correndo por volta de 4:42/km. Fiz os 5 em 23:32, mas logo em seguida avistei-o novamente e fui alcançá-lo e passá-lo no km 6. Foquei depois numa guria que passou por mim lá pelo km 3 e tentei tomá-la como base, já que estava num bom ritmo. Antes que alguém pense alguma bobagem em relação à 'guerra dos sexos' ou coisa do gênero, vou deixar claro que ela foi apenas um parâmetro. Acho importante que às vezes a gente se guie em alguém para evitar que a 'peteca caia'. Foi o que fiz. Consegui ultrapassá-la acho que no km 9, e ela veio bem na minha cola até um bom pedaço antes da chegada, quando abri uma distância razoável.

Terminei a prova em 47:07, 23:35 na volta, quase igual à primeira parte, e bem pior que os 44:39 da Adidas duas semanas atrás. Mas foi o que deu para fazer. Às vezes é preciso se contentar com o que alcançamos e esquecer o que queríamos. Sem frustações.

domingo, 14 de março de 2010

Circuito da Adidas - Etapa Outono

A noite de sábado prenunciava um domingo chuvoso para a prova do Circuito das Estações da Adidas - etapa Outono, o que não se confirmou. Ainda bem, pois uma chuva certamente tiraria o brilho da prova e ocasionaria alguns transtornos na arena montada junto ao Parque Harmonia. O local pareceu adequado ao evento, mas a SMAM, que colocou alguns obstáculos aos treinadores na sexta anterior, deveria ter providenciado o corte da grama no local. Foi uma falha grave.

A prova largou às 9h em ponto, com sol querendo sair, mas temperatura agradável e algum vento. Como eu disse, estávamos concentrados no Parque Harmonia e a largada foi na Av. Augusto de Carvalho, onde já foi o Sambódromo um dia (o blog também é história...). Defronte ao pórtico, dividiram o povo que largava nos 5km e no 10km, cada um para um lado, embora isso não estivesse muito claro na hora. Eu, pelo menos, não percebi, cheguei e entrei no lugar errado e depois não tinha mais como sair de lá. De qualquer forma, não foi nenhum grande contratempo, pois logo após o início da prova era possível pegar o lado certo e tudo ficava tranquilo.

Decisão mais que acertada foi a de fazer trajetos distintos nos 5 e 10km, o que evitou aquela confusão que tinha sido as etapas do ano passado. Desse jeito, foi possível correr com tranquilidade e sem atropelos, finalmente.

Larguei procurando baixar dos meus 44' na última prova de 10km, e tentando assegurar uma vaga no pelotão Quênia (para aqueles que correm abaixo de 45) na próxima etapa do Circuito. Saí na faixa de 4:30/km, com a ideia de baixar um pouco depois, mas, mais uma vez, meu batimento estava alto e parece que isso atrapalhou. Menos mal que o "homem da faca" não atacou novamente e não senti dor nenhuma na região ao lado do abdômen.

A prova retornava perto do km 4, e fechei metade em 22:20. Lá pelo km 7, dei uma 'quebrada' de meio minuto, acho, logo após um posto d'água e deu vontade de só terminar a prova, em qualquer tempo... Mas a lembrança de que não largaria no pelotão Quênia na próxima etapa afugentou esses maus pensamentos.

No final da prova, íamos quase até a Usina do Gasômetro, para pegar a Perimetral (Av. Loureiro da Silva), passar defronte à Receita Federal e ingressar à direita para os últimos 200m. Terminei em 44:39, fazendo praticamente igual as duas partes, graças ao último km, que foi feito em 4:15.

Não foi de todo satisfatório, mas, de qualquer forma, o foco é a maratona, em maio, então não dá para querer tudo ao mesmo tempo... Depois, na chegada, tivemos salada de frutas e açaí na barraca da equipe, e quem não foi perdeu... Além disso, dá prá saudar o fato de o Mário ter feito 39:55 na corrida, quebrando seu recorde pessoal e a marca dos 40'.

Agora, treinos mais longos nas próximas duas semanas e a prova de aniverário de Porto Alegre no dia 28. Aí tem que ser menos de 44, de qualquer jeito, faça chuva ou faça sol.

segunda-feira, 8 de março de 2010

1ª São Chico Eco Running. E elas.


Subimos a serra no fim-de-semana para participar da São Chico Eco Running, em São Francisco de Paula.
Fomos com um sexteto masculino e um feminino, mais o "Veloz", que fez a corrida individual, com pouco mais de 5km.

Devia haver uns 150, 200 corredores, divididos entre as duplas, trios e sextetos (mistos, masculinos e femininos). O dia começou nublado, depois abriu um sol forte, para novamente ficar nublado lá pelas 14h, com alguma chuvinha bem fraca.

O Alex, nossa nova aquisição da Dell, fez o primeiro trecho, que, embora curto, foi bem complicado (como toda a prova), já que incluía subidas fortes e muitas pedras no trajeto de
chão batido. A ele, seguiu-se o Duda, que fez super bem a parte dele, de 12km e alguma coisa, em cerca de 1h24, e cheio de barro. Depois, nosso chefe Daniel Rech fez o terceiro, de 9,1 em 51 minutos e, novamente, cheio de subidas íngremes. O outro Daniel, também da Dell, fez o quarto trecho, de 7km e pouco e me passou a vez lá pelas 13h30.

Meu trecho começava com uma descida íngreme de 2,5km, em que foi impossível segurar muito, por mais que eu tentasse e acabei fazendo o primeiro km em 4:38 e o segundo em 4:19... Depois, também, a coisa mudou de figura...

Não corri bem desde o início. Não sei se fiquei nervoso com o revezamento, com a "pressão" da possibilidade de nosso primeiro pódio masculino da equipe, mas o certo é que corri com o batimento alto desde o início. Aí isso se reflete em tensão nas pernas, no corpo, etc... Mesmo correndo rápido como estava, sentia que não estava legal. E quando começou a subir, meu ritmo caiu na proporção inversa. Fiz os primeiros 5 em 24:15, mas logo em seguida já dei a primeira caminhada. Depois novamente no 8, 9, 10... Pior é que não achei o percurso tão difícil, eu que não estava correndo bem mesmo. Podia ter ido melhor, o que faria diferença, pois, apesar da minha má performance, ainda tirei 9 minutos da diferença para o 2º (que era primeiro, mas também perdeu este posto nesse trecho), e restaram apenas 6 minutos entre nós, que certamente teriam sido suprimidos se eu não caminhasse tanto.

Na verdade, apesar de várias subidas, o trecho também tinha várias descidas boas, e o grande obstáculo mesmo foi no km 13, em que era simplesmente impossível de correr, pois a subida era absurda e interminável (1km), que acabei fazendo em 10:50. Era tão desgraçada, que até caminhando, deu vontade uma hora parar para tomar fôlego, mas a consciência não deixou...

Começou a descer e logo em seguida encontrei o povo da equipe já esperando, dispersos em alguns pontos. Cheguei "patrolando" (por causa da descida, lógico) e passei a vez para o Clênio, que tirou ainda mais dois minutos em relação à equipe que chegou em segundo, finalizando nossa prova em 5:38, para nos brindar com o terceiro lugar no sexteto masculino.

As meninas tiveram uma chegada emocionante, perdendo o primeiro posto na reta final, já dentro do pátio do Hotel das Araucárias.

A prova em si foi boa em quase tudo. Evidentemente que, como primeira edição, algumas coisas não funcionaram bem. Houve uma certa confusão nos trajetos, que não estavam muito claros para aqueles que não eram da região, faltou um roteiro de "como chegar de carro". A menina do sexteto feminino, por exemplo, passou nossa representante, mas depois seguiu reto onde devia retornar e teve que passar novamente no final... Se estivesse mais calor, teríamos problema no abastecimento... O percurso foi pedreira em quase todos os trechos, mas faz parte. Ontem, almocei no meu pai, descansei numa cadeira e, quando acordei, parecia que um caminhão tinha passado por cima... de tantas dores na pernas e nos braços. E hoje, parecia que outro caminhão passou e completou o serviço. De qualquer forma, devemos ressaltar o aspecto positivo da prova, que era diferente, em uma região bonita e carente de provas, com preço acessível. Então acho que dá para dar um desconto nessas questões e sermos tolerantes. Tem muita prova organizada pelos bam-bam-bans das corridas que está cheia de falhas, enquanto eles forram o bolso.

Falando nisso, e fazendo um parênteses, o povo da nossa equipe resolveu boicotar a Track & Field, em função do preço exorbitante (R$ 80,00) da inscrição. Claro que cada um faz o que quer com o seu dinheiro e se achar que vale a pena, que corra, mas nós achamos muito mais em conta organizar um churrasco na mesma data, na casa de um casal que mora a uma quadra dali, e simplesmente só ver a prova...

Mais fotos da São Chico Eco Running no álbum da equipe no Picasa.



Hoje é o Dia Internacional da Mulher e, como não poderia deixar de ser, presto homenagem a elas, que tanto colorem nossas corridas com seus modelitos, beleza e charme. É salutar que o número de mulheres tenha aumentado consideravelmente, pois houve um tempo em que eu corria e contávamos na mão "a musa" das corridas. Hoje já não há mais como eleger uma só. Se não bastasse isso, também tenho o maior orgulho das mulheres da minha equipe, que nos deixam imensamente felizes por quase sempre ganhar alguma coisa. E, não raramente, acompanho alguma delas nessa empreitada, o que me deixa contente por participar ativamente da vitória delas. Infelizmente, não temos (ainda) uma prova aqui para homenageá-las nessa data especial. Mas chegaremos lá.

Minhas felicitações às mulheres da Equipe Daniel Rech pela passagem do dia delas, extensivo a todas as mulheres que corram, que quebraram mais esse paradigma no mundo moderno.

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO