domingo, 26 de abril de 2009

3ª Meia Maratona de Porto Alegre







Então, ontem, sábado à noite, esquentando o clima para uma baladinha, tivemos a Meia Maratona de Porto Alegre, prova preparativa para quem pretende completar a Maratona, mês que vem.


Uma prova noturna, interessante, diferente, embora no mesmo bat-local de sempre, nossa gloriosa Av. Beira-Rio, que já deve estar com o asfalto cansado de tantas marcas de tênis.

Foi uma prova que movimentou o povo amador em geral. Não vi muitos da elite, mas, convenhamos, nós, pangarezinhos, também temos direito ao nosso momento de glória. Tanto que minha parceirona de treinos até ganhou a prova feminina, embora ela sempre chegue bem, mas agora foi bem mais que isso.
A prova começou com pouco mais 5 minutos de atraso e havia uma certa confusão e afunilamento na largada, mas o povo foi super civilizado e consciente e realmente só começou a correr quando passava pelo pórtico, sem causar, portanto, atropelos iniciais. O tempo colaborou. Temperatura amena e quase nada de vento num local em que ele costuma imperar. Quem corre por ali sabe do que estou falando.

Havia uma estrutura interessante na prova, no retorno dos 2,5 km e no dos 5,5km, com bastante iluminação e até uma musiquinha para animar. Lamentável que não resolveram a questão da iluminação pública em alguns pontos do trajeto, em que era praticamente impossível enxergar, mesmo com a boa vontade dos voluntários que tentavam nos ajudar com lanternas. De qualquer modo, qualquer obstáculo mínimo naquela escuridão poderia ter ocasionado uma queda.

Fui num ritmo pouquinha coisa mais rápido que 6 min/km, dentro do planejado para acompanhar as duas mulheres da minha equipe. No entanto, no retorno dos 5,5km uma delas acabou ficando para trás. Ainda voltei, tentei incentivá-la e acompanhá-la, mas não teve como e acabou parando no 10,5, onde fazíamos o retorno e começávamos tudo novamente. Uma pena, porque tínhamos feito um treino super bom de 20km no domingo anterior.

Eu estava preocupado que a festa do dia anterior, pelo passagem do aniversário do nosso treinador, acabasse atrapalhando a minha corrida, já que acordei meio enjoado do excesso de combinação lúpulo-levedo-cevada e malte. Nem almocei direito por conta disso, mas acho que a purificação do dia inteiro com água mineral deve ter auxiliado.

Mas, na prova, isso nem me afetou. Só tive que fazer um pit stop number 1 mais ou menos pelo km 8, o que me ajudou bastante depois a correr sem desconforto. No retorno do km 10,5 muita gente gritando e dando força, o que deu aquele gás. Li e ouvi alguns reclamando do fato de ser um circuito, de repetirmos os mesmos 10,5, o que causou uma monotonia e chatice e algum abalo no psicológico, mas comigo isso não aconteceu e normalmente não acontece em provas. Mas compreendo que, para alguns, isso realmente incomodo. Eu acho que o fato de ter me programado para correr em tal tempo e ir cumprindo à risca a meta também ajuda. Além do fato de não ter perspectiva nenhuma em matéria de tempo. Só estava ali para acompanhar mesmo e terminar numa boa.

Tanto que estava super tranquilo para mim até que o treinador (que fazia o revezamento) chegou em nós dois. Corremos pouco mais de 1km juntos, quando ele me disse que eu podia ir se quisesse que ele acompanhava a moça da equipe. Ainda titubiei algum tempo (vô, num vô?) até me decidir de vez em ir. Fui. E então comecei a pisar fundo (4:53, 4:44 ...), tudo abaixo de 5 a partir daí.

Quando estava lá pelo km 15, avistei a esposa de um dos meus melhores amigos, do outro lado da pista e pensei: "Vou tentar alcançá-la." Ela estava acompanhada de um colega da equipe Du Bira. E segui em frente. Um dos sonhos dela é chegar na minha frente. Porque como eu sou muito folgado, fico tirando uma onda quase sempre, então ela quer porque quer dar o troco uma hora dessas. Mas ainda não foi dessa vez. E aonde fui pegá-la? No km 20. Quando faltavam 2km consegui finalmente enxergá-la e fui com tudo, como "um touro" como ela me disse depois... Rá, rá. Foi muito engraçado, porque ela deu uma olhadinha para trás, uma vez que já imaginava que, quando cruzou comigo lá pelo 15 eu iria atrás dela (e ia mesmo!), e então excomungou metade do mundo, gritando palavras de carinho comigo, tipo "fdp"... Tirei o doce da boca da criança... Ainda disse, vamos lá, mas eu estava super bem e segui meu caminho para fechar o último 875m em 4:01, totalizando 1h54 e alguma coisa no meu relógio, tempo que não bateu com o oficial em quase dois minutos, mas fazer o que, né? Bom, a quilometragem também teve 200m a menos por 3 GPSs.

Missão cumprida, fomos jantar na Cia das Pizzas e recuperar todas as calorias perdidas, que também ninguém é de ferro. Além do mais, o melhor de correr é depois poder ficar contando as histórias com a galera. As da corrida e as outras.

Que venha então agora a Maratona, e tomara que o destino me reserve uma parceira feminina para revezar, abraçar e beijar na chegada...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Desafio

Amanhã, a partir das 19h, realiza-se a 3ª Meia Maratona do Corpa, aqui em Porto Alegre. No mesmo local, batido e manjado de sempre, a Av. Beira-Rio.

O grande diferencial da prova é o fato de ser noturna, algo diferente para as nossas tradicionais provas. Eu, particularmente, nunca participei de uma corrida nessa distância à noite.

Mas o grande desafio mesmo nem é esse. É correr lentamente, sem preocupação com tempo, acompanhando alguma colega de equipe. Desde que fiz minha primeira e sofrida meia maratona, em Viamão, dia 26 de setembro de 1999, sempre participei tentando dar o meu melhor. Naquela época, debaixo da "lua" daquela manhã, significou 1h56.

Desde então, fui evoluindo com o tempo, como qualquer corredor mais ou menos compenetrado e ciente de que precisamos de metas deve fazer. Até mais ou menos me firmar por volta de 1h35, embora tenha obtido uma marca super boa em Uruguaiana, em 2006: 1h26. Mas brinco até hoje com a esposa de amigo que também obteve a melhor marca dela por lá que aquela prova só tinha 18km... Evidente que é um exagero da minha parte e que, como os tempos não eram de GPS, Garmin, então falta alguém voltar lá e confirmar a distância. Mas alguns metrinhos acho que faltaram, embora o tempo naquele dia estivesse propício a boas marcas.

Bom, mas amanhã, esquecendo todo esse retrospecto de boas perfomances em meias, irei correr devagar, devagarinho, só na parceria. Como já escrevi, eu gosto. E isso, a meu ver, é tão ou mais difícil que a gente dar o nosso melhor numa prova. Porque exige concentração, disciplina e muita humildade em saber ficar ao lado de alguém que está com condicionamento inferior, mas que necessita de nossa ajuda de alguma forma. E eu percebo, muitas vezes, que, embora pareça super simples, as pessoas têm extrema dificuldade em ficar ao lado só acompanhando, sem querer ditar o ritmo. Parece que existe um espírito competitivo que se faz presente mesmo em descontraídos treinos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Corrida do Centenário do Inter


Sábado, dia 18 de abril, tivemos a corrida do centenário do Sport Club Internacional.

Peguei as crianças, meio a contragosto delas, e rumamos para lá. Disse aos dois: assim como eu faço as coisas de vocês mesmo não gostando, vocês também têm que fazer as minhas. Aproveitei para ver o pessoal da equipe correr e para tirar umas fotos. Se não fosse isso, como gremista, certamente não apareceria.


Dia lindo. Para praia. Corrida marcada para as 16h. Antes ainda havia o triatlo, desde cedo da manhã. Bom, quando a gente planeja uma corrida para esse horário, deve imaginar que um sol forte poderá brilhar. E, em função disso, deve planejar o que fazer se isso acontecer. Parece que o povo organizador não pensou em tal hipótese.


Porque saiu praticamente tudo errado. Não havia separação entre as pistas que iam e voltavam, causando tumulto entre o pessoal da elite que retornava naquela velocidade que lhe é peculiar e o pessoal que recém ia. Água, no retorno no km 2,5 também não havia. E, onde havia, não tinha gente suficiente para distribuí-la. Isso ocasionou muitos contratempos a inúmeros corredores, que até chegaram a passar mal (embora eu discorde em parte disso, mas é assunto prá outro post). E, depois, a premiação foi uma confusão só. O Alessandro, meu colega de equipe, que ficou até altas horas por lá, relata mais detalhadamente esses percalços de amadorismo da organização no blog dele.


Mas eu queria chamar atenção para uma outra questão. Na foto acima, vocês irão perceber que existem corredores de elite largando como tal. E, infiltrado entre gente de ponta como o Antônio Carlos e o Tauro (que está de camiseta amarela e óculos escuros), corredor multicampeão aqui em Porto Alegre, um cidadão com camiseta escrito Inter que, em todas as provas aqui, faz essa palhaçada para aparecer nas fotos. Pelo visto, baseado nas camisetas, ainda chamou mais dois para fazerem o mesmo. Deve fazer os 10km em 50 minutos, mas larga feito um condenado só para se exibir, correr 200m e atrapalhar os que realmente têm ritmo forte. Já vi várias vezes outros corredores reclamando para ele, mas o cara insiste na situação. Uma pena que existam pessoas tão pequenas assim, que não se dão conta do ridículo que estão fazendo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Companhias


Ontem à noite, em meio a uma confraternização de última hora pré-feriado, me perguntavam sobre o treino de domingo, em que corri acompanhando duas mulheres, a 6min/km.

Queriam saber se eu não ficava chateado ou irritado em correr devagar (para quem já correu bem mais rápido). Não, realmente não fico. Quando corro sozinho, até posso ficar chateado comigo mesmo: "Puxa, não consigo correr a 5min/km. Queria, mas não consigo." Mas, apesar de a corrida ser um esporte extremamente individual, quando a gente vai a um treino coletivo de equipe, pode aproveitar o momento e levar a expressão ao pé da letra.

Então, para mim, que estou bem longe da forma ideal, em processo de recuperação, treinar com alguém, mesmo que essa pessoa esteja em patamar de condicionamento inferior ao meu, me dá alegria e satisfação. E, se for numa prova, melhor ainda. Parece que a gente participa ativamente da vitória pessoal daquela pessoa. Pelo menos eu sinto assim. Freud explica.

Já tive treinos memoráveis com amigos, alguns que estão hoje na equipe Du Bira - até iria treinar com eles pela manhã, às 8h, se o evento social de ontem não tivesse me consumido - na pura parceria, todo mundo se ajudando, se esmerando para atingir o objetivo do treino. E, principalmente, sem excesso de competividade.

Muitas vezes, a gente não percebe que, estar numa equipe, sobretudo, é atuar como tal. Obviamente, que entramos numa com metas individuais, mas, sinceramente, eu vejo como uma atitude extremamente egoísta a gente não se preocupar em ajudar os demais membros dela ou mesmo competir com eles em um nível não salutar, que conspire contra a harmonia do grupo. Porque daí é bem mais honesto e corajoso ir correr sozinho, contra si mesmo.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Bobão

Hoje à noite, corria com meu parceiro pela Av. Beira Rio, aqui em Porto Alegre. Treino leve para ele, que vai correr a Maratona de Santa Catarina no domingo, e mais ou menos para mim, que ainda estou em fase de recondicionamento, coisa que está complicada em função do excesso de peso, trabalho demais e falta de treino constante. Só tenho corrido duas vezes por semana.

Pois, lá pelas tantas, mesmo correndo a praticamente 5:30/km, fomos chegando num corredor e, obviamente, passamos por ele. Isso parece que acendeu uma luzinha vermelha no cidadão, que começou a apertar o passo para dar o troco.

Coisas desse tipo me irritam profundamente, porque acho de uma pequenez incrível, uma pobreza de espírito, não sei se movida por orgulho ou outro sentimento igualmente deplorável. Considero isso uma atitude anti-desportiva. Evidente que ele deu o troco, já que essa era a motivação principal de ele apertar o passo. Nós demos risada e ele deve ter ficado orgulhoso de ser tão bobão.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mountain Do Costão do Santinho


Para quem está com saudade de um post, já que faz mais de mês que não coloco algo por aqui, em virtude de diversos compromissos profissionais que deixam a vida de contador meio atribulada, gostaria de informá-los que até quarta (de qual semana?) teremos um relato sobre a aventura que foi participar de última hora do Mountain Do Costão do Santinho, ocorrido nesse sábado de feriadão de páscoa, em Florianópolis.

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