2ª São Chico Eco Running
Enquanto parte da EDR (Equipe Daniel Rech) se preparava para participar da Goldsztein Cyrela POA Night Run, outra parcela acordou cedinho no sábado e rumou para São Francisco de Paula, na serra, distante 47km de Gramado, para participar da 2ª Edição da São Chico Eco Running. A primeira eu comentei aqui.
Eu, a Bruna e Bina chegamos lá por volta da 9h. Elas duas iriam correr, junto com a Nara. Ventava bastante, dando uma sensação de frio antes da largada.
Havia também uma competição de bikes, que largou pouco antes dos corredores. Não havia muita gente, o que, de certa forma, foi bom, porque os carros, mesmo assim, causaram alguma confusão em certos pontos de troca.
Enquanto a Bruna chegava no primeiro posto de troca, para passar a vez para a Bina no trio feminino, o Mário já havia feito sua passagem para o Claiton, que rumou para o trecho mais enlamaçado da prova. Deu dó ver como os corredores chegavam depois dele. Teve um deles que relatou que correu cerca de 800m dentro do barro, sem nenhuma outra possibilidade. Mas assim é prova de aventura. Mas aí também surgiu uma preocupação: a Bina, além de chegar repleta de barro, também chegou sentindo a coxa esquerda.
No posto de troca que iniciava o trecho 3, junto à Madeireira Rauber, o sol apareceu e o tempo esquentou. Pelo menos durante algum período... As meninas vinham bem, em terceiro lugar, com o outro trio da EDR seguindo de perto. O Mário e o Claiton também estavam em terceiro na dupla, fazendo uma disputa acirrada com outros competidores.
O trecho 3, segundo o Mário que correu, era dureza, como quase tudo é numa prova de aventura. Tem aqueles que são pedreira e os que são "fáceis" quando comparamos com os outros, porque fácil mesmo é correr na Av. Beira-Rio. E a gente ainda reclama do vento... Nesse ponto, comecei a dar assistência aos 2, que estavam sozinhos, e as gurias, como eram 3, e ainda o Álvaro com suporte, poderiam se virar. De qualquer forma, nos encontraríamos nos pontos de troca. No trio feminino, a Nara que fez essa parte.
O trecho 4 começava no Lago, que era o ponto de melhor acesso, sem muito tumulto. Ali, davam mais ou menos uma volta na quadra dele, passavam por nós novamente até chegar ao 'Recanto das Cabritas', uns 8km dali. Trecho complicado, segundo o povo que correu, com trilhas impossíveis de se fazer a não ser caminhando.
O quinto trecho consistia em cerca de 15,5km, em que o povo saía por um lado do morro e voltava pelo outro, o que facilitava e muito o suporte, já que os dois postos de troca eram no mesmo ponto. Mas, claro, como disse antes: o trânsito complicou naquela rua estreita, com tanta gente reunida ao mesmo tempo. O Mário e a Bruna fizeram esse. Ela reclamou bastante, não do percurso em si, que foi menos assustador do que havíamos relatado, mas do fato de que encontrou um pitbull no meio do caminho, e que não dava para continuar, o que só foi possível quando outro atleta da equipe chegou e ajudou-a com um pedregulho em mãos. Ela fez bem esse trecho, em 1h32, o mesmo tempo que fiz na edição passada, em março. O Mário em 1h17.
O Claiton já saiu em segundo nesse ponto para fazer o sexto e último trecho, e as gurias eram terceiras, com mais ou menos 8 minutos atrás das segundas e 14 na frente das quartas, também da nossa equipe. Fiquei um tempo por ali com o Mário, até sairmos para ver como o Claiton andava. Encontramo-lo caminhando, quando ainda faltavam cerca de 3km. Estava com dores na posterior, ou no adutor talvez da coxa direita. Falei para o Mário acompanhá-lo, já que alguém do lado sempre ajuda bastante nessas horas. Acho que ajudou.
A chegada era no Hotel Araucárias, e deu alguma confusão. Teoricamente, era apenas circular o hotel e entrar na chegada, mas isso para quem já sabia dessa informação, quem já havia corrido na edição anterior. Aí o tempo passa e nem o primeiro aparecia, nem o Mário e o Claiton.
Até que surge o cara da primeira dupla no sentido inverso, reclamando que não achava o caminho... o Mário e o Claiton também se perderam, pois disseram que havia as faixas indicando, mas, no entanto, havia uma seta dando a entender que deviam seguir em direção à direita, quando o correto seria costear pela esquerda fazendo a curva. Ainda bem que tudo isso foi resolvido com os 3 chegando antes do competidor seguinte, senão iria dar uma bela encrenca. No final das contas, o quarto colocado também chegou em seguida e, se não engano em matéria de tempo, todas as 4 duplas chegaram em menos de 5 minutos de diferença, o que mostra que a coisa foi bem parelha e disputada.
No calor dessa hora, vendo o Mário e o Claiton perdidos e o 3º colocado entrando para dar a volta que terminaria a prova, acabei discutindo com um dos organizadores, razão pela qual peço desculpas, embora, de alguma forma, eu tenha razão, já que 3 corredores se perderam, o que não é exatamente normal. No momento, o sangue subiu vendo que a coisa poderia complicar. Mas, menos mal, tudo resolveu-se sem maiores problemas. Faz parte também de uma prova de aventura...
A Nara fechou o último trecho das gurias, diminuindo a diferença para a segunda colocada, mas não o suficiente para ameaçá-la.
No cômputo geral, apesar da falta de chip e da estrutura relativamente 'amadora' (no sentido de ser feita por poucos, pessoalmente) São Chico é uma prova muita bacana de ser feita, num local super bonito, com bons trajetos para se realizar uma prova legal. Já estamos de olho na próxima edição.
Nossos agradecimentos mais que especiais aos 'técnicos' da EPTC, que com sua postura intransigente, fazem com que gostemos e façamos cada vez mais de provas fora da cidade, longe do asfalto, e em percursos que sejam diferentes da mesmice da Av. Beira-Rio. Qualquer dia, ainda proibem as corridas em Porto Alegre, porque atrapalham o trânsito... num domingo de manhã cedo.
Mais fotos da prova (e também da Night Run) no Picasa da equipe.
Àqueles que porventura possam estar perguntando, a costela ainda dói (é sem acento agora?), e a perspectiva é de que não corra ainda até o final de semana que vem, no qual estarei em Buenos Aires, para dar algum apoio ao povo que irá correr a Maratona por lá.
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