terça-feira, 20 de julho de 2010

E não é que deu tudo certo?


Foi melhor do que eu imaginava. Não caiu aquele caldo antes da prova, nem durante. Acordamos às 4:50 (é, tem que gostar muito mesmo), já que a minha largada era às 7h, no km 21, e a do José Luiz às 7h30, no Recreio dos Bandeirantes.

Tinha decidido que correria a meia, mas não consegui trocar na organização, durante a retirada do kit. Só que isso gerou um contratempo: onde deixar minhas roupas, meu abrigo, antes de começar a prova? O guarda-volumes (nos ônibus) é numerado, e a numeração era da meia; a da maratona estava lá no Recreio... Ainda bem que me dei conta disso antes de descer do carro, senão sei lá como iria me virar. Só que, o custo disso é que já tive que ficar de calção e regata com aquela garoa caindo no lombo. Friozinho na largada. Que, aliás, atrasou quase 15 minutos, gerando muitas vaias.

Não sabia o que poderia render, haja visto que não corria praticamente desde o dia 27 de junho, nas 10 Milhas da Mizuno. Mas a "memória esportiva do nosso corpo" é uma coisa fantástica. Achei que iria correr por volta de 5:30, até comentei com o Zé e a esposa que talvez fosse minha pior meia da vida, que o negócio era só chegar. Me preparei para sofrer. Só que na hora, com nada de dores nas panturrilhas, me arrisquei no que o corpo aguentava. E ele respondeu bem. Pena que esqueci de carregar meu Garmin e, quando me dei conta disso, na sexta-feira, no serviço, era tarde demais para buscar em casa. Assim, não deu para saber com precisão a quanto estava correndo, mas era em torno de 5:00/km no início.

Suportei bem esse ritmo até mais ou menos o km 12, onde o corpo sentiu a falta de treino nas últimas semanas. Ali, caí provavelmente para algo em torno de 5:30 e a galera foi me passando, até que lá pelo km 16 passou uma loira tur-bi-na-da, que havia largado praticamente ao meu lado.
Não sei bem porque aquilo parece que me deu um ânimo danado, e creio também que o gel que havia tomado uns quilômetros antes começou a surtir efeito, junto com os isotônicos que distribuíam, e as forças vieram novamente, como que do nada. Dali em diante, acelerei e certamente devo ter corrido perto dos 4:50/km até o final da prova. O relógio marcava 1:50:07 quando cheguei, tempo bruto, e estimei mais ou menos uns 3 minutos perdidos na largada. Encontrei a loira depois na área vip da Asics, e ela me disse que havia feito em 1h47. Então foi mais ou menos isso que também foi para mim. Muito provavelmente, meu tempo não aparecerá na listagem, já que não passei no tapete de largada da maratona, a não ser que alguma viva alma caridosa e inteligente se dê conta que larguei no ponto da meia e me inclua na listagem dela.

Na chegada, expliquei a situação na hora de entregar o chip. A moça me disse para pedir a medalha da meia, mas não teve jeito de convencer o povo a me entregá-la... Como meu número não era verde (da meia) e sim o branco, disseram que tinha que receber a medalha da maratona, apesar de nem o vencedor da prova ter chegado ainda. Ponderei, ponderei, tentei em vão explicar que não corri a maratona, mas não teve jeito. Situação inusitada, eu não estava certo em trocar a minha prova, então deixei por isso mesmo, não iria criar confusão. Mas fiquei sem jeito de ganhar uma medalha de maratona sem ter completado. Queria mesmo a da meia.

Dali, fui para a banca da Asics, patrocinadora da prova, onde havia uma ótima salada de frutas, mini cachorro-quente, massagem (que foi excelente) e onde era possível ainda tirar foto e recebê-la no ato (a que ilustra o post).

Feito tudo isso, comecei a caminhar ao contrário no percurso para ver se encontrava o Mário "Cangibrina", colega de equipe, mas o
animalzinho já havia completado em absurdos e espetaculares 3h08, quase repetindo a performance de Porto Alegre, o que foi um ganho, já que o grau de dificuldade no Rio é maior. Estava também à procura do Zé Luiz e encontrei-o por volta do km 40. A essa altura, já havia um sol, e, se eu que estava ali só acompanhando, já achei demasiado, imagina para aqueles que já tinham feito 40 quilômetros. O Zé até caminhou, mas demos (a esposa dele corria ao lado) um jeito de demovê-lo da ideia e seguir correndo, mesmo de leve. O finalzinho no Rio, no Aterro do Flamengo, tem uma leve subida, que a gente até nem vai percebendo muito, mas, àquela altura do campeonato, qualquer inclinação é um sofrimento a mais.

De ponto negativo nessa hora e que vale ressaltar para que outros não incorram no mesmo erro, foi que um corredor que também fazia o sentido contrário, "tentando ajudar" com palavras de apoio, disse a um maratonista que caminhava àquela hora: "Vai desistir agora? Desistir é para os fracos." Teve mais alguma coisa inconveniente e nessa linha, mas não lembro. Sinceramente, achei meio ofensivo, o Zé e a Maria Helena também. O Zé até achou que tinha sido para ele e ficou "de cara". Um "incentivo" desses joga a gente para baixo, ao invés de ajudar... Não foi legal.

Resumindo o fim-de-semana, fiquei bem feliz com a minha performance. Foi melhor do que pensei que poderia fazer. Mês que vem estarei novamente no Rio, dia 22, para correr a Meia Internacional, aquela que aparece na Globo, com largada, infelizmente, às 9h, para sofrimento de todos. E, em outubro, dia 10, em Buenos Aires, correndo a maratona. Se tudo conspirar a favor, é para fazer meu melhor tempo. Tomara que tudo dê certo novamente.

3 Comentários:

Jorge Cerqueira Souza Filho disse...

Fala Baldi, bom dia e ai meu irmão foi um prazer te conhecer na entrega do kit da maratona do Rio, pena que não nos encontramos de novo, que saga que vc fez aqui no Rio hein, parabéns pela conclusão da Meia Maratona...Eu concordo com vc a loura turbinada foi que lhe deu gás...rsss...Olha acho que vc deu mole, pois já que não queriam te dar a medalha da meia, era só vc completar a meia numa boa e não entregar o chip, pedia algum corredor o número da meia e assim vc pegaria a medalha da meia que vc queria, legal que vc virá mÊs que vem correr outra Meia no Rio, seja bem vindo só naõ venha com a camisa do Grêmio hein...kkk...
Valeu amigaõ, boas corridas.

Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com

JC Baldi disse...

Rapaz, na hora que a gente termina não consegue atinar muita coisa entre o tico e o teco...rs. Eu já tinha entregue o chip quando surgiu o problema. A moça para a qual entreguei disse que eu podia pegar a medalha de meia, mas qdo cheguei no povo que entregava, não foi bem assim... mas tudo bem, bola prá frente. Eu que estava errado mesmo.

Camiseta do Grêmio no kit é prá sacanear os amigos mesmo, que acabam tirando foto junto...hehehe

Foi um prazer te conhecer também, rapaz.

marli disse...

Parabéns pela Prova...
Feliz dia Internacional do Amigo hj dia 20/07
\o/ eeeeeeee www.marleemove.blogspot.com
Twitter: @marlipalugan

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