segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Está chegando a TTT

E faz tempo que não escrevo por aqui. Desde que voltei de 15 dias de férias, no final de outubro, as coisas têm sido difíceis. Uma das minhas funcionárias pediu demissão no dia em que eu saía de férias. Consegui que ficasse até quando voltei, mas no dia que retornei, se foi. Baita... Mas... a vida tem dessas coisas. A outra já havia saído no final de agosto. Com viagem marcada, tive que colocar o funcionário que apareceu na hora. Sem ninguém não dava para ficar. No retorno da viagem, o cara está com crise de apendicite, faz cirurgia e fica 20 dias sem trabalhar. Dá para imaginar um caos assim? Nenhum funcionário para trabalhar quando retornei.

Mesmo debaixo de mau tempo, treinei com foco na TTT, que é sábado. Em outubro, havia treinado 106 km, contando aí a Meia de Amsterdã, feita com a namorada. Em novembro, foram 245, em dezembro, 305, e em janeiro, até ontem havia corrido 252. Amanhã (terça) tem mais uns 22. Não foi exatamente como gostaria, mas nem sempre as coisas saem conforme planejamos. Não adianta se lamentar, é preciso se contentar com o que é o possível. E, para mim, embora quisesse fazer uns treinos a mais, creio que o treino foi suficiente para fazer uma boa prova. Me considero preparado e estou confiante. Lógico que se, no dia, o cara larga com 30 graus e chega aos 40 e poucos durante a prova, lá se vai o planejamento. Mas não é essa a perspectiva. Os dias têm sido quentes, com algum vento, mas a temperatura tem estado amena no início da manhã, o que já ajuda por quase metade da prova. 

Como a prova é na praia, sempre é uma incógnita saber como estará a beira, a areia, o mar. Tudo isso pode atrapalhar um pouco. Treinei em dezembro algumas vezes na praia. Isso ajudou a testar várias situações, já que houve dias bastantes diversos de treino. No meu primeiro treino, senti muito a areia. Estava super fofa e atrapalhou bastante. Em outras ocasiões foi o vento: teve um dia em que fiz 12 km a 6:30/km e na volta os mesmos 12 foram a 4:50. Uma mega diferença, só para exemplicar a dificuldade que era ir num sentido, enquanto que, no outro, havia uma boa ajuda. 

Normalmente, e é o que espero, o vento ajuda na corrida. Estando dia bom, há um vento a favor. Dia ruim, vento contra. Então, de certa parte, tem-se que torcer para um dia ensolarado. Mas não muito, claro. Em 2012 estava quente, mas havia um vento meio lateral que amenizou o calor. 

Gostaria de ter feitos alguns treinos mais longos, mas priorizei correr rápido e uma boa quilometragem, sem me matar em longões intermináveis. Desse modo, fui subindo quilometragem gradativamente, mas adiei os longões por diversas razões, mas principalmente porque queria estar sempre inteiro para o treino seguinte. Até que cheguei no meu ápice de treino, 42 km, no domingo retrasado, 13. Ah, mas, Júlio, é pouco mais da metade.. É, é verdade, mas o treino foi "só" uma maratona, terminei bem, com forças (fiz os últimos 7 km abaixo de 5) e, no meu entender, o mais importante: segunda estava inteiro, sem dores, e terça treinei tranquilamente 2h e quinta mais 2h. Ou seja, o corpo assimilou bem o treino, sem sentir o esforço. Foi exatamente isso que tentei durante o período todo de treinamento. Evitar a fadiga do corpo. Evitar correr bem um dia e mal o resto da semana. Aconteceram, logicamente, alguns treinos muitos bons e outros que não aguentei, principalmente quando os bons eram na quinta. Por vezes o de sábado pela manhã era prejudicado, já que não dava tempo suficiente de o corpo se recuperar, principalmente porque havia a questão do trabalho, que estava duríssimo. A Ju ainda me disse algumas vezes que não sabia como é que eu conseguia dormir o pouco que dormia e ainda treinar tudo que estava treinando. E ainda ter energia para...

E, olha, nem foi um super treino nesse tempo todo, se voltarmos lá no começo o texto. A quilometragem de outubro foi ridícula. Ou seja, houve treino mesmo em novembro, dezembro e agora em janeiro. Mas percebi que cresci muito nas últimas semanas. Evidente que a temperatura ajudou também. Passou uma onda de calor absurda que houve pouco antes do Natal. O cara saía para correr às 8 da noite e estava 35 graus. Aqueles dias foram dureza. Acho que a pior época dos treinos. Outra questão de treinar para essa prova é que os treinos demandam tempo, muito tempo. Não é nem questão de cansaço. Não fiquei atirado num canto, cansado. O grande problema é que saía para treinar e quando voltava já era 10 da noite. Era banho, namorar, comer e dormir. Aí quando via já era meia-noite. Ou mais. Recuperava o sono, dentro do possível, no final de semana. Essa foi a questão mais degastante do treino: o tempo "perdido". Muita coisa  é deixada de lado. Tirando isso, o treino só ajudou: emagreci, estou bem condicionado, não me machuquei, certamente farei alguma boa maratona logo mais adiante durante o ano. 

Ah, a previsão de chegada, sem pipocar: a ideia é chegar em 8h. Com uma margem de erro até 8h30. Qualquer coisa até aqui estarei satisfeito. E, mais do que isso, chegar inteiro. Dentro do contexto de uma prova de 81km, no verão, na beira da praia, evidente. Semana que vem conto como foi.





2 Comentários:

jrcarboni disse...

Isso aí Baldi, boa sorte sábado. Vamos torcer pelas condições perfeitas. Abraço e quem sabe nos encontramos por algum percurso.

JC Baldi disse...

Valeu, Sirlesio! Tomara que dê tudo certo! Se me enxergar, grita! hehe
Grande abraço!

Postar um comentário

Não perca tempo. Corra para comentar, antes que outro chegue antes!

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO