Cheguei
sexta ao Rio para a minha 44ª maratona. Fui direto pegar o kit, que era bom: uma sacola bacana, uma garrafinha (squeeze) e a camiseta. O local era razoável, mas fiquei sabendo que no sábado havia filas grandinhas. Na sexta, tudo tranquilo, e o staff da organização era super solícito. Todo mundo preocupado em informar, tentando orientar corretamente para que o cara fosse diretamente para o seu ponto (42km, 21 ou 6).
A
feira era modesta: apenas produtos da Olympikus, patrocinadora da
prova, mas por preços normais de loja, ou seja, nada convidativos.
Havia alguma coisa, como calções e camisetas alusivas ao evento,
mas não muito mais que isso.
No
domingo, acordei às 4h da manhã, pois era preciso pegar o ônibus
que nos levaria até o Recreio, largada da prova. O último ônibus
saía às 5:45. Pior é que o hotel ficou de me conseguir alguma
coisa para o café da manhã, mas, chegou na hora, só me davam uma
fruta. Quase mandei eles pegarem a fruta e …
O
ônibus demorou 52 minutos para chegar até o Recreio. E isso que o
motorista corria feito louco. Procurei algum lugar para comer e
encontrei um quiosque onde pude comprar 3 bolinhos de laranja com
recheio de goiaba. Foi que a casa ofereceu. Ainda tive bastante tempo
para pegar fila do banheiro e aguardar até a largada. A temperatura
estava 17 graus, embora uma mulher pouco antes tivesse perguntado no
quiosque se não estaria 12 graus...
7h30
largamos. Corríamos uns 200m quando um cara que corre (bem) e
escreve no site Running News veio detrás gritando “licença,
licença” e abrindo caminho como se fosse o dono do mundo. O povo
em volta meio que se dividiu entre a galhofa e a indignação com a
atitude.
Fiz
o 1º km a 5:15 e fui tentando ficar um pouco abaixo disso. Demos uma
pequena volta numa quadra para passar novamente defronte à largada.
Nessa pequena voltinha, há uns quebra-molas, e havia pessoas com
plaquinhas avisando da existência deles. Pois alguns corredores
gritavam (ou exigiam) que eles levantassem mais as placas... Olha,
sinceramente, tem vezes que os corredores são muito ridículos,
acham que o mundo gira em torno deles, só porque pagaram pela
inscrição.
Fiquei
nesse ritmo pouco abaixo de 5:10 e segui firme nele, costeando a
beira do mar. A temperatura ia subindo aos poucos, nada demais, mas
nada barbadinha. Ali pelo 16 ou 17, um termômetro marcava 30 graus,
o que achei exagerado. Outro, logo à frente, mostrava 25, o que era
mais condizente.
O
trajeto foi tranquilo até o km 22, mais ou menos, onde saímos da
beira mar e entramos num túnel que tem outra via acima dele, a
Niemayer. Ali corremos uns 3 km. Saímos dele e chegamos à Barra,
onde tem uma subia “boa” de outros 3km, até que creio que depois
do km 29 iniciamos uma descida. O ritmo seguia quase fixo a 5:07 de
média, apesar do cansaço já estar batendo à porta. O que
possibilitava chegar dentro do previsto: entre 3h35 e 3h40.

No
34 e 35, no entanto, fiz a 5:13 e 5:15, respectivamente, o 36 subiu
para 5:24 e a coisa desandou no 37, que deu 5:50. Os próximos
ficaram entre 5:40 e 5:50. O Zé Luiz, meu amigo carioca, me
acompanhou desde o 37, se não em engano, e via incentivando, de modo
que ainda consegui puxar um 5:24 no km 42, em que já muito antes o
pessoal gritava “faltam 200m”. Cambada de … já que faltavam
uns 800m e todo mundo gritando que já estava chegando e não chegava
nunca o pórtico. Terminei em 3:42:11, o Garmin marcou 42,572km,
quase 400m a mais. Desde o 20 e pouco ele já estava dando uma
pequena diferença em relação à marcação.
Foram
apenas 2 minutos acima das 3h40 pretendidas, mas ficou de bom tamanho
para quem dormiu 4h, não teve café da manhã e ainda saiu de 11
graus para correr a quase 30.