sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Puma Mobium Elite - primeiras impressões



Fazia mais de 1 ano que não escrevia por aqui. Vocês só me encontravam escrevendo sobre corrida, Grêmio (e a vida) no Twitter. Entrei com um processo de redução de pensão (estava tendo que ir de carro-forte depositar) e, antes que alguém usasse uma suposta viagem, um suposto sonho, uma suposta palavra mal colocada num texto (supostamente sério) contra mim (tem louca e mal intencionada para tudo), resolvi dar um tempo por aqui. A Justiça ainda não decidiu em definitivo (ela é morosa e injusta, jamais esqueçam), mas tive uma pequena vitória lá (baixou 25%).
Isto posto, vamos ao que importa:

Comprei sábado um tênis novo, Puma Mobium Elite, pela internet, na Centauro. Minha funcionária disse: tu compras tudo pela internet e fica esperando. Não consigo.
Prazo de entrega era de 8 a 12 dias úteis. Chegou na quarta, 3º dia útil (parabéns, Centauro, amo vocês).
O modelo foi lançado há 1 ano, mas, como não sou rico - estou bem longe disso, aliás - compro sempre tênis em promoção, quando o modelo mudou, etc. Pagar mais que R$ 300 por um tênis é querer muito ou não amar seu dinheiro.

Vou fazer um parênteses, porque vejo muita gente reclamando nas redes sociais sobre compras na internet. Olha só: se tu queres pressa, precisa do produto, compra na loja física. Do contrário, espere pacientemente. Quando chegar, chegou. Simples assim. Não fique sofrendo por antecipação ou porque demorou 1 dia a mais do que prometeram. Acho que até hoje só teve uma compra que demorou um pouco mais do que o normal, mas foi num site que sempre compro, então nem me preocupei. Vinha pelos Correios, atrasou. Mas não era motivo para ir nas redes sociais me lamentar. (Tenho mais com que me preocupar)
Parece que tem gente que tem prazer em querer briga com as lojas em que compram. É o povo que chamo de consumidor-mala. Está sempre pronto para arranjar uma confusão. Ficam contando os dias do prazo de entrega para ver se estoura e dá o motivo que eles querem: brigar. Lógico que, contando os dias, sofrendo com ansiedade (vem, não vem, vem, não vem, vai atrasar), quando passa o prazo a pessoa já é a própria pilha de nervos. Uma bomba-relógio prestes a explodir.
(Só Freud entende vocês)

Bem, andava correndo apenas com os Skechers GoRun (tenho 2 amarelos e um azul), mas não estava me sentindo confiante para encarar uma maratona com eles. Por alguma razão que não sei explicar decentemente, tinha horas que corria bem, outras em que me arrastava, parecendo que o tênis em si estava atrapalhando. Por via das dúvidas, resolvi apostar em outro.

 A Puma tem uma proposta diferente, aquilo que eles chamam de corrida adaptativa. A sola expande e comprime de modo a moldar-se ao teu jeito de pisar mais natural. Há uma borracha - tira elástica - em forma de x no solado que faz a tensão para esse vaivém do solado.

Usei-o no dia anterior, somente caminhando. A sensação de calçar é boa. O tecido em cima (cabedal) é bem fino, para uma boa "respirabilidade" (técnico de futebol Tite manda lembranças). A palmilha é boa, mas veio com uma fita dupla face, o que me deixou meio receoso, já que tive um Puma (Prevail IV) cuja palmilha "andava" dentro do tênis. Foi preciso colar senão era absolutamente impossível correr com ele.

Bom, mas correndo é o que dá a razão desse texto. Saí para correr ontem à noite. Noite quente e abafada, 21ºC. A sensação é que de que estás com uma chuteira. Não é demérito, não estou avacalhando com o tênis, foi apenas o que senti. Mas o solado não é duro. Talvez aí resida a corrida adaptativa, o sentido e o modo do solado. Embora o tênis não seja alto, a sensação é parecida com o que descrevi, apesar de que isso também não signifique instabilidade.

Ia correr 16 km. Desisti, primeiro porque a gente não estreia tênis com corrida longa, segundo porque comecei a sentir uma queimação no calcanhar. Opa, opa, opa (Houston, we have a problem). Que negócio maluco. Tinha sentido essa sensação no dia anterior, em que calcei-o somente para o uso diário. Desde um Olympikus velho e apertado, de uns 10 anos atrás, não sentia algo assim. Para não correr riscos, voltei no km 5. Usava a meia de sempre (Lupo Sport - a propaganda é de graça - porque ela é ótima), então não havia motivo para tal queimação, mas, depois da corrida, vi o que penso ter sido o problema. O tecido interno do tênis é de um material, digamos, inadequado. Quando fui tirar do pé, a meia meio que raspou, grudou, daquele jeito, por exemplo, dos tecidos antigos Nike Dry Fit que "puxavam" fio dependendo de como batíamos neles (às vezes até com a unha). Deve ter sido este o atrito que senti durante o treino todo. Testarei com outras meias, mas não sei não...

Por essas e outras, tinha voltado no km 5, e acabei parando no 8. Outra coisa que aconteceu, e que já havia lido em algum lugar, acho que no blog do Rodolfo Lucena, é que começou a chover e a sola ficou meio escorregadia no asfalto. Ok, quando chove pode acontecer (menos de 5% dos treinos ou corridas são nestas condições, não entremos em pânico). Mas correr preocupado se o tênis não vai tracionar direito não é exatamente o que poderíamos definir como corrida prazerosa.

Em suma, fiz 8 km (37:14 - 4:39/km de média), pouco para maiores comentários. O sentimento de queimação no calcanhar e a sola escorregadia e "adaptativa" merecem mais quilômetros, mas, de toda forma, gostei do tênis. Pode ser que, um pouco mais amaciada, a sola reaja melhor (ou não - risos). Na pior das hipóteses, talvez só possa ser usado em treinos de pouca quilometragem. Mais uns 90, 100 km darei novas impressões que, espero, sejam melhores, embora - friso - as primeiras não tenham sido ruins, apenas "estranhas" (abra a sua cabeça para o diferente - seja um corredor menos conservador e neurótico).

Tem uns vídeos aqui e aqui para quem se interessar e quiser saber mais alguma coisa.





Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

Não perca tempo. Corra para comentar, antes que outro chegue antes!

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO