terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sub-40 em 2012. Ou...

A Revista Contra-Relógio lançou um desafio para 2012: fazer com que os corredores baixem de 40 minutos nos 10km.

Não ando correndo nada faz uns 3 ou 4 anos na distância. Eventualmente me atiro em alguma prova, mas, só para termos ideia, corri uma em 2010 e outra em 2011, no último dia 15. Nada contra a distância, é que simplesmente enchi o saco de correr sempre na Av. Beira-Rio as mesmas provas, sem nada de novo. Depois de fazer 2 anos seguidos o Circuito da Adidas, não vi mais sentido em continuar correndo, sem um objetivo específico. A gente precisa ter prazer naquilo que faz. E fazer as mesmas provas sempre no mesmo lugar não é exatamente o que considero prazer.

Minha melhor performance dos 10km foi no longínquo ano de 2000, em setembro, ano do auge do Circuito do Corpa. Fiz 40:30. Um ano antes, estava fazendo 49:00. Sim, eu tenho esses dados. Qualquer corredor que procura evoluir deve ter seu histórico. Baixei quase 9 minutos em 12 meses. Evidentemente que não consigo isso mais. Passaram-se 11 anos. Melhorei muito em alguns quesitos de corrida, mas a velocidade é algo que o tempo leva correndo. 

Fiz 46:23 dia 15, mas, tranquilamente, era possível correr em 45 minutos. Levando-se em conta isso, tenho 5 minutos para baixar em 2012. Nada absurdo, se houver dedicação. Aí entra o grande problema dos últimos tempos: fazer com que a cabeça consiga se dedicar aos treinos. Por razões que evidentemente não gostaria de expor, está muito complicado manter o foco na corrida. Não só na corrida. No trabalho, em quase tudo. Tem sido muito mais a válvula de escape. O motivo que ainda faz bombear o coração. 

Assim, em 2012, existem duas alternativas:

1) Me motivo a baixar dos 40 minutos nos 10km ou

2) Paro de correr depois da TTT, dia 28 de janeiro, hipótese que tem crescido de probabilidade nos últimos tempos.

Não seria definitivo, mas uma aposentadoria por tempo indeterminado. Até que... a vida mude de rumo. 


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aplicativos para celular

Como o Garmin morreu de vez mesmo, baixei uns aplicativos para usar no celular, Sony Xperia X8, que usa o Android como sistema, tal qual a maioria dos smartphones.

É quase a mesma coisa, a grande diferença é que o celular não está no pulso. Uso num suporte de braço (sport armband, em inglês, para IPhone) da Powerade que deram em alguma corrida, acho que foi a 10 Milhas da Puma. Claro que também devemos ter alguns cuidados, e que nem tudo é tão prático quanto um relógio, mas é uma boa alternativa para quem não se dispõe a gastar R$ 600,00 (no mínimo).

Antes de tudo: nessa época de muito calor e umidade aqui em Porto Alegre, o suporte de braço fica meio molhado. É preciso ter atenção a isso. Mas já fiz treino de 1h30 numa boa. De qualquer forma, não faço a mínima ideia se a vedação de um celular é a mesma de um relógio. Teoricamente, deve ser parecida.

Bem, baixei 3 aplicativos: o conhecido Map My Run, o Adidas MiCoach e o Noom Loss, que, no Baixaki, é considerado o melhor de todos.

Vamos por partes, como diria o famoso Jack, antes de analisar os 3. Primeiro: aplicativo é que nem celular mesmo. Sempre tem uma coisa legal num que não tem no outro. Faz parte. Nós é que decidimos o que é mais útil e conveniente à nossa utilização pessoal. Segundo: os Apps (aplicativos) são softwares. Portanto, sujeitos a darem conflitos com o Android, com a mémoria do celular, etc, tal qual no computador, além de serem novidade, ou seja, sem testes suficientes. E não é que aconteceu? Terceiro: é preciso um celular com GPS ou baixar um aplicativo de localização.

Por último, há, obviamente, uma certa transição do uso de relógio para celular. Levar o celular no suporte de braço sempre é meio estranho, por mais leve que seja. Talvez por já usar eventualmente o suporte com chave ou com gel (principalmente), não foi preciso tanta adaptação, mas pode ser que alguém ache meio inconveniente ou não se acostume. E há, também, a questão do fone de ouvido, que ajuda nas funções dos aplicativos, fornecendo por voz os dados do momento. Durante muito tempo, achei meio esquisito correr ouvindo música; me incomodava, mas me acostumei mais fácil do que pensei. "A dor ensina a gemer". Fica aqui a última recomendação: ouvir num volume que seja traquilo para que não percamos a noção do que acontece externamente. É preciso poder ouvir som de alguém se aproximando e dos carros à nossa volta. Senão o lazer pode virar dor de cabeça. Não é raro acidente com pessoas se exercitando e usando fones de ouvido.

Map My Run








Já fazia um tempão (4 anos, mais ou menos) que estava cadastrado no site do Map My Run. E, aliás, usava bem pouco. A gente podia postar e compartilhar trajetos que fazia, comparar com outros corredores, etc. O aplicativo é parecido. Pena o site não fazer uma propaganda melhor das características dele. 

Tem uma coisa bem legal: quando iniciamos o treino, é possível postar no Twitter e Facebook um link e as pessoas podem acompanhar online nosso mapa, por onde estamos correndo, o ritmo, enfim, nosso treino. Achei bacana. Durante o treino, é possível programar para receber informações por voz quando fecha o km, por exemplo, junto com calorias, média do km, tempo total. Mas... quando termina o treino, não é possível ver as parciais por km... Aparece um gráfico, só que é preciso ser muito ninja para descobrir exatamente qual foi o ritmo. E há também um gráfico da elevação, esse evidentemente mais útil.

Terminado o treino, dá para postar no Twiter e Facebook (é automático, se configurarmos), coisa que virou meio normal para quem utiliza Garmim, Nike ou outro relógio/GPS.
E tem uma parte sobre calorias, em que é possível definir um meta, informar peso, altura, o que foi comido e bebido durante o dia, etc.

Agora, a parte ruim: depois de fazer uns 2 ou 3 treinos, não gravava mais nada. Sempre dava erro. E não ficava gravado no celular para tentar depois, era preciso descartar o treino. Não sei se baixei aplicativo demais e o celular ficou pesado, ou se deu conflito entre eles ou... Instalei e reinstalei umas 3 vezes e o problema persistiu. De modo que vejo o treino, dá as informações durante ele, mas nunca é gravado.
Por último, usei em duas provas e em ambas o GPS marcou 100, 150m a mais que o pessoal que tem Garmin. O GPS não é muito preciso, portanto? Pode ser.

Adidas MiCoach

Gostei um pouquinho mais do MiCoach, mas... igual ao Map My Run, começou a dar problemas, não conseguiu sincronizar o treino com o site e... aí complicou. Li no site (e no twitter) que houve uma porção de problemas com os servidores. E isso durou uns 10 a 15 dias. Ninguém conseguia sincronizar o treino nesse tempo. Bem, como disse antes, tecnologia nova, conflitos com o Android, essas coisas podem acarretar transtornos. É preciso ter paciência, virtude em desuso nos tempos atuais.

O MiCoach, no entanto, em relação ao Map My Run, tinha vantagens. O treino ficava gravado no celular, só não gravava no site. Resolvido o problema, ele sincronizou e gravou no site. Mas, em compensação, não tem a facilidade de postar no Facebook ou Twitter quando acabamos o treino. É preciso postar via site, não pelo aplicativo do celular. No entanto, aqui tem um segundo porém: no celular, é possível ver o treino km por km; no link do site, não. Vai entender isso... Pode ser que tenham melhorado na nova versão que saiu essa semana, não cheguei a testar.


Nas funcionalidades, o MiCoach tem quase tudo meio parecido com Map My Run, embora disposto um pouquinho diferente. Mas há também a vantagem das informações por voz serem em português (dá para escolher voz feminina ou masculina).
No aplicativo da Adidas é possível buscar um plano de treino. Quero correr uma maratona, digo quantos dias irei treinar e ele me disponibiliza o treino. Corro, ele compara o que foi planejado e o que foi executado, dando dicas bacanas e estimulantes. Ideal para quem não tem equipe de corrida, no estilo "faça você mesmo".

No MiCoach é preciso definir "zonas de treino". Por velocidade e/ou frequência cardíaca. São 4: vermelho, amarelo, verde e azul, do mais forte para o mais fraco, respectivamente. Nós mesmos configuramos. À medida que vou evoluindo de condição física e achar que a zona já não corresponde aos padrões antigos, vou lá e mudo.

Durante o treino, ele avisa para permanecer em tal zona ou ir para outra. Por exemplo: corro 10 minutos lento para aquecer, depois acelero durante 45 minutos e corro 10 lento novamente. Quando fechar 10 minutos, ele avisará que devo atingir a zona mais forte. O site Baixaki achou isso de zonas de intervalo meio confuso. Eu gostei.

E também há a possibilidade de cadastrar o tênis que usamos e ele vai somando as quilometragens feitas. Interessante.



 Noom Weight Loss

Originalmente, como o nome diz, é um programa de perda de peso. Mas ele utiliza o software Cardio Trainer como base de treinamento, em conjunto com as metas de perda de peso.
Ele é bem completo, mas todo em inglês. É meio chato ficar ouvindo as informações por km em inglês, no meu entendimento. 
Marcamos hora do treino, ele nos avisa no celular de que é o momento para tal. Colocamos meta de peso, entramos com os dados dos alimentos ingeridos e ele vai dando as dicas para chegar na meta. 

Mas... para quem corre, a divisão de tempo por km é um dos dados mais importantes e úteis. Mantive meu ritmo, caí, melhorei no final? Pois é, cadê isso no Noom? Não tem. Provavelmente porque ele não usa o Cardio Trainer Pro, que custa $9,99. Mas aí pagar por um aplicativo de celular eu considero uma burrice. Portanto, nesse quesito, que, para mim é fundamental, os outros dois são bem melhores. Tal qual a maioria dos aplicativos, terminado o treino, dá para postar no Face.




Todos eles nos deixam escutar música numa boa durante o exercício. No Map My Run, o volume das informações é o mesma da música, no MiCoach a música baixa enquanto escutamos os dados do km e no Noom é possível escolher em qual volume queremos as informações.

Bem, cada um sabe o que melhor para si, mas há uma coisa normal a todos eles: o celular está no braço. Se a gente vai dar uma pausa em algum momento, há um certo inconveniente de tirar o celular do suporte, desbloquear a tela e dar pausa. Nada absurdo, mas dependendo da velocidade... 

Outro porém foi o que aconteceu na prova da Paquetá que cori na outra semana: um sol de rachar. Simplesmente não tinha como ver a tela do celular por conta do excesso de claridade. No caso do Map My Run, quando o exercício é iniciado, a tela não dá a informação instantânea, leva uns 10s. Aí a gente não sabe se o tempo realmente está rolando ou não... E sem conseguir enxergar a tela direito, menos ainda. No Adidas MiCoach, a voz avisa que o treino iniciou. Não tem erro. No Noom, a tela é mais nítida na informação. Visualmente, ela é a melhor dos 3.

Se interessar, dê uma olhada também em:

Lembrando que sempre é necessário baixar pelo Android Market do celular.

 * Crédito da maioria das fotos: site do Baixaki.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

XV Corrida do Carteiro


Participei hoje pela manhã da XV edição da Corrida do Carteiro, organizada pela SS Eventos.
O tempo ajudou muito. Até ontem, ventava adoidado aqui em Porto Alegre. Hoje o vento diminuiu bastante e a temperatura estava bem agradável para correr, com baixa umidade, o que possibilitou boas marcas para quase todo mundo.

Fazia algum tempo que não corria prova de 10km de forma meio que competitiva. Se meus levantamentos preliminares estão corretos, a última vez foi em março de 2010. Há 1 ano e meio. Tenho 40:30 nos 10km, feitos em 2001. Como anda meio difícil chegar perto disso nos últimos tempos, o estímulo para correr provas de 10km anda meio em baixa.

A inscrição da prova era 1 lata de leito em pó e 2 kg de alimentos. O kit não era grande coisa: um boné e uma camiseta, mas também, não vamos exigir de um kit numa prova em que a inscrição era voltada a ajudar as pessoas carentes. O chip pegávamos pouco antes da largada. Creio que havia umas 400 pessoas para correr. Pouca gente, verdade, mas foi bacana de ver um outro tipo de atleta, daquele mais humilde e, também, mais competitivo. Pouca gente desfilando modelitos (nada contra).

Como já escrevi, meu Garmin se foi depois de 3 anos. Estou usando aplicativos para o celular (texto no post seguinte, que sai sexta). No caso específico, o Map My Run. Ajustei tudo e saí correndo junto com o Valdomiro, meu amigo septagenário.

Fizemos o primeiro km a 4:26, depois fomos "ajustando" para perto de 4:45 por km. Tudo relativamente tranquilo, já que a temperatura estava ajudando. O abastecimento, em função disso, era ótimo, mas, como já escrevi outras vezes, quando não tem sol e calor não tem teste de abastecimento. Sempre está bom. Retornamos lá no final da Beira-Rio (na junção com a Av.Taquari) e aqui houve uma pequena controvérsia: o GPS de alguns deu 100, 150m a menos (o do meu celular marcou 9,98km). Muitos creditaram a esse retorno o problema, já que disseram que foi um pouco antes do normal (eu não percebi diferença nenhuma, mas sou o cara mais distraído do mundo). De qualquer forma, a largada também não foi bem no local que é sempre. Foi uns metrinhos atrás. 100m a menos são uns 45, 50s a menos. Em 10km, faz uma sensível diferença.

Detalhes à parte, vim trazendo o Valdomiro junto comigo. Para mim estava bem tranquilo, mas ele vinha sempre um pouco atrás, fazendo mais esforço do que eu. Tentei estimulá-lo a buscar alguns corredores que conhecíamos, mas não conseguimos. Quase chegamos lá. Mesmo assim, tivemos um bom desempenho, ultrapassando ou dimiunido diferenças de outros corredores na volta. Finalizamos em 46min23s. Ele ganhou a faixa etária dele. E aqui fica meu recado aos organizadores: não deixem os velhinhos por último na hora da premiação...

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