sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O que vem por aí

Domingo agora, haverá as 10 Milhas Noturnas de Gramado. Correr em Gramado é bacana, mas ainda acho que essa prova deveria ser de aventura, que isso seria um grande diferencial atrativo para a prova. Não estarei presente.

Daqui duas semanas, a tradicional prova de revezamento da Paquetá. As inscrições vão até segunda-feira. Ano passado a prova estava bem bacana. O site também está, com uma porção de dicas sobre a prova, treinos, nutrição. A prova pode ser feita em duplas, quartetos ou octetos. Espera-se que não façam a confusão e o fiasco que foi o revezamento da maratona de Porto Alegre. Também não correrei.


Mas eu queria mesmo é escrever sobre a TTT, Travessia Torres-Tramandaí. Esse ano, havia me inscrito na categoria individual; não terminei a prova. Pois essa semana vi que as inscrições encerram dia 31 de outubro. A prova será dia 28 de janeiro. Tudo bem, quem organiza precisa de tempo para tanto, mas 3 meses são um absurdo completo. Porque os corredores também precisam se organizar. Eu preciso saber se estarei condicionado fisicamente para correr indivual, em dupla, quarteto ou octeto. Se eu nem sei onde irei passar o revéilon, saberei para qual prova estarei apto em 28 de janeiro de 2012? Então me inscrevo na categoria individual, pago R$ 120,00, e me lesiono em novembro, por exemplo. Perdi R$ 120,00 e não poderei trocar de categoria, somente se pagar novamente, e se houver equipe e inscrição aberta para eu entrar. Tranquilamente, as inscrições poderiam se encerrar em 31 de dezembro de 2011. E, olha, eu sendo extremamente generoso.


Aí a gente escreve para aquele blog do Corpa, que, na verdade até hoje não sei porque foi criado, já que poderiam as informações constar no site do Corpa. Na realidade, até tenho uma teoria do porquê de ele existir, mas ela é maldosa. Melhor guardar para mim. Só nem uma alma miserável se digna a responder uma linha sequer. Só aceitam comentários "puxa-saco" ou que não precisam de explicações. Não sei se fico mais brabo com uma coisa ou com outra.


Sabe, se um dia eu tiver uma graninha legal, vou abrir uma empresa de organização de corridas. Há um farto campo a ser explorado. Não para ganhar dinheiro com, mas porque gostaria de ver coisas bem feitas, respeito dos organizadores, da EPTC e da Prefeitura de Porto Alegre. Quando tiver um tempinho, postarei algumas sugestões sobre o que pode ser feito em corridas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Maratona de Buenos Aires - parte I

A primeira maratona começou na viagem de ida. Nosso voo (10 pessoas da equipe) era às 14h, pela Aerolineas Argentinas. Chegamos lá, o painel marcava atraso de 4h, no mínimo. Eu havia consultado um site de tempo, e vi que havia chovido 38mm pela manhã. Bastante chuva. Isso gerou um transtorno natural no Aeroparque, aeroporto de onde vinha a aeronave que deveria nos levar. No meio dessa confusão, alguém agrediu a atendente da Aerolineas e foi formada confusão. (conforme matéria abaixo)





Cancelaram nosso voo. O voo da Aerolineas do outro dia lotado também. Opção que deram: havia 30 vagas num voo da Gol que era às 00:20, que ia para Florianópolis e saí de lá às 4:10 para Buenos Aires. Iriam acomodar os primeiros 30 que fizeram check-in. Eu era o primeiro que havia feito do nosso grupo e era o 49º. Ou seja, não iríamos ser contemplados. A Roberta foi ver o voo da Gol e checar se havia algum da Tam. Não havia. Decidímos comprar 10 daquelas 30 vagas. Mais confusão. 3 atendentes começaram a nos atender, e a 4ª não sei em que mundo estava que não percebeu o fato e quase saiu bloqueando outras passagens, de modo que estava faltando uma para nós...


Tumulto resolvido, voo só às 00:20. Não era de se espantar porque havia vagas só nesse. Era a legítima indiada. Resolvemos não ficar no aeroporto esperando (era umas 17h) e fomos quase todos (exceto Vitor e Leila) para a casa da Bruna, fazer hora. Ficamos por lá, jantamos no Taco, que é na esquina da rua do apartamento dela e retornamos ao aeroporto. Como falta de sorte nunca vem sozinha, entre nós (eu, o Gabriel) e o Vitor  a Leila, duas tagarelas terríveis no voo até Floripa. Lá uma longa espera até a partida para Buenos Aires (foto ao lado, a gente ainda de bom humor). Ali, no voo para a capital argentina, dormidinha básica, embora o aperto entre os bancos fosse terrível.  Fiquei mais dolorido que descansado.




Chegamos acho que pelas 6:30, demos aquela passada básica pelo Free Shop, que foi meio que ligeiramente, já que todos estavam cansados e queriam ir para o hotel, e penso que eram 8h quando chegamos no Atenea Suites. Ainda era preciso tomar café, de modo que só lá pelas 11h deitei para domir um pouco até quase 14h, quando marcamos de nos reunir para ir na feira da maratona, pegar os kits.


A feira era relativamente boa (fotos abaixo - do celular), e foi tudo meio tranquilo para pegar kit, colocar nome na camiseta e olhar as coisas. Os preços não eram dos melhores (como praticamente tudo em Buenos Aires), senti falta de alguns modelos de tênis de corrida da Adidas (patrocinadora da maratona), mas havia até banca para divulgar a maratona do Rio. O kit não era nada de mais, tinha alguns folhetos explicativos e ilustrativos, mas a camiseta ainda estão devendo uma decente. No Rio, a Adidas brasileira, em 2009, quando corremos, dava camiseta de poliamida. Lá em Buenos Aires, ainda em poliéster (que nem ano passado), daquelas que esquentam bastante e machucam em quase tudo que é lugar, principalmente nos mamilos.
















Maratona de Buenos Aires - parte II

Bem, falando especificamente da prova, não é difícil organizar uma boa prova em Buenos Aires. Quase tudo ajuda. Temperatura relativamente boa na época, percurso quase todo plano, vários pontos turísticos, inúmeros parques, avenidas largas.

Uma das coisas que faltou foi um grande público durante o trajeto, mas isso ficcou em segundo plano, pois não se corria sozinho nunca, já que eram mais de 7.000 corredores na prova.

Às 7h30 foi dada a largada, na Av. Figueroa Alcorta y Monroe, a avenida do estádio do River Plate, clube dos mais tradicionais da Argentina, principal rival do Boca Juniors. Em relação ao ano passado, houve uma pequena mudança na disposição dos atletas, pois a concentração dos corredores pré-prova não era na avenida, e sim ao lado dela, na grama do parque, onde também se dispunham os banheiros (que achei insuficientes) e o guarda-volumes. A avenida foi dividida em baias de tempo. Durante a feira da maratona, quando pegávamos o kit, nos perguntavam qual o tempo que iríamos terminar a maratona. Nos era dada uma pulseira com determinada cor que signigica aquele tempo prévio. Na hora da prova, bastava entrar no local destinado àquela cor. Havia gente controlando a entrada, mas não a divisão entre os pelotões de tempo, já na avenida... de modo que muitos corredores trocaram o seu local indevidamente (bastava passar por debaixo de uma fitinha - foi o meu caso, porque me deram a cor errada de pulseira). Não precisaria dizer, mas isso é uma atitude extremamente egoísta que causa prejuízos aos demais corredores, já que a pessoa vai sair num pelotão mais rápido, correndo de forma mais lenta. Eu e o Claiton, que largamos juntos, tivemos que ultrapassar inúmeros atletas que, nitidamente, tinham um ritmo bem aquém de onde largaram.

Largamos eu e o Claiton, portanto, driblando esse povo todo que andava no local errado, e fizemos o primeiro km em 5:19. Disse para ele ficar tranquilo, já que depois naturalmente iríamos ajeitando o ritmo para chegar lá pelo km 10 nos 5min/km que pretendíamos fazer em toda a maratona. E foi o que aconteceu: passamos os 10km em 49:54. Até ali, achei o começo meio cheio de dobra aqui, dobra ali, mas nada absurdo que nem Curitiba. Lá pelo km 5, um cara apresentando sinais de alguma embriaguez ou algo mais passou pela barreira de trânsito com seu Bora e se deparou com aquele povo correndo. Teve que parar, desceu do carro e... a polícia desceu o sarrafo. No km 11, passamos pelo Obelisco e seguimos em direção do Caminito e ao estádio do Boca.

No km 15, estávamos um pouco abaixo dos 5:00/km (1:14:11), e seguindo bem. Passamos e fomos ultrapassados por alguns brasileiros daqui do RS. Não sei precisar bem quando era o estádio do Boca, mas ouvia uma certa euforia de inúmeros corredores quando passamos por lá. Bem por ali, havia um carro vermelho (cor do River) queimado, o que chamou a atenção de diversos de nós da EDR.

Saímos do Caminito, vamos em direção ao lado feio do Puerto Madero (creio que km 19). Ali estávamos na parte traseira do porto, cheia de navios velhos, enferrujados, um local meio ermo e provavelmente pouco utilizado. Andávamos por ali até chegar no km 25, mais ou menos, na parte glamurosa do local.

Pouco antes, pelo km 20, o Claiton ficou uns 20 metros para trás. Esperei-o e perguntei: "Que pasa, chico?" Ele respondeu "nada", mas havia sentido dor no glúteo, contou depois. Seguimos em frente e passamos o km 21 em 1:44:02, com uma pequena margem, portanto, em relação aos 5:00/km. Mais ou menos por ali, o sol quis mostrar a cara, mas foi só uma ameaça. De qualquer forma, a temperatura, momentaneamente, subiu e senti um pouco. Cheguei até a temer o final, mas foi apenas um sustinho. Creio que foi no km 27 que o Claiton deu uma sentida maior, quebrou o ritmo e dei uma esperada por ele (fiz em 5:13 - 2:13:45 no total). Ele já estava me mandando embora há tempos, mas achei que minha utilidade seria maior ficando do lado dele. Queria ajudá-lo a baixar das 3h e quarenta e poucos, que era seu recorde pessoal.

Passamos o km 30 em 2:28:32, média de 4:57/km. Só que os quilômetros seguintes foram a 5:27 e 5:13, de modo que maratona em 3h30 já estava fora de questão. Quase no km 35 conseguíamos enxergar a Bruna e seu indefectível calção vermelho correndo com alguém, achei que na hora era a Mica, do Clube da Enfordina, mas podia ser o Mário também, que havia sentido uma fisgada na panturrilha lá pelo km 12 e vinha "devagar" (?!!) para apenas completar a prova. Nosso ritmo caiu, fazíamos o km a 5:20 na média, até que encontramos a Bruna e Bina na contramão, à nossa procura, para nos puxar na reta final (km 37/38). A Bruna até queria que eu fosse mais forte, já que a Bina podia acompanhar o Claiton, mas achei que devia acompanhá-lo até o final, uma vez que já havíamos ido até ali juntos.

Desde mais ou menos o km 36, o percurso é dentro do parque, o que é muito bonito e ajuda bastante, já que é arborizado. Cruzamos o km 40 em 3:22:13 e as duas nos acompanharam até o km 42, de onde não podiam passar. Os últimos 195 metros acho que foram os mais difíceis do mundo, pois certamente havia bem mais do que 195 metros. Simplesmente a chegada não aparecia de jeito algum. Fechei em 3:37:12, e o GPS (da Bina, emprestado) marcou 42,74 km, ou seja, só uns 500 metros a mais...

Só que o meu chip perdi lá pelo km 36. Como era meio que de papel e de arramar no tênis, quando fui amarrar, rasgou... coloquei esparadrapo para segurar e fui cuidando, mas é que nem colocar o leite para ferver: quando a gente não olha, ferve. Não olhei, sumiu. De qualquer forma, meu tempo final aparece no site, e o chip só marcou minha passagem pelo km 10, e até do 4º colocado na prova não há inúmeras parciais. Independente disso, foi uma ótima maratona. Achei que talvez pudesse fazer um pouco melhor, mas fiquei plenamente satisfeito com o desempenho, ainda mais levando-se em consideração os transtornos da viagem de ida, com uma noite praticamente sem dormir quase nada. Ano que vem acho que estarei de volta em terras portenhas.



(assim que as fotos aparecem no site argentino e puder comprá-las, posto aqui)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Tempo deve ajudar na Maratona de Buenos Aires

Conforme esse site, WindGuru, o tempo estará "perfeito" para quem quer boa performance na Maratona de Buenos Aires, domingo. (clique na imagem para ampliar)




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