sexta-feira, 30 de julho de 2010

10 Milhas Noturnas Gramado


Mais uma prova organizada pelo Daniel: teremos a 1ª edição das 10 Milhas Noturnas Gramado, na cidade situada na nossa serra, distante 110km daqui de Porto Alegre.

Tem tudo para ser outro sucesso, como foi a Gramado Adventure Running, realizada dia 1º de maio, em que consegui a proeza de ganhar a prova em dupla mista, na parceria com a Bruna.
Não tem como reeditar essa dupla, mesmo porque um raio não cai duas vezes no mesmo local...

Aproveitando o charme de Gramado, o evento será mais que a simples prova às 19h do dia 11 de setembro, data do inesquecível e deplorável acidente nas torres gêmeas do World Trade Center, e aniversário da Amandinha, nossa colega de equipe que se foi para o norte do país lecionar geologia.

Haverá, no dia seguinte, almoço com premiação e confraternização, nos mesmos moldes do Mountain Do, que se realiza em Floripa. Com isso, é possível aproveitar o fim-de-semana em Gramado, correr, fazer compras, apreciar as belezas naturais e os passeios turísticos da cidade. Dá para participar individualmente, em dupla ou quarteto.

O evento tem convênio com o renomado Hotel Serra Azul, podendo ser possível se hospedar lá por preço bem mais acessível do que a proibitiva tarifa normal.

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Ainda não sei exatamente como vou correr por lá, já que as dores nos gastrocnêmios, como dizia uma ex-namorada bióloga, retornaram. Depois da meia maratona do Rio, mês passado, provavelmente o esforço da prova gerou novas microlesões, e, segunda, quando fui correr, as dores estavam muito além do suportável.

Fui na nutricionista, como já relatei, no cardiologista (colesterol
278, triglicerídeos 112, glicose 87, dentre outros), mas a consulta com o ortopedista é só semana que vem, já que ele estava em congresso, férias, algo do gênero, ou seja, não podia atender. Só ele poderá determinar com mais exatidão qual é o problema que está gerando essas dores; se é o esforço muscular intenso ou alguma outra razão até então desconhecida. Mesmo assim, muito provavelmente, ainda terei que fazer ressonância na região, o que protelará a resposta à questão.

No entanto, já dei um jeito de não ficar parado e pelo menos movimentar o corpo, já que tenho uma tendência a ganho de peso em qualquer parada. Ontem (quinta), fiz 12km em 1:17:13, média de 6:26/km. Extremamente lento, que é justamente para não forçar muito a região, já que correr mais rápido traz junto consigo no pacote dores mais fortes. Difícil mesmo foi trabalhar a cabeça para aceitar correr a passo de tartaruga, vendo tudo passar ao lado em câmera lenta. Mas, por outro lado, foi legal, porque não pensei que aguentaria correr tanto tempo. Não só consegui, como também terminei super inteiro, sem maiores sacrifícios. E treinei a cabeça também para a grande prova que pretendo fazer ano que vem, no verão, no nosso litoral, dia 20 de fevereiro: a 6ª edição da TTT - Travessia Torres-Tramandaí, de forma solo, 75km.

O jeito é tentar ir fazendo isso, por enquanto, para não perder o pique para as peleias mais próximas: Meia Maratona Internacional do Rio, a citada 10 Milhas Notunas Gramado e Maratona de Buenos Aires. Claro que, tudo isso se o médico não recomendar depois o repouso total. Nesse caso, terei que procurar outro médico...

terça-feira, 20 de julho de 2010

E não é que deu tudo certo?


Foi melhor do que eu imaginava. Não caiu aquele caldo antes da prova, nem durante. Acordamos às 4:50 (é, tem que gostar muito mesmo), já que a minha largada era às 7h, no km 21, e a do José Luiz às 7h30, no Recreio dos Bandeirantes.

Tinha decidido que correria a meia, mas não consegui trocar na organização, durante a retirada do kit. Só que isso gerou um contratempo: onde deixar minhas roupas, meu abrigo, antes de começar a prova? O guarda-volumes (nos ônibus) é numerado, e a numeração era da meia; a da maratona estava lá no Recreio... Ainda bem que me dei conta disso antes de descer do carro, senão sei lá como iria me virar. Só que, o custo disso é que já tive que ficar de calção e regata com aquela garoa caindo no lombo. Friozinho na largada. Que, aliás, atrasou quase 15 minutos, gerando muitas vaias.

Não sabia o que poderia render, haja visto que não corria praticamente desde o dia 27 de junho, nas 10 Milhas da Mizuno. Mas a "memória esportiva do nosso corpo" é uma coisa fantástica. Achei que iria correr por volta de 5:30, até comentei com o Zé e a esposa que talvez fosse minha pior meia da vida, que o negócio era só chegar. Me preparei para sofrer. Só que na hora, com nada de dores nas panturrilhas, me arrisquei no que o corpo aguentava. E ele respondeu bem. Pena que esqueci de carregar meu Garmin e, quando me dei conta disso, na sexta-feira, no serviço, era tarde demais para buscar em casa. Assim, não deu para saber com precisão a quanto estava correndo, mas era em torno de 5:00/km no início.

Suportei bem esse ritmo até mais ou menos o km 12, onde o corpo sentiu a falta de treino nas últimas semanas. Ali, caí provavelmente para algo em torno de 5:30 e a galera foi me passando, até que lá pelo km 16 passou uma loira tur-bi-na-da, que havia largado praticamente ao meu lado.
Não sei bem porque aquilo parece que me deu um ânimo danado, e creio também que o gel que havia tomado uns quilômetros antes começou a surtir efeito, junto com os isotônicos que distribuíam, e as forças vieram novamente, como que do nada. Dali em diante, acelerei e certamente devo ter corrido perto dos 4:50/km até o final da prova. O relógio marcava 1:50:07 quando cheguei, tempo bruto, e estimei mais ou menos uns 3 minutos perdidos na largada. Encontrei a loira depois na área vip da Asics, e ela me disse que havia feito em 1h47. Então foi mais ou menos isso que também foi para mim. Muito provavelmente, meu tempo não aparecerá na listagem, já que não passei no tapete de largada da maratona, a não ser que alguma viva alma caridosa e inteligente se dê conta que larguei no ponto da meia e me inclua na listagem dela.

Na chegada, expliquei a situação na hora de entregar o chip. A moça me disse para pedir a medalha da meia, mas não teve jeito de convencer o povo a me entregá-la... Como meu número não era verde (da meia) e sim o branco, disseram que tinha que receber a medalha da maratona, apesar de nem o vencedor da prova ter chegado ainda. Ponderei, ponderei, tentei em vão explicar que não corri a maratona, mas não teve jeito. Situação inusitada, eu não estava certo em trocar a minha prova, então deixei por isso mesmo, não iria criar confusão. Mas fiquei sem jeito de ganhar uma medalha de maratona sem ter completado. Queria mesmo a da meia.

Dali, fui para a banca da Asics, patrocinadora da prova, onde havia uma ótima salada de frutas, mini cachorro-quente, massagem (que foi excelente) e onde era possível ainda tirar foto e recebê-la no ato (a que ilustra o post).

Feito tudo isso, comecei a caminhar ao contrário no percurso para ver se encontrava o Mário "Cangibrina", colega de equipe, mas o
animalzinho já havia completado em absurdos e espetaculares 3h08, quase repetindo a performance de Porto Alegre, o que foi um ganho, já que o grau de dificuldade no Rio é maior. Estava também à procura do Zé Luiz e encontrei-o por volta do km 40. A essa altura, já havia um sol, e, se eu que estava ali só acompanhando, já achei demasiado, imagina para aqueles que já tinham feito 40 quilômetros. O Zé até caminhou, mas demos (a esposa dele corria ao lado) um jeito de demovê-lo da ideia e seguir correndo, mesmo de leve. O finalzinho no Rio, no Aterro do Flamengo, tem uma leve subida, que a gente até nem vai percebendo muito, mas, àquela altura do campeonato, qualquer inclinação é um sofrimento a mais.

De ponto negativo nessa hora e que vale ressaltar para que outros não incorram no mesmo erro, foi que um corredor que também fazia o sentido contrário, "tentando ajudar" com palavras de apoio, disse a um maratonista que caminhava àquela hora: "Vai desistir agora? Desistir é para os fracos." Teve mais alguma coisa inconveniente e nessa linha, mas não lembro. Sinceramente, achei meio ofensivo, o Zé e a Maria Helena também. O Zé até achou que tinha sido para ele e ficou "de cara". Um "incentivo" desses joga a gente para baixo, ao invés de ajudar... Não foi legal.

Resumindo o fim-de-semana, fiquei bem feliz com a minha performance. Foi melhor do que pensei que poderia fazer. Mês que vem estarei novamente no Rio, dia 22, para correr a Meia Internacional, aquela que aparece na Globo, com largada, infelizmente, às 9h, para sofrimento de todos. E, em outubro, dia 10, em Buenos Aires, correndo a maratona. Se tudo conspirar a favor, é para fazer meu melhor tempo. Tomara que tudo dê certo novamente.

sábado, 17 de julho de 2010

Notícias

Junho foi terrível. Trabalhei feito um condenado, treinei pouco, dormi pouco. Cada vez mais começo a achar que, quanto mais passa, mais coisas faço e menos dá tempo para isso... Bem, mas isso não é assunto de corrida.

Finalzinho de maio, dia 30, teve o Circuito das Estações da Adidas. Esse ano será minha última participação, se não houver mudança no trajeto. Porque a gente fica naquela: correu uma etapa, tem que correr todas para completar a mandala. E, sempre na Av. Beira-Rio, já está esgotando a paciência. Vou priorizar outras corridas ou outros treinos.

Temperatura boa para correr, largada nos dois lados da pista, dividindo quem faz revezamento e quem faz os 10. Isso foi uma "grande" evolução, já constante na outra etapa, que deu fôlego ao circuito. O pelotão Quênia, onde larguei, ajuda, mas quem tem que ajudar também são os corredores que não respeitam isso e a organização que não é muita rigorosa com a questão.

Atrapalhei-me no Garmim, quando larguei ele já tinha disparado antes, há 17 minutos, de modo que não consegui acompanhar muito bem a evolução geral da prova, no tempo total, que só fui ver mesmo na chegada. Saí na média de 4:24/m, passei a metade em 22:05, caí em alguns quilômetros para 4:29/4:30 e fechei a prova em 44:18, 22:13 na segunda metade, 4:20 no último km. Dentro do previsto, sem muita evolução em relação à ultima etapa, mas ainda abaixo dos 45, o que já é alguma coisa.

Dia 27 de junho, tivemos as 10 Milhas da Mizuno. Prova nova aqui pelos pampas, que vem bem, numa distância diferente, também com revezamento. O trajeto não ia até o final da Beira-Rio, como de costume, ficou melhor a meu ver, pois para mim, ir até o final parece que é um sacrifício, que não chega nunca. Só que, na largada, já senti minhas panturrilhas, como se não estivessem relaxadas. No km 3, elas travaram, endureceram muito, dando a sensação de que o músculo fosse romper se corresse mais forte, e cada km passou a ser um esforço grande. Então, lá se foi o 4:30/km, para começar a correr em 5:15/5:20. Na metade da prova, deu uma vontade de parar, mas, prova nova, medalha diferente, isso acabou me fazendo completar. Mesmo assim, ainda deu para fazer em 1:20:52, o que dá 5:04/km.

Não treinei na terça, dia 29, e na quinta seguinte tentei fazer alguma coisa. Corri 3km a 5:15 e os 3 da volta foram extremamente sofridos, a 5:45. Não dava mais para seguir. Não consegui tempo para ir ao médico, mas pelo menos não treinei mais até terça agora. Na quarta, fui na Simone, nutricionista, para o nosso planejamento, que era correr a Maratona do Rio, onde estou, domingo.

Como nada saiu como planejado, contei para a ela o que aconteceu, e ela me assustou um pouco, depois de ter me dado um pito por ter engordado. Disse que as panturrilhas é que bombeiam o coração, e que elas devem ter travado pois não como muito frutas e verduras, nada de legumes e verduras e tomo pouco água. Além disso, tomando remédio para pressão e correndo, muita coisa de perde e não é reposta por essa alimentação desequilibrada. Me deu uma série de exames para pedir ao médico, no qual irei segunda, e outra série de vitaminas para poder tentar suprir essa deficiência. Enquanto isso, vou tentar correr 21km amanhã ao invés do 42.

Peguei o kit hoje pela manhã. Embora o tecido seja bom, Santa Constância, não gosto, como não gostei no ano passado, do desenho. A gola parece muito aberta e não fica legal, pelo menos em mim. Parece sempre que a camiseta é maior do que deveria. No resto, tem manual/revista da maratona, o que eu acho bem interessante. Havia uma feira com produtos da Asics, patrocinadora da prova, que o povo em geral comentava que estava muito cara. E outros bancas de outros produtos. A organização para a retirada dos kits continua a desejar. O local não é adequado para se formarem filas ou, pelo menos, as bancas estão mal postadas, de forma que fica uma certa confusão, uma muvuca, isso que fomos cedo. Depois deve ter piorado. Vou tentar, com uma certa petulância, ensinar como se faz: a gente tem que ver o número numa listagem, e as banquinhas dos kits devem estar dispostas por lote de número, do 0-200, 201 a 400, e assim por diante. Aí vamos diretamente na banquinha respectiva. Simples assim. A pessoa já sabe onde ir, o voluntário lá não precisa procurar em qual local buscar o kit, e as entregas ficam dispersas em vários pontos. Já escrevi aqui e repito: já foi assim em Porto Alegre e era ótimo. Quem sabe alguém não chega nesse blog sem querer, lê e se dá conta que é o melhor caminho. Concentrar todos os números e kits no mesmo local, para 5 ou 6 pessoas entregarem para mais de 1.000 corredores é uma falta de lógica, bom senso e só não uso outro termo para não ofender ninguém.

Ah, chove aqui desde que cheguei, na sexta. Aliás, "chove" é bondade do meu coração. Cai o mundo. Praticamente só na hora em que estava pegando o kit e visitei o Maracanã é que não esteja chovendo. Tirando isso, foi água e água o tempo todo. Amanhã a previsão é repeteco desse tempinho. É bom para correr, se não for água demais. Para o evento em si, atrapalha um pouco o brilha da festa. Mas também não dá para agradar gregos e troianos. Vamos ver se consigo correr os 21 tranquilo. Tomara que dê.

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